Eu não tive tantas opções, mas eu poderia ter simplesmente escolhido alguns caminhos mais fáceis na minha vida. Provavelmente seria tudo mais simples.
Mas também é uma merda que os caminhos mais difíceis me trouxeram até você.
Como faço pra fugir...
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JUSTIN BIEBER. um ano depois.
— Entre! - Exclamei autoritário, sem tirar os olhos do mapa na tela do meu computador.
— Licença, senhor Bieber. - Robert proferiu após entrar no meu escritório, chamando atenção de todos presentes ali. — Arvin Russell está aí fora, disse que precisa de uma reunião urgente.
— O que esse cara quer agora? - Ryan resmungou, franzindo o cenho.
— Algum favor. Como sempre. - Bufei, recostando-me na minha cadeira de couro. — Mande-o entrar. - Meu segurança assentiu e se retirou. Poucos segundos depois Arvin atravessava minha porta sem qualquer cerimônia.
— Justin Bieber! Quanto tempo, meu amigo. - Ele estendeu a mão pra me cumprimentar e eu ergui a sobrancelha em descrença, deixando-o no vácuo. — Butler, Somers. Bom ver vocês também.
— Fale logo o que quer, Russell. Não tenho o dia inteiro. - Cruzei os braços frente ao peito e ele pigarrou, sentando-se na cadeira disponível.
— Então, eu preciso da sua ajuda.
— Ah, jura? Eu nem imaginava. - Ironizei, apoiando meus cotovelos na mesa. — Diga.
— Eu preciso achar uma mulher. - Semicerrei os olhos em confusão e não pude conter uma risada fraca.
— Eu tenho cara de casamenteiro agora, Arvin? O máximo que posso fazer por você é te recomendar ir nas minhas boates. - Chaz gargalhou do sofá e Russell continuou me encarando severamente.
— Não é nesse sentido. Uma mulher passou a perna em mim, levou todo o meu dinheiro e eu não consigo acha-la de jeito nenhum. - Exclamou enfurecido e eu estreitei os olhos, ainda confuso.
— Como deixou algo assim acontecer? Olha, admito que esperava mais de você. - Murmurei risonho e ele revirou os olhos.
— Ela não é qualquer mulher, Bieber. A filha da puta limpou toda a minha conta e hackeou o sistema do banco pra deixar uma quantia fake lá, só fui descobrir dois meses depois. Então imediatamente mandei alguns dos meus homens atrás dela e tive como resposta a cabeça de um deles com um bilhete desaforado colado na testa.
— O que dizia no bilhete? Só por curiosidade. - Ryan indagou.
— Leiam vocês mesmos. - Ele jogou um papelzinho colorido em cima da mesa e eu logo tratei de pegá-lo.
— "Finalmente descobriu minha brincadeira, Russell. Até que estou surpresa, burro do jeito que você é imaginei que demoraria mais. Fique com esse presente pra nunca se esquecer de mim. Assinado; geniazinha." - Li em voz alta e não pude segurar uma risada com aquilo, assim como os meninos.
