chapitre six

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JUSTIN BIEBER

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JUSTIN BIEBER.

Ficar frente a frente com Nikolai Vassily era sempre um desgosto. Este é um dos homens mais prepotentes e egocêntricos que já pisou na terra, um verdadeiro Дерьмо. Como diz ele. {Merda.}

E não tem nada pior que pedir um mísero favor para alguém de tão alto calibre. Sei como é isso, pois sou exatamente igual à ele.

E é horrível estar do outro lado da mesa.

— São apenas armas, Vassily. Sabe que pagarei uma quantia grande, mas preciso que use seus contatos para que eu consiga entrar com o carregamento nos Estados Unidos. - Bufei, já sem paciência alguma para sua expressão enigmática. Seus olhos escuros ponderam sobre o meu rosto, enquanto ele assopra a fumaça quente do seu charuto.

— Antes de qualquer coisa, me chame de senhor Vassily. - Franzi o cenho, irritado. E por alguns segundos a fala de Eloise me veio em mente; Por acaso estamos na realeza? — E, digamos que eu te ajude, sabe que me deverá um favor. Não sabe?

— Sei. - Disse ríspido, mordendo o interior das minhas bochechas para não socar sua cara enrugada.

— Certo, posso te ajudar com isso. - Balburdiou, apagando seu charuto num cinzeiro próximo. Ele tirou os pés de cima da mesa e ajeitou sua cadeira, digitando algo em seu computador. — Sabe, Bieber. Desde que meu irmão foi assassinado no ano passado, eu ando restringindo bastante meus aliados. - Sem me encarar, senti seu tom de voz enrijecer. — Sabe como é. Inimigos por perto, perigo incerto.

— Entendo. Foi realmente fatídico o quê ocorreu com Mikhali, faltava poucos meses para que ele pudesse assumir o trono. - Minhas palavras escorrem como um veneno singelo, fazendo-o encarar-me por cima dos óculos. Seu olhar transmitia ódio e um lampejo de tristeza.

— De fato, mas quem o fez pagará com a própria vida. - Exclamou sombrio, voltando seu olhar para a tela brilhante. Cerca de cinco minutos depois, ele voltou sua atenção até mim. — Permitirei a entrada do carregamento daqui duas semanas, como indiciou. Mas quero o pagamento três dias antes.

— Tudo bem. - Me levantei, abotoando meu paletó azulado. Ele fez o mesmo e estendeu a mão na minha direção, indicando que eu apertasse. Assim fiz. — Mas nem pense em me passar a perna, Nikolai. Não queremos começar uma guerra, certo?

— Certo. - Me deu um sorriso amarelo e soltei sua mão, dando as costas e saindo dali em passos firmes.

Passei pelos corredores já podendo sentir minha cabeça pulsar pela quantidade de coisas ao meu redor. Toda a família Vassily têm esse péssimo costume de colecionar objetos terrivelmente feios e absurdamente caros. Haviam miniaturas banhadas em ouros, bonecos, quadros e esculturas escandalosas espalhadas por toda a casa.

Horripilante, eu diria.

Suspirei de alívio ao finalmente descer as escadas, dando de cara com três dos meus seguranças em pé na porta principal. Dei-lhes um aceno rápido e me dirigi para fora dali.

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