2° Capítulo

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Yure Matteo

Chegamos ao hospital em alguns poucos minutos e meu coração faltava sair pela boca. Ver minha irmã naquele estado deixou meu peito em pedaços. Tentei acompanhar os paramédicos, mas depois de uma porta eles não deixaram mais.

Respirei fundo e sentei-me em uma das cadeiras da sala de espera. Até ver uma pequena aglomeração na porta de entrada do hospital. Minha mãe entrou numa maca do seu lado estava tio Luan e tio Jonathan Me perguntei onde estava papai, minhas dúvidas foram decipadas quando ele entra em uma maca, desacordado, com tia Aisha ao lado. Mas o que aconteceu aqui? Logo atrás vinheram, Brenda, Kylian e Jaque.

Depois que tio Luan e os outros foram barrados assim como eu, eles vinheram até mim.

- O que houve com o papai? - Perguntei aflito para Kylian que até estão estava no mundo da lua.

- Ele começou a gritar com os médicos ali na porta e a xingar todos eles, começou a chorar e gritar o nome da Tia Camilla, tiveram que cedar ele. - Kylian falou baixo, com preocupação na voz. Eu assenti, mesmo que o momento não fosse apropriado um sorriso saiu no meu canto de lábio, meu pai era mais explosivo que minha mãe, esta que resolvia tudo na calma e conversa.

💭 Me pergunto se eles sempre foram assim.

Assim como?

💭 Opostos! Ele é explosivo, ela é calma, ele é liberal, ela é preocupada. Enfim, opostos.

Nunca pensei nisso.

As recepcionistas trouxeram uma pilha de papelada para que assinassemos, sobre os dados dos pacientes, uma grande quantidade de jornalistas que souberam do ocorrido ja estavam se aglomerando na frente do hospital, tentando conseguir uma entrevista com tia Aisha, ou tio Luan, (que por um acaso era nosso advogado). Tia Aisha se levantou depois de quase 2 horas de pura tensão e resolveu falar com os jornalistas.

— Aisha, uma palavrinha por favor. — Escuto um jornalista falar.

— Aisha o que aconteceu? Foi algo com você ? Ou com sua filha? — Uma outra jornalista pergunta.

— Peço que todos se acalmem. — Ouve um silêncio e ela continuou. — Não aconteceu nada comigo, nem com minha filha e agradeço a preocupação de vocês sobre isso. Minha afilhada e minha irmã passaram mal e estão para serem atendidas, não tenho mais notícias sobre o caso, porém assim que eu souber de algo eu irei comunica-los, agradeço pelo carinho e pela preocupação, agora por favor, voltem depois, isso é um hospital e vocês estão causando tumulto, tenho certeza que não houve nada de muito sério, não à com o que se preocupar, até logo. - Ela parecia a perfeita imagem da calma e paciência por mais que não fosse bem o caso.

Ela voltou e sentou ao nosso lado, pôs as mãos entre o rosto e os cotovelos nos joelhos. Tio Jonathan estava ao seu lado, e a puxou a abraçando, ela começou a chorar em seu peito, e meu coração se partiu. Tia Aisha era sempre tão forte, tão incrível, era quase que dilacerante vê-la tão vulnerável.

— Onde elas estão? — Dinda Bruna aparece com dindo Kaiky e Tio Heitor logo atrás, eles de terno e ela com roupas formais, com certeza estão vindo da empresa.

- Ainda sem notícias. - Meu pai, (que tinha fugido do quarto com o soro na veia) fala puxando seus cabelos, eu não o via perder a cabeça assim a anos, a última vez que isso conteceu foi quando eu torci o tornozelo tentando andar de skate, com 13 anos.

Respirei fundo, comecei a andar de um lado para o outro, minha cabeça doía, parecia que tudo estava girando.

— Vem Matteo. —Jaque era a única que me chamava pelo meu segundo nome, veio até onde eu estava andando e me conduziu a sentar novamente, me entregou um copo com água. — Ela vai ficar ótima, e daqui a pouco tempo estaremos aprontando novamente. — Ela deu um meio sorriso. Tomei a água que ela me deu, ela jogou o copo no lixo eu respirei fundo. Jaque sentou ao meu lado e me puxou, me abraçando.

— Eu estou com medo. — Admiti a abraçando e escutando seu coração bater no compasso de uma música clássica.

— Eu sei, e é super normal ficar com medo as vezes, não se culpe, por amar tanto alguém ao ponto de ter medo de perde-la. — A apertei ainda mais, essa garota me fazia um bem danado, mesmo que nem ela desse conta disso.

— Vocês são os acompanhantes de Agatha Martins Barreto, certo? - Um médico perguntou parando a nossa frente.

— Sim doutor, somos nós. Como ela está? - Me levantei na mesma hora, ficando cara a cara com o medico que não tinha uma expressão muito feliz no rosto. Respirei fundo.

Esperava o melhor, porém internamente me preparava para o pior.

《●●●》

*Continua...*

|20×11×2020|

Meu Amor ProibidoOnde histórias criam vida. Descubra agora