19° Capítulo

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Agatha Martins

Eu estava apoiada em Kily e ja ia levantar pra desmentir toda aquela história quando Jaque se revolta.

— Protesto. — Jaque falou, se levantando e parando na frente do meu tio. — A Brenda tentou ter algo com esse aí, mas ele disse que não podia encostar nela nem pensar nela de nenhum jeito, antes que ela passasse pelo "ritual" da familia dele. Então como a menina inteligente que ela é, pulou fora, mas esse cabelinho queimado aí ficou obcecado por ela, de todas as formas. Ele criou um altar em homenagem a ela que contém fotos dela distraída na escola, velas e outras coisas, tio. Ele é maluco. E fez a mesma coisa quando estávamos no shopping, chegando a agarrar os pés dela.

— Olha aqui garoto, essa história ja foi longe de mais. Vamos fazer assim, você tem 10 segundos para sumir da nossa frente. Caso você volte a perturbar minha afilhada, a polícia vai bater na sua porta. Inclusive, espere uma ordem de afastamento em breve. — Tio Luan falou se levantando também.

— E também haverá uma revista no seu quarto para saber sobre esse tal altar. Então é melhor você se afastar da minha sobrinha. — Tio Jhon falou também se levantando.

— Não ouse aparecer mais, ou você terá um pequeno problema. — Meu pai falou e ele e Kilyan ficaram ao lado dos outros também de braços cruzados. Se yure ja era grande perto do garoto imagine agora juntando mais quatro homens com o dobro do seu porte.

Sorri de lado admirando o abdômen definido de Kilyan. Imaginando tudo o que poderíamos fazer naquele tanquinho trincado. Mordi o lábio inferior e continuei secando ele mais um pouco. Até escutar a voz enjoosa do garoto.

— Mas eu amo ela, a Brenda é o amor da minha vida, não posso simplesmente deixa-la ir assim tão fácil tudo requer trabalho e eu pretendo lutar por ela.

— Você ainda não foi embora? — Escutei a voz de Brenda.

— Você sabe que eu te amo. — Ele falou soando desesperado.

— E você sabe que eu sou lésbica. — Ela falou dando de ombros.

— Eu sei que não é. — O cabelinho cruzou os braços isso ta comecando a me irritar.

— Olha vamos fazer assim. — Falei levantando e prendendo o cabelo parando a sua frente, bem perto. — Como esse papo todo não ta dando resultado. Você vai escolher, ou vai embora nos próximos cinco segundos ou eu vou lhe dar um soco muito bem dado no meio dessa sua fuça amarela. — Falei tranquila dando de ombros e olhando minhas unhas.

💭Precisam ser feitas inclusive.

Vou providenciar isso kreudilânia, bem lembrado.

💭 Que tal, você me dar um nome normal e não um xingamento?

— Você não teria essa coragem. — Eu sorri maldosa, e menos de um segundo depois, vi seu rosto ser virado drasticamente para trás e minha mão em punho na frente do meu corpo.

— Vai embora, e não volte. — Ele saiu correndo tropeçando na areia e com a mão no rosto. Quando ele ja estava longe o suficiente me virei para os outros e apertei meu pulso com os olhos cheios de lágrimas. Dor dos infernos, nunca vi um rosto tão duro e ossudo.

— Ficou louca? — Kilyan perguntou vindo até mim. E pegando minha mão para analizar se tinha quebrado alguma coisa.

— Ele não iria embora, só papo e ameaças não tava dando certo. — Falei franzindo a testa quando ele apertou entre as juntas dos meus dedos.

— Não quebrou, mas vai ficar roxo, melhor colocar gelo. Maluca. — Falou, passando com carinho a mão sob meu novo machucado.

— Ja estava de saco cheio, Brenda não merece ter esse traste atrás dela o tempo todo. Sinceramente. — Revirei os olhos.

— Obrigado mana. Mas chega de papo, vamos pra o mar. — Eu sorri ja me preparando para correr com ela em direção a água.

