já dizia a diva Rita Lee: "Diga que me odeia, mas diga que não vive sem mim."
1 de maio,
Casa da família Park
JUNGKOOK
Como resolvemos esperar até a calada da noite, já passa das dez quando Taehyung estaciona, dessa vez bem em frente à casa do pai de Jimin. A primeira coisa que percebo quando desço da moto é que uma única luz está acesa no segundo andar, provavelmente onde fica o quarto dele.
Em silêncio, coloco o rádio na calçada e olho para Taehyung, que ainda está na moto, acendendo mais um cigarro. Ainda sem dizer palavra, aponto para a janela iluminada e ele faz que sim com a cabeça.
Então esse é, de fato, o quarto do Park.
Não sei dizer se estou sorrindo de desespero ou antecipação para poder vê-lo, mas não importa. Neste momento, não estou mais pensando com clareza, o que significa que provavelmente vou surtar e ligar para Namjoon de madrugada, me arrependendo de tudo, mas agora nada disso faz diferença.
Com um suspiro, pego o objeto da calçada e aperto o botão de ligar, o levantando até que esteja acima da minha cabeça. Não posso evitar ficar vermelho quando Can't Help Falling In Love começa a tocar, provavelmente acordando alguns vizinhos.
Apesar da realização me acertar como um ônibus de dois andares, mantenho o rádio firme e espero por uma movimentação. Posso ver uma silhueta passar por trás da cortina, uma, duas vezes. Na terceira, a janela se abre com tudo e finalmente eu o vejo. Park Jimin, de blusa branca e cabelo desgrenhado, sua imagem embaçada devido ao calor que arrebata meu rosto e a distância. É realmente como um colírio para os meus olhos.
— Jungkook! — ele grita da janela e abaixo a música um pouco, apenas para poder ouvi-lo — O que você está fazendo?
Devo admitir que não foi realmente a reação que eu estava esperando. O tom de voz de Jimin me soa bem mais desesperado do que contente. Mesmo assim, mantenho um sorriso idiota e grito em resposta.
— Não é óbvio?
Jimin faz uma careta que consigo ver de onde estou e olha para Taehyung, que tenho certeza que está se acabando de rir atrás de mim.
— Jungkook, você precisa desligar esse som agora!
Faço que não veemente com a cabeça.
— Não até você descer daí e conversar comigo.
Ele olha para trás nervosamente e coloca a mão no cabelo. Por um milésimo de segundo, me pergunto se estou o colocando em problemas, mas permaneço firme.
— Eu não...
Aumento o volume da música, que agora toca The Smiths, antes que ele possa finalizar a sua frase. Estou determinado.
Permaneço observando enquanto o mauricinho sai da janela e me pergunto se realmente consegui, assim tão fácil. Infelizmente, logo minhas entranhas se contraem quando vejo que ele voltou carregando um balde d'água. O mais rápido que consigo, abaixo o volume da música.
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discos, estrelas e beijos que eu roubei de você {FINALIZADA}
Fanfic!NAO PERMITO ADAPTAÇÕES DESTA OBRA! Jikook!¡ 80's O ano é 1987. Jeon Jungkook está no último ano do ensino médio e, sem nem mesmo perceber, acabou desenvolvendo uma paixão quase impossível pelo nerd desajustado Kim Taehyung. Numa esperança de conseg...