chapitre dix-huitième

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JUSTIN BIEBER

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JUSTIN BIEBER.

Eloise saltou do sofá no momento que nós entramos. Minha mente estava atordoada e minha pele parecia em chamas, o chão havia sumido dos meus pés.

— Coloquem ele aqui, rápido! - Ela exclamou, chamando nossa atenção. Ryan carregou meu irmão até o sofá e o deitou. — O que houve? Merda! Charles, pega os primeiros socorros no lavabo.

Ninguém pestanejou. Charles correu para fazer o que foi instruído enquanto ela rasgava a regata de Jaxon ensopada de sangue com as próprias mãos.

Eu não conseguia me mexer, meus pés grudaram no chão e eu senti minhas costas se chocarem com a parede. Engoli a seco, tentando recobrar a consciência.

— Traz uma bacia com água. - Ouvi ela mandar, provavelmente para Ryan. A cena parecia se passar em câmera lenta aos meus olhos. Não dava tempo de chamar o médico e não podíamos levá-lo ao hospital sem explicar o porquê dele ter levado tantas facadas.

Ele iria morrer. Meu irmão iria morrer.

Apesar da lentidão na minha cabeça, Eloise era rápida. Muito rápida. Havia muito sangue em seus braços e mãos. Era um mar vermelho no meu sofá branco.

Ela tirou todo o excesso do abdômen dele com panos molhados, várias e várias vezes. Um em cima do outro. Seus olhos estavam determinados, vidrados no corpo desacordado do meu irmão caçula.

— Estou conseguindo estancar, preciso de toalhas secas. Rápido! - Ela gritou, ou sussurrou. Não consegui entender ao certo. Senti meu corpo escorregar pela parede e me sentei no chão.

O sangue havia parado de escorrer e eu não sabia ao certo se isso era bom ou ruim. Afinal, quando você morre o sangue para de circular em algum momento.

Eloise colocou uma toalha dentro de outra bacia, ensopando-a com um líquido de cheiro forte. Provavelmente álcool. Ela espremeu e enrolou na cintura de Jaxon, apertando o tecido ao seu redor.

— Vocês tem alguma luva? - Ela encarou Charles, que parecia atordoado.

— Acho que dentro desse kit tem algumas. - Ele lhe entregou a maleta transparente e ela esterilizou seus braços com várias borrifadas de álcool, tirando o excesso do sangue com uma toalha. Pôs as luvas e começou a separar os instrumentos necessários para fazer uma sutura. — Você sabe mesmo fazer isso?

— Sei o bastante para uma situação de emergência, vai servir. - Ele assentiu e ela respirou fundo várias vezes antes de enfiar a longa linha na agulha.

De onde eu estava não conseguia ver se meu irmão respirava ainda. Não conseguia saber se ele ainda tinha alguma chance, mas rezava para que tivesse.

Fechei os olhos, sentindo minha cabeça pesar. Eu estava suando? Não entendia o porque, mas me sentia ensopado.

Não calculei quanto tempo se passou, mas pareceu apenas alguns minutos. Quando senti alguém sacudir meus ombros, abri ligeiramente os olhos.

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