Capítulo 21

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        — Nós deveríamos acordar ela?

        — Não sei, o que você acha?

        — Óbvio que eu não sei, por que você acha que eu te perguntei?

        — Eu sei lá, talvez porque nós estamos de frente para ela, sem nada para falar e você queria puxar papo?

        — Por que eu iria puxar papo com uma coisa dessas? E ainda mais estando de frente para uma pessoa dormindo?

        — Não pergunte à mim, você sempre faz perguntas estúpidas, por que não as faria também em momentos estúpidos?

        — Eu nunca faço perguntas estúpidas!

        — Aham, claro, e eu nunca uso o truque de arrumar o cabelo daquela garota lá da internet. Nem escuto você cantar no chuveiro uma junção de músicas da Beyonce. To the left, to the left, all the single ladies to the left. — Voz 1 cantarolou um pouco. — Irreplaceable e Single ladies nunca devem ser juntados dessa forma, como você pôde? — completou. Depois um silêncio prevaleceu. — E sejamos sinceros aqui, pra quê mentir? Só estamos nós dois e uma pessoa que pode ser considerada praticamente morta. 

        — O que?! Nós ainda estamos falando da mesma coisa?

        — Claro que ainda me refiro de você e suas perguntas estúpidas, como essa. Não! Eu estou falando de ontem a noite e da sua “sorte”, se é que você me entende.

        — Não, eu realmente não te entendo.

        — Sabe sim! Aquela que você beijou. Sua ficada. A pessoa com quem você dormiu. 

        Foi com isso que eu me acordei. Duas pessoas tagarelando à minha frente. E eles teriam continuado falando e falando, se eu não tivesse os interrompido com minha queda (acidental). 

        Mas eu também não sou tão desastrada ao ponto de cair assim que acordar (mentira, já perdi a conta das vezes que já fiz isso. Mesmo assim, dessa vez foi diferente). Eu estava sobre três puffs. (Eu gosto de pensar que foram quatro, mas o quarto puff estava intacto, logo atrás dos outros dois esmagados.) Eu estava quase explodindo de irritação por causa das vozes e, pra piorar, assim que abri meus olhos... Arrependi-me fortemente. Senti uma dor muito forte, e (eu juro) vi a luz. Não a luz no final do túnel, já que nem túnel sequer tinha, era apenas uma luz branca muito forte. Por pura lógica, propus que era pior do que ver a famosa luz no final do túnel e que eu iria morrer, assim como a voz tinha dito anteriormente (que eu era “uma pessoa que pode ser considerada praticamente morta”). 

        — Brook? Você está bem? 

        — Como você conseguiu cair de puffs? Eles já estão praticamente no chão!

        — Você percebe que ela acabou de bater a cabeça no chão, certo?

        — Você percebe que ela estava a 5cm de altura de distância do chão, certo?

        — Cala a boca. Brook? Você está bem? — a Voz 1 repetiu.

        — 5 centímetros!

        — Ela não está respondendo. — A Voz 1 parecia preocupada. Já a Voz 2 continuava indignada com minha queda.

        — Como alguém consegue cair de puffs a 5 centímetros do chão?!

        — Oh meu Deus, John vai nos matar. Harry também. Oh, e Liam vai nos crucificar!

        — Pensando bem, podem ser 6 centímetros. Ou 7, mas esse é o máximo.

Nothing lasts forever (1D fanfiction)Where stories live. Discover now