Capítulo 15

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Cheguei a minha piscina preferida das cinco que existem ali. É uma piscina que tem uma academia do lado. Mas não é por isso que ela é a minha preferida, é porque só é permitido entrar nelas algumas pessoas, e eu sou uma dessas “algumas”. E não é porque John paga um dinheiro extra para isso... Não! É claro que é porque sou uma pessoa muito social que tem vários amigos que me permitem entrar aqui. Óbvio.

Continuando, como só algumas pessoas podem entrar, não vem muitas pessoas aqui, o que é ótimo! Enquanto nas outras piscinas tem vários adolescentes bebendo ou crianças berrando e fazendo muito barulho, aqui sou só eu e aqueles adultos que vem por causa da academia.

Normalmente, eu venho aqui e sento em uma cadeira um pouco perto da margem da piscina, mas não tão perto ao ponto de tocar nela. Ou eu só sento na margem da piscina e fico pensando na vida. Ou eu entro na piscina, o que eu deveria sempre fazer. Hoje resolvi fazer como eu normalmente faço e me sentei em uma cadeira perto da margem. O legal desse lugar é que é ao ar livre e se tem uma boa vista do céu, então vir aqui de noite também é bem legal. Apesar de eu não vir muito aqui de noite porque, sabe como é... Eu prefiro telhados. Viver perigosamente passando a noite olhando as estrelas (isso é, SE tiver estrelas) em cima de telhados é mais Brook sabe?

– Não mãe. Sim, eu estou bem. Sim, sim, os meninos também, mãe. O que?! Não mãe, nenhum de nós arranjou nenhuma gatinha por aqui. Tá, eu vou me cuidar... Você fala isso como se eu não cuidasse bem de mim mesmo. Mãe! É claro que eu cuido bem de mim mesmo! Certo, eu sou um pouco mulherengo, mas veja pelo lado bom: eu não bebo, nem me drogo! Tá desculpa, eu não vou repetir isso. Certo, nem brincando. E por que você acha que eu sou mulherengo? Ah sim, revistas... Tá bom mãe, agora tenho que ir. Aham, certo. Também te amo. Tchau. – Um garoto de óculos escuros e touca apareceu, se sentando bem do meu lado. Touca? No verão? Por que não boné? Ah espera, só pode ser uma pessoa.

Como se eu não reconhecesse ele.

– Styles. – Falei, sem olhar para ele. Eu estava olhando para uma nuvem no céu que, para minha imaginação fértil, tinha o formato de um Toddynho. Não do achocolatado, eu não estava vendo uma nuvem com a cor do Toddynho, eu estava vendo uma nuvem do Toddynho o... O ser. Ah, deu pra entender que eu estava olhando para uma nuvem em formato de Toddynho e isso é o principal.

– Brook. – Ele disse do mesmo jeito que eu falei.

Tenho a leve impressão que nossa “conversa” acabou e que nós vamos só ficar olhando para a nuvem de Toddynho até ele ir embora, o que eu espero que não demore.

Enquanto os silenciosos segundos com o Styles iam passando, a nuvem de Toddynho estava indo embora, dando espaço para uma nuvem que parecia... O Bob Esponja.

– O que você está fazendo aqui? – Ele perguntou dessa vez olhando para mim. 

“Claro que eu estou aqui só para olhar essas nuvens do Toddynho e do Bob Esponja.”

Quem me dera poder responder isso. Espera, eu posso não é? Hum, não Brook. Uma resposta mais sensata é melhor.

Ah, e eu não parei de olhar para a nuvem de Bob Esponja (e nem pretendo) quando ele perguntou aquilo. Eu só sei que ele olhou para mim porque senti ele me olhando. Faz sentido?

– Eu que pergunto. – Respondi. Eu deveria ter falado aquilo mesmo, essa resposta “sensata” não muda nada. Quer dizer, muda porque eu vou saber o que ele está fazendo na minha (“minha”) piscina, mas...

Olha! A nuvem do Bob está indo embora! E quem vem agora é a nuvem do... Patrick. Tinha que ser. Que coincidência hein. Ou, não foi coincidência,  as nuvens devem estar bolando um plano diabólico, aposto que elas vão dominar o mundo todo com esse seu planinho de ter formatos estranhos (e, dizendo só de passagem, bem legais) que me lembram ao Toddynho, Bob Esponja e ao Patrick. Essas nuvens malvadas... Mas está tudo bem, porque eu já descobri tudo e agora já posso impedi-las!

Nothing lasts forever (1D fanfiction)Where stories live. Discover now