E lá estava eu. Em cima do telhado do apartamento da minha casa de praia. Quer dizer, não é bem uma casa de praia. É tipo... Ah eu não sei explicar, tem vários meio que... Blocos. E em cada bloco tem três andares, com dois apartamentos em cada andar. Tem vários blocos. Tipo 100. Mas eu não sei, eu não contei. Eu subi pra cá (não sei como, mas tudo bem) para olhar as estrelas, que nem aquelas mocinhas fazem naqueles filmes. O que não deu certo porque não tem nenhuma estrela no céu. A não ser que elas estejam invisíveis, claro.
– Hey, o que você está fazendo aqui em cima? – Um menino, que eu não sei como era já que estava escuro e não tinha estrela nenhuma para iluminar aquela merda, falou, fazendo meu coração pular de susto e ficar batendo como um louco.
– O mesmo que você. – Respondi seca, não estava muito para papo hoje. Não que eu goste de ficar conversando animadamente com estranhos em cima de um telhado nos dias normais, mas deu pra entender, não é mesmo?
– Ah, então você viu que tinha alguém aqui em cima e veio perguntar o que essa pessoa estava fazendo?
– Uhum.
– E cadê?
– O quê?
– A pessoa que você viu aqui em cima.
–Pulou e morreu. – Respondi irônica. Mas quem diabos ele pensa que é para ficar fazendo essas perguntas idiotas? Quer dizer, seria mesmo estranho se eu encontrasse alguém em cima de um bloco que não fosse eu, já que é bem alto, mas... Droga, não tenho um mas.
Ele deu uma risada.
Certo, esse menino tem sérios problemas. Vou fazer uma listinha imaginária como eu nunca faço.
Primeiro: Ele sobe aqui, fica me fazendo perguntas e sendo irônico junto comigo. E eu não gosto de fazer coisas com alguém, muito menos ser irônica com alguém (deu pra entender isso? Acho que não).
Segundo: ele riu de uma coisa que eu falei. E eu não costumo fazer as pessoas rirem. Não mesmo, elas mal prestam atenção no que eu digo, muito menos riem disso.
E terceiro: ...Eu ainda não pensei em um terceiro.
– Certo, mas agora sério. – Eu já tava sendo séria! – O que você está fazendo aqui?
– Eu vim tentar olhar as estrelas. – Dei uma olhada no céu sem estrelas. – O que não deu muito certo.
Ele riu de novo e se sentou do meu lado. Quando ele se sentou eu consegui ver a cara dele e vi... A cara dele. Haha, se fo-de-o! Você ai, esperando que eu falasse que ele é bonito ou qualquer coisa do tipo, mas não, eu falo que eu vi a cara dele. Vai se acostumando que eu não falo essas idiotices, ok? Ah, e também tem a alternativa de você não ter pensado nem esperado nada disso que eu falei ai em cima. Nesse caso, não tenho nada pra falar pra você.
– Oi – Ele disse, já sentado do meu lado e olhando diretamente nos meus olhos. Olhar penetrante.
Certo, já tenho o terceiro motivo da minha listinha imaginária (observação: eu não costumo fazer isso. Juro.): Ele disse oi. De novo. Depois de conversar (se é que pode chamar isso de conversa) comigo sobre... Estrelas inexistentes? Pessoas que pulam de telhados e morrem? Eu realmente não sei.
–Oi? – Eu falei meio indecisa. Eu não sabia antes se falava mesmo isso ou dava um murro nele. Ou então falava qualquer besteira. Falar isso me pareceu à opção mais sensata. Mas aí que vem o problema: eu não sou sensata e também não costumo escolher opções sensatas. – Sério? “Oi”? Sabia que “oi”s são, na maioria das vezes, usados no inicio das conversas?
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Nothing lasts forever (1D fanfiction)
FanfictionFanfic do One direction/ Era um dia 'comum'... Quer dizer, era uma noite 'comum', eu estava sozinha em cima do telhado do meu apartamento (meu apartamento, apartamento do meu pai... Deu pra entender!) quando um idiota atrapalha meus planos de ficar...