Friends - Carthur

Capítulo 22

ARTHUR

Entro em meu apartamento sentindo uma onda de raiva e tristeza continuar a tomar conta de mim. As palavras daquele desgraçado atingem minha mente mais uma vez e sinto meu sangue ferver de ódio. Olho ao redor e vejo uma pequena camada de poeira em alguns móveis do apartamento. Já fazia um bom tempo que não vinha para cá, e saber que iria dormir sem ter Carla ao meu lado já era o suficiente para fazer com que a dor crescesse ainda mais em meu coração. Desperto dos meus pensamentos ao ouvir a campainha tocando, e a esperança de ser a Carla querendo fazer as pazes, se acende dentro de mim. Rapidamente caminho até a porta, mas diferente do que eu esperava, não era minha namorada quem estava ali, e sim uma mulher que nunca havia visto na vida. Abro a boca para perguntar quem era ela, mas antes que pudesse fazer isso a vejo tirar uma seringa com um líquido dentro e injetar em mim, fazendo minha visão ficar borrada. Tudo ao meu redor parecia girar, a força que sustentava o meu corpo em pé começa a se esvair de mim e finalmente vejo tudo escurecer.

NARRADORA

Picoli se encontrava desmaiado no chão da sala enquanto a mulher desconhecida continuava a encara-lo.

- Bom trabalho, Aline, agora vamos terminar o serviço! 

Sarah que até então estava escondia do lado de fora, entra no apartamento sorrindo ao ver a cena. Estava tudo saindo da forma como planejou. A loira havia contratado Bill para atrapalhar o caminho de Carla e Arthur, e agora Aline seria o estopim para o término do casal. Ambas conseguem com dificuldade carregar o jovem até o quarto e lá começam a pôr o plano em ação. Após despirem o homem que ainda estava adormecido pelo efeito da substância que haviam lhe enjeitado, Aline tira suas roupas ficando apenas de lingerie e se deita ao lado de Arthur enquanto Sarah tirava fotos da cena. Depois de terminarem com o planejado, a loira olha as imagens em seu celular e sorri malignamente. Ali estava tudo o que precisava para acabar com o namoro de Carla e Arthur. Picoli poderia até não ser mais dela, mas com certeza também não seria de Diaz. As horas se passam em um piscar de olhos, e antes que Carla percebesse o dia seguinte já havia chegado. A jovem acorda se revirando na cama e em um movimento automático desliza seu braço para o lado na tentativa de encontrar o corpo quente do namorado, mas tudo o que sente é o frio do local vazio. Diaz abre os olhos rapidamente e logo as lágrimas ameaçam voltar a banhar sua face. Havia sido só uma noite, mas sentia seu peito se apertar com a saudade que já sentia do amado. Não se importava mais com o que de fato aconteceu entre Arthur e o Bill na noite anterior. O loiro era o grande amor de sua vida, e não suportava ficar brigada com ele por muito tempo. Rapidamente a jovem se levanta, e após tomar um banho rápido começa a se arrumar enquanto sentia seu coração bater ansioso para fazer as pazes com o amado. Carla caminha apressadamente até a porta de casa, não escondendo sua surpresa ao ver Bill parado ali.  

- Bill...Oi!

- Iai, Carlinha!

- Como está o nariz?

- Está bem melhor graças a você!

- Era o mínimo que eu podia ter feito. Mais uma vez, eu sinto muito por tudo o que aconteceu ontem!

- Não se preocupe com isso, se eu tivesse uma namorada linda como você também morreria de ciúmes de qualquer homem que chegasse perto.

Araújo declara olhando no fundo dos olhos de Carla, fazendo o desconforto atingir a loira mais uma vez.

- E-Eh...você deve ter vindo buscar o carro, né?! Deixa só eu procurar a chave aqui na bolsa! 

Diaz murmura remexendo a bolsa até que sua atenção é voltada para o seu celular que acabava de apitar anunciando uma nova mensagem. Em um movimento rápido Carla segura o aparelho em mãos e abre a mensagem anônima, sentindo seu mundo desabar logo em seguida.