DIAS DEPOIS
NARRADORA
Alguns dias já haviam se passado e Carla continuava a evitar Arthur. A vontade da jovem era de se jogar nos braços do amado e matar toda aquela saudade que lhe consumia, mas Diaz sabia que não podia. Se fizesse o que desejava, a instabilidade de Felipe poderia colocar Picoli em perigo, e a loira não suportaria perdê-lo. Carla já estava prestes a entrar no seu carro para ir pra casa quanto se lembra que havia esquecido um livro muito importante na sala. Os corredores da faculdade já estavam completamente vazios, e após adiantar seus passos a jovem volta para o estacionamento com o livro em mãos como num piscar de olhos. Em um movimento tranquilo a loira se aproxima do carro pronta para abrir a porta, mas antes que pudesse entrar Diaz sente seu corpo ser prensado no automóvel com brutalidade e mãos grosseiras começarem a deslizar por sua pele, aumentando sua vontade de vomitar.
- Tão gostosinha...você deve ser uma delícia, amor!
Felipe murmura completamente drogado enquanto continuava a apalpar todo o corpo de Carla, subindo as mãos por sua coxa enquanto a jovem lutava para se soltar.
- Me solta, seu nojento, não toca em mim!
Diaz exclama sentindo as lágrimas começarem a encher seus olhos e toda a repulsa que sentia pelo homem aumentar ainda mais.
- Você é minha namorada, docinho, eu tenho direitos e já cansei de esperar você com esse papo de "não quero". Você já fugiu demais, é hoje que eu te pego de jeito!
Lombardi declara em um tom de voz possesso enquanto sobe suas mãos chegando perto da calcinha de Carla que tentava o afastar em meio às lágrimas.
- Namorada? E-Eu tenho é nojo de você, eu te odeio! Se não fosse por você eu estaria com o Arthur, com o homem que eu realmente amo, o homem que você ameaçou para que eu me afastasse. Posso até ser obrigada a aceitar que você me chame de namorada, mas se dependesse de mim você já estaria no inferno. ME SOLTA!
Felipe ignora as palavras de Diaz, mas antes que pudesse levantar o vestido da loira o homem sente um soco forte ser depositado em seu rosto, o fazendo cair no chão logo em seguida. Picoli estava passando por perto e assim que ouviu tudo o que Carla havia dito sentiu um ódio sem tamanho tomar conta de si ao ver a mulher que amava ser atacada. O loiro socava Felipe de forma descontrolada enquanto via o sangue do mesmo manchar suas mãos. Arthur continua com a agressão até ouvir a voz que fazia seu coração disparar chegar aos seus ouvidos através de um sussurra fraco.
- A-Arthur!
Diaz murmura e logo em seguida desmaia, sendo rapidamente carregada por Picoli. O loiro vê Felipe se levantar com dificuldade e entrar em seu carro para logo em seguida sair correndo com o automóvel, mas naquele momento nada mais importava para Arthur, a não ser a jovem desmaiada em seus braços.
- A-Amor...meu amor, acorda, por favor, acorda!
Arthur implora em meios às lágrimas enquanto tentava despertar Carla. Picoli chorava por agora saber tudo o que a mulher que amava havia sofrido, tudo que havia aguentado para o proteger, por amá-lo, enquanto ele ao menos sabia do que estava acontecendo e pensava que ela havia o esquecido. O jovem levanta do chão com Carla em seu colo e vai correndo até seu carro, dirigindo rapidamente em direção ao hospital mais próximo. Em um piscar de olhos Arthur adentra o prédio enquanto carregava a amada em seus braços e gritava por ajuda. Rapidamente um médico e algumas enfermeiras se aproximam levando Diaz em uma maca e o impedindo de acompanhá-la naquele momento. Arthur andava de um lado para o outro na sala de espera ao mesmo tempo que tentava manter a calma. Ainda não entendia muito bem o que havia acontecido, mas seu corpo era tomado pela raiva ao pensar em tudo o que a mulher que amava havia sofrido para protegê-lo, e aumentava ainda mais ao se lembrar da cena revoltante que encontrou quando chegou ao estacionamento da faculdade. O loiro desperta de seus pensamentos ao ver a porta do hospital se abrir de forma bruta enquanto vários enfermeiros e um homem deitado em uma maca com o rosto ensanguentado entravam no local. Sendo guiado pela curiosidade Arthur se aproxima mais um pouco e arregala os olhos ao ver Felipe ali. Picoli estava totalmente surpreso, mas antes que pudesse perguntar o que havia acontecido com o homem responsável por lhe causar tanto sofrimento, um médico leva Lombardi às presas para um dos quartos do hospital, fazendo a preocupação de Arthur voltar a focar em Carla. Um bom tempo se passa e o loiro ainda não havia recebido nenhuma notícia da amada. Picoli já estava agoniado, mas assim que vê o médico que havia socorrido Felipe, decide ir até ele para perguntar o que de fato havia levado o homem que havia socado há algum tempo atrás, a se encontrar naquela situação.
- Olá, doutor, eu sou colega de faculdade do paciente que chegou aqui na maca e por acaso o reconheci. Nós não somos próximos mas gostaria de saber o que aconteceu com ele.
- Ah sim...o paciente sofreu um acidente sério de carro e assim que começamos os exames encontramos uma grande quantidade de entorpecentes em seu organismo. Ele estava completamente drogado e por isso sinto em informar que ele não sobreviveu. Fizemos de tudo o que poderíamos fazer, mas ele veio à óbito!
O médico anuncia e volta a caminhar para longe, deixando Arthur completamente paralisado e surpreso. Lombardi realmente havia pagado por tudo o que fez, e dessa vez o preço foi mais caro do que ele podia imaginar. O loiro desperta de seus pensamentos ao ouvir o médico do caso de Diaz o chamar e logo sente seu coração disparar ao saber que finalmente teria notícias de sua amada.
- Então, doutor, o que ela tem? A Carla está bem?
- Calma, meu jovem, ela está bem sim, só foi uma queda de pressão, ela deve ter passado por um momento muito difícil. Agora a Srta.Diaz está descansando, mas se quiser pode ficar no quarto também.
- Quero, claro que eu quero!
Arthur afirma aliviado e logo segue o médico até o quarto em que Carla estava. A loira se encontrava deitada na cama com algumas máquinas ligadas ao seu corpo enquanto dormia serenamente. Já sozinho no local com a jovem, Arthur começa a se aproximar lentamente e segura as mãos delicadas da amada enquanto deposita um beijo em sua testa. Seu coração continuava a bater acelerado, mas naquele momento, começava a sentir a esperança de que tudo terminaria bem, crescer dentro de si.
- Acabou, meu amor! Agora está tudo
bem, nós vamos ficar juntos e eu vou cuidar de você, minha princesa. Eu te amo, Cá...te amo muito!___________________________________________
O Arthur descobriu a verdade!!
O Felipe morreu!
E agora as coisas vão finalmente melhorar!
Ou não...👀🤔Comentem!!!! 💣🔥💣
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Friends - Carthur
FanfictionSabe aquele momento em que você percebe que as coisas não são como antes? Os sorrisos estão diferentes e os olhares querem dizer algo a mais. E se de repente você descobrisse que está completamente apaixonada pelo seu melhor amigo? Carla não imagi...