Capítulo 12

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NARRADORA 

F-Felipe, por favor, não me manda fazer isso, é o Arthur quem eu amo! 

Carla implora em meio aos soluços e sente um enjôo forte tomar conta de si no exato momento em que Lombardi toca seu rosto.

- Shiu, não tem problema, meu amor, eu te ensino a me amar. Mas você vai ter que me ajudar com isso, pois se não fizer o que eu estou mandando, aí sim você vai ter todos os motivos do mundo para me odiar. Estamos entendidos? 

Diaz balança a cabeça em forma de afirmação sentindo as lágrimas continuarem a cair de seu rosto enquanto via Felipe sair andando pelo corredor com um sorriso vitorioso nos lábios. A jovem permite que seu corpo deslize até o chão na medida em que tentava ao máximo abafar o som de seu choro.

"Como aquilo poderia estar acontecendo?" 

Estava tudo bem há alguns minutos atrás, e agora todo o seu mundo parecia estar desmoronando. Carla sabia que não conseguiria permanecer ali naquele momento, e mesmo com dificuldade a loira corre até seu carro. Suas mãos tremiam devido seu estado, e mesmo temendo que seu nervosismo causasse algum acidente Diaz continua a dirigir até chegar em sua casa. Tudo o que Carla queria fazer era chorar até não suportar mais. Teria que abrir mão de Arthur, e o pior de tudo é que seria obrigada a lhe contar a maior mentira do mundo:

A de que não lhe amava mais! 

As horas continuam a se passar e Arthur já caminhava de um lado para o outro no corredor da faculdade enquanto procurava por sua amada. Estava preocupado com Carla, e após ouvir Pocah lhe contar que a loira não havia entrado na sala de aula naquele dia, Picoli joga tudo para o alto e entra em seu carro sem dar atenção a Sarah. O jovem dirigia rapidamente, e em um piscar de olhos se vê parado em frente à casa de Carla enquanto tocava a campainha insistentemente. Em um movimento rápido a porta se abre e Arthur sente seu coração falhar uma batida ao ver o estado da mulher que tanto amava. Os olhos da jovem estavam vermelhos e seu rosto levemente inchado, lhe passando a certeza de que sua baixinha havia chorado. 

- Meu amor, o que foi? O que aconteceu?

Arthur pergunta preocupado caminhando em direção a Carla e a abraçando fortemente. A loira corresponde ao abraço e se permite chorar nos braços do homem que amava.

- M-Me...Me perdoa, me perdoa! 

Diaz implora em meio aos soluços enquanto continuava agarrada à Arthur.

- Te perdoar pelo o quê, minha linda? O que aconteceu? 

O jovem questiona segurando o rosto de Carla e tentando secar as lágrimas que insistiam em continuar caindo.

- N-Não podemos mais ficar juntos! 

Carla sussurra sentindo seu coração se rasgar assim que as mãos de Arthur deixam seu rosto e uma expressão carregada de dor e surpresa se forma em sua face.

- O-O quê? É pela Sarah? Não tem problema, meu amor, eu termino com ela, eu também acho que já está na hora e que...

Diaz interrompe.

- Não, Arthur, não tem jeito! Eu sinto muito por te envolver nisso, eu estava confusa e acabei misturando as coisas. O que eu sinto por você é amor de irmão, sempre fomos amigos e isso é somente algo da nossa cabeça, não podemos mais ficar juntos!

Carla declara em meio ao choro, tentando se controlar para não beijar Arthur e lhe contar toda a verdade.

- I-Isso não pode ser verdade, estava tudo bem hoje de manhã, você...nós estávamos bem! Cá, por favor, eu sei bem o que eu sinto e eu te amo mais do que como uma amiga ou uma irmã. Eu te amo como mulher, por favor, não faz isso!

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