Capítulo 20

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Aquela casa tinha muitos quartos. Era como se cada vez que eu abrisse uma porta e visse dois estranhos se agarrando, e obviamente fechasse a porta rapidamente, eu abria outra porta e a exata mesma coisa acontecia. Eu tentei prestar mais atenção no rosto das pessoas, para ver se, talvez, eu estivesse tão tonta, ao ponto de estar abrindo a mesma porta várias vezes repetidamente, mas não consegui enxergar o rosto de nenhuma delas, já que uns estavam sendo bloqueados pelos outros. Então decidi subir mais um andar. Como eu já tinha subido um, presumi que o próximo seria o telhado, e, sabendo como eu gosto de ir para telhados no meio da noite (e também que provavelmente sou a única pessoa que faz isso no inverno), decidi que essa seria mesmo uma boa ideia.

Quando cheguei em cima, era realmente o telhado (honestamente, era mais para cobertura do que para telhado), e lá estava ninguém mais do que o sr. Styles sentado.

– Você gosta mesmo de roubar meus telhados, não é? – Suspirei e sentei ao seu lado.

– Esse telhado é meu. Assim como o outro.

– Aquele telhado não é seu; é meu. Eu cheguei primeiro.

– Bem, se não é meu, também não é seu. Na verdade, é uma propriedade pública. Assim como esse.

– É uma propriedade pública tomada por mim, a pessoa que chegou primeiro.

– Propriedades públicas não podem ser tomadas; é por isso que se chamam propriedades públicas!

– Mas eu cheguei primeiro, e é como dizem: saiu, perdeu, o lugar é meu. Só que nesse caso você nem sequer saiu, já que você nunca chegou, já que eu cheguei primeiro.

– As pessoas que "dizem" são crianças do infantil para outras crianças do infantil com a intenção de ganhar um lugar na fila. – Ele sorriu irônico. – E também, eu cheguei primeiro nesse telhado – Styles deu um outro sorriso, mas dessa vez foi um vitorioso.

Comecei a pensar em alguma coisa para falar, mas não consegui. Ele ganhou com seu argumento estúpido. Fiquei calada olhando para o céu. Ele teve a consideração de não fazer nenhuma dança da vitória e também ficou olhando para o céu.

POV Harry

Não consegui escutar nada do que Louis, Allison e Brook estavam conversando no quintal, não importa o quão perto da janela eu estivesse, graças ao volume inacreditavelmente alto das vozes das pessoas ao meu redor. O único modo de escutá-los seria estando lá. Então fiz a única coisa que eu, convenhamos, seria capaz de fazer: fui para o meu quarto com a intenção de ficar deitado na minha cama assistindo Netflix até que todos os amigos/conhecidos dos amigos/conhecidos dos meus amigos/futuros apenas conhecidos (vulgo companheiros de banda) saíssem da minha casa. Mas, como os amigos/conhecidos dos amigos/conhecidos dos meus amigos/futuros conhecidos (vulgo companheiros de banda) não sabem preservar a privacidade dos outros, ou não sabem que em uma casa enorme com várias portas, algumas abertas e outras fechadas, as portas abertas são aquelas que eles podem entrar e as fechadas são as que ninguém deve entrar de modo algum, ou simplesmente não se importam com que cômodo vão ficar, contanto que tenham privacidade. Ou, em alguns casos, dependendo das pessoas, nem isso é necessário. Apenas uma cama. Enfim, assim que abri a porta do meu quarto, me deparei com estranhos em posições nada legais. Detalhes não são necessários, a única coisa que importa é que mais tarde eu jogaria fora o cobertor da cama, o colchão, os travesseiros e possivelmente a cama.

Como meu quarto já estava ocupado, e eu, Louis, Liam, Zayn e Niall tínhamos combinado de não entrar nos quartos uns dos outros para no caso de alguém "ter sorte", optei por ir à sala de home teather, que estava na pequena lista de portas que estavam fechadas; e que tristemente também estava ocupada. Então decidi ir para última porta fechada que me restava, a única que eu tinha certeza que não estava ocupada porque eu tinha convencido os meninos (principalmente Liam, que é o único de todos nós que não perde tudo o que possui, portanto, tinha as chaves de todas as portas da casa) a trancar a porta para que ninguém entrasse (tristemente, foi a única que eu consegui convencer a trancar. Também tristemente, todos eles, incluindo Liam, acreditavam fortemente que iriam "ter sorte" hoje). A única falha no meu plano perfeito era que a chave estava com Liam, e eu não fazia a mínima ideia de onde ele estava. Então, tive a brilhante ideia (eu e minha cabeça genial cheia de ideias) de, ao invés de sair procurando Liam por toda a casa, indo de porta em porta para ver se ele tinha "tido sorte" (apesar de que como ele provavelmente não deu porque... bem, é o Liam.) e me deparar com cenas perturbadoras, ligar para ele.

Nothing lasts forever (1D fanfiction)Where stories live. Discover now