Nem toda fã é daquele tipo que está disposta a cometer loucuras para conhecer seus ídolos. America Stone, por exemplo, sempre se contentou com a ida em dois shows da boyband One Direction, os videoclipes e as entrevistas. Mas, em geral, nunca consid...
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Era sexta-feira. Dia de anunciarem o nome das vinte e uma selecionadas para a promoção do fim de semana. A esta altura já estou imensamente nervosa, ansiosa ou algo do tipo. Por vezes tenho a sensação de estar extremamente calma; mas sei que não estou.
Os ponteiros do relógio arrastam-se e hoje, surpreendentemente, eu desejei ainda estar estudando só para ver as horas passarem mais rapidamente. O relógio aponta meio-dia e o programa The Late Late Show com James Corden só começará pouco mais da oito. Além do drama normal de toda revelação, o James é o sinônimo de enrolação.
Sem opção, direcionei-me as fundos da casa.
Doc pulou automaticamente em cima de mim. Suas patas grandes posicionaram-se nos meus ombros e sua língua lambeu meu rosto inteiro. Ri da sua graça e senti meu coração aquecer, devido ao carinho que meu cão tinha comigo, ainda mais por ser um animal irracional.
— Calma, garoto — eu disse e fiz carinho em seu pescoço, tentando acalmá-lo.
Doc tinha dois anos e era da raça labrador. Ainda que fosse jovem, era gigante, o que é surpreendente para uma raça que não tem a genética propriamente desenvolvida no tamanho. São medianos, na verdade, mas Doc é enorme. Quando o ganhei dos meus pais, ele ainda era uma bebê, e eu já sabia o quão apegado seríamos.
Agora que estou de férias, ele tem sido minha melhor companhia diária — além de Colin, mas Doc ainda é mais, por conta do meu relacionamento escondido com Colin só nos vemos as vezes durante o dia. Doc sempre foi; agora é mais.
Permiti sua passagem e ele saiu correndo, direcionado-se, com toda certeza, ao meu quarto. Quando cheguei lá, Doc estava deitado na cama. Dei risada da sua folga, mas me deitei ao seu lado. O seu pêlo cheirava bem e era semelhante ao cheiro das colônias que se passa nos bebês, era macio como algodão e, além disso, brilhava. Fiz carinho em si e descansei os olhos, os ombros, o corpo e, inacredivalmente, a alma. Me sentia pesada, sobrecarregada e eu sei que estou assim por conta do fim de semana.
Doc emitiu um som estranho, como se tivesse percebido as cargas negativas.
— Estou tão ansiosa, Doc! Você percebeu?
Ele latiu.
Mexi em seu pêlo, sorrindo forçado.
— É por causa do fim de semana, amigão. Eu me inscrevi numa promoção para tentar ganhar um fim de semana com os meninos ali — e apontei para os pôsteres nas paredes.
Novamente ele latiu.
— Será que eu tenho chances?
Agora, com muito mais intensidade, Doc latiu duas vezes seguidas.
— Ah, então é por isso que você não atendeu as minhas ligações, America?