— Nada disso Gatha, a senhorita vai sentar ali enquanto eu vou pegar gelo pra colocar na sua mão.

Revirei os olhos e pelos 10 minutos seguintes fui paparicada pela minha mãe, minhas tias e amigas, enquanto os homens tiravam onda com o tio Kaiky, falando que quando acontecesse de verdade da Brenda namorar ele iria surtar.

— Olhe pelo lado bom querido. — Tio Luan começou, olhou para o céu com o dedo na boca e começou a rir. — A quem eu quero enganar, não tem lado bom mesmo. — Todos riram, exceto tio Kayky que estava começando a ficar vermelho.

— Lembrei de quando Aisha quebrou o nariz da Bruna. — Eu arregalei os olhos e os adultos riram. Olhei para Jaque ao meu lado e ela estava igualmente assustada. Brenda então parou até com o suco no caminho para a boca.

— Como assim Tia Aisha? — Yure perguntou de olhos arregalados. E todos nós nos viramos para eles.

— O que eu perdi. — Kilyan sentou ao meu lado e pegou minha mão machucada com todo carinho.

— Mamãe ja agrediu a sua mãe. — Jaque falou tranquilamente.

— E o seu pai. — Dinda Aisha falou orgulhosa. — No mesmo dia.

— Mas... — Eu perdi a fala de olhos arregalados.

— Você acha que seu genes é desses tapados aí é? Meu sangue corre nas suas veias gatinha. — Minha madrinha falou orgulhosa e sorrindo feito o coringa.

— Que tal nos explicar esse dia maravilhoso e histórico? — Brenda fala sorrindo e sentando na areia com perna de índio.

—Como vocês sabem seus pais se conheceram no ensino médio, não era uma boa época para nenhum. Teve todo aquele b.o que vocês ja sabem sobre sobre o pai do caio e tudo mais. Então no dia que o pai de vocês levou um tiro, foi meio que grande parte culpa da Bruna. — Dinda Aisha começa fazendo minha tia ficar vermelha — A Bruna foi manipulada para dar a entender que o Kily era filho do Nicolas, enquanto ele era filho do breno e teve toda uma armação da Bruna e do Breno para que depois da festa da empresa do papai eles fossem pegos na cama da camila, então... — Antes que ela terminasse escutamos uma voz.

— Olha só. Olá. — Um homem bonito, alto e musculoso, com poucos cabelos brancos, uma barba arrumada e bonita. Ao seu lado uma linda ruiva, baixinha, que se bem me lembro era assistente de mamãe.

— Bom dia pessoal. — A mulher ruiva fala.

💭 Qual o nome dela mesmo?

Não faço ideia.

— Paulo? — Papai aparentava meio surpreso, mas com um sorriso no rosto.

💭Paulo, paulo, não lembro de ninguém...

MEU DEUS O AMIGO DO PAPAI DA ESCOLA.

Arregalei os olhos sem saber como seria a reação do papai.

— Quanto tempo parceiro... — Papai se levantou e abraçou o tal Paulo dando os típicos tapinhas nas costas.

— Yae nerd. — Paulo falou abraçando minha mãe que tinha se levantado.

— Como vai princesinha. — Revidou e em seguida abraçou a mulher.

Depois começou as apresentações, ele ficou chocado quando soube que eu e Yure éramos filhos dos nossos pais e afins.

— Então, que tal deixarmos os adultos conversando e irmos para a água? — Jaque fala, ja ficando de pé e eu a acompanho.

— Sua mão ta bem? — Kily pergunta pegando meu pulso para analizar.

— Ta tudo ótimo coala. — Eu sorri e peguei em sua mão com a minha mão boa e corremos para água, depois de muito brincar e nadar voltamos para a areia quando deu a hora do almoço.

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*Continua...*

|23×08×2021|


Meu Amor ProibidoOnde histórias criam vida. Descubra agora