Friends - Carthur

Último Capítulo

NARRADORA

Toda a plateia se levanta em meio a aplausos e assobios enquanto Arthur permanecia paralisado no mesmo lugar.

Ela havia feito tudo aquilo só para conseguir o seu perdão? 

Um sorriso bobo surge nos lábios do jovem ao mesmo tempo que as lágrimas continuavam a cair por seu rosto. Já não se importava com nada do que havia acontecido. Ele a queria, ele a amava, e nenhuma mágoa era maior do que aquele amor. O loiro volta seu olhar para Pocah e Ronan ainda sentindo seu coração bater acelerado, não demorando a receber um sorriso encorajador do casal.

- O que ainda está fazendo aqui?

- Vai atrás dela, amigão!                           

Picoli sorri abertamente e sai correndo em direção ao camarim de Carla, mas antes que pudesse chegar até lá uma das crianças que haviam se apresentado para em sua frente o entregando um pedaço de papel. Arthur encara o bilhete em suas mãos e logo sente um sorriso maior se formar em seu rosto ao ver o que estava escrito ali.

              "Te espero no lugar onde nossos corpos se uniram pela primeira vez! 

                                                                       Carla"

Rapidamente Arthur sai correndo e entra no carro antes de começar a dirigir até a praia onde havia se declarado para Diaz. As mãos do loiro suavam e a ansiedade batia forte em seu peito durante todo o caminho. Em um piscar de olhos o jovem para o carro e tira o tênis, entrando logo em seguida na praia. Arthur andava na areia apressadamente, mas logo sente seu corpo paralisar mais uma vez e um sorriso gigante rasgar seu rosto diante da cena à sua frente. O lugar estava totalmente iluminado por velas e pela luz do luar, as pétalas de rosa se destacavam na areia e uma tenda improvisada com lençóis brancos se encontrava no meio da praia, acompanhada por um piquenique. O cenário parecia o mesmo de alguns anos atrás quando Carla saiu do hospital após Arthur salvá-la de Felipe, mas dessa vez havia algo diferente. Os papéis haviam sido invertidos, e agora era ela quem lutava de todas as formas para ter Picoli de volta. O coração do loiro batia forte e o desejo de sair correndo e beija-la crescia à cada segundo dentro de si. Decidido a se conter mais um pouco Arthur vai se aproximando lentamente com as mãos no bolso da calça. Um sorriso nervoso crescia nos lábios de Carla na medida em que o amado se aproximava mais, e assim que Arthur para diante da jovem ambos sentem seus corações baterem ainda mais acelerados. 

- Oi...

Diaz sussurra com um fio de voz devido ao nervosismo de ter o homem que tanto amava bem ali em sua frente depois de tudo o que fez para ele.

- Oi... 

- Arthur, eu sei que errei e me arrependo muito disso, mas não consigo mais suportar o fato de acordar e não ter mais você do meu lado, de te ver e não poder te beijar, de estar perto e ao mesmo tempo tão longe de você. O meu coração sempre foi seu, e tentar esquecer tudo o que vivemos indo pra Nova York foi a pior coisa que já fiz na vida. Eu te amo! Amo como nunca amei ninguém nessa vida, e não estou disposta a desistir de nós mais uma vez. Não estou disposta a abrir mão do nosso amor, não estou disposta a abrir mão de você. Hoje eu vejo a dor que te causei, e acredite que para mim ver isso é a coisa mais dolorosa do mundo. Eu sei que talvez eu nem mereça o seu perdão, mas...

Carla ao menos consegue terminar de falar e logo sente os lábios de Arthur se unirem aos seus. O choque parecia ter tomado conta de seus corpos, a saudade que sentiram do gosto um do outro era imensa, mas naquele momento ambos estavam dispostos a acabar com isso. Mesmo ainda surpresa Diaz envolve seus braços no pescoço de Arthur e logo sente o amado segurar sua cintura fortemente, a puxando para mais perto até que seus corpos estivessem totalmente colados. As lágrimas se misturavam, mas não eram o suficiente para salgar o gosto doce do beijo que há cada segundo se tornava mais intenso e mais apaixonado. Suas línguas se encontravam com ternura e saudade, mas logo o casal é atingido pela falta de ar. Seus corações batiam acelerados, suas respirações estavam ofegantes, os olhos permaneciam fechados, e logo o silêncio é quebrado por Arthur.