Eu não tive tantas opções, mas eu poderia ter simplesmente escolhido alguns caminhos mais fáceis na minha vida. Provavelmente seria tudo mais simples.
Mas também é uma merda que os caminhos mais difíceis me trouxeram até você.
Como faço pra fugir...
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ELOISE.
— Isso é loucura, cara. - Balancei a cabeça negativamente e virei outra dose, sentindo minha garganta queimar.
— Eu não entendo porque ele faria isso. - Ele franziu as sobrancelhas, parecendo pensativo. Dei de ombros.
— Ele é um filho da puta, tem motivo melhor que esse? - Ri, enfiando o rosto entre as mãos. Khalil apoiou uma mão em minhas costas e acariciou, causando-me um arrepio na espinha.
— Já esperamos demais, está tarde. Agora preciso levar esse cara pra casa. - Ele apontou pra Ryan dormindo ao nosso lado no sofá.
— Acabei te dando mais trabalho ainda, não é? - Resmunguei.
— Trabalho nenhum, docinho. - Me lançou uma piscadela, se levantando em seguida. — Pode contar comigo pro que precisar.
Talvez fosse a bebida que eu não tenho costume de ingerir ou a frustração irradiando do meu corpo, mas não pude deixar de notar seu olhar sugestivo sob mim naquele momento. E retribuí-lo.
— Pro que precisar? - Murmurei, acabando com o espaço entre nós em poucos passos. Seus olhos percorreram meu rosto e eu esbocei um sorriso ladino, tombando levemente minha cabeça para o lado. — Tem certeza?
— Sem dúvidas. - Ele sussurrou, notando as minhas intenções.
— Tem problemas com relações casuais, Khalil? - Indaguei, intercalando meu olhar entre seus olhos e sua boca. Ele umedeceu os lábios e pôs as mãos na minha cintura, puxando-me em sua direção.
— Absolutamente nenhum.
{...}
Me revirei na cama e gemi, sentindo minha cabeça latejar instantaneamente.
— Foi mal, te acordei? - Uma voz grossa chamou minha atenção, fazendo-me sentar rápido demais.
Khalil. Apenas de cueca. No meu quarto.
Engoli a seco e as lembranças me atingiram em cheio, junto com a dor latejante.
O beijo na boate, ele me carregando até o quarto depois de largarmos o Ryan no sofá..
Os barulhos no quarto de Justin. Céus, os malditos barulhos! Lembro-me de ouvi-los e, por algum motivo, ficar um tanto quanto escandalosa também. Simplesmente.
Inferno, por que eu fiz isso? Por que reagi dessa forma tão infantil?
Essa foi a segunda vez na vida que eu ingeri álcool, e foi por causa de um cara? Jura, Eloise?
— Você está bem? Parece pálida. - Khalil chamou minha atenção, agora ele já estava devidamente vestido e apenas segurava seus sapatos pendurados em uma das mãos.
