Pequena Sereia

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Louis estava ganhando mais do que já ganhara em toda a sua vida.

Dobrou a ajuda que dava aos seus pais, separou uma parte para depositar em uma poupança para Liv, para eventuais idas ao médico e para a futura faculdade, e outra para ele todo mês, para que pudessem se mudar o quanto antes, e ainda assim ganhava mais do que podia gastar.

Em parte porque trabalhava tantas horas que nunca estava fora da Granta House quando as lojas ainda estavam abertas. O outro motivo era, simplesmente, o fato de ele não ser muito consumista.

Começou a passar as horas livres na biblioteca, pesquisando coisas na internet.

Havia todo um mundo à sua disposição naquele computador, página após página. Aquilo começou a exercer sobre ele um canto de sereia.

Começou com a carta de agradecimento.

Alguns dias após o concerto, Louis disse a Harry que deveriam escrever e agradecer ao amigo dele, o violinista.

— Comprei um lindo cartão no caminho para cá — explicou. — Você escreve. Seus tremores quase não estão aparecendo tanto quanto antes, mas se achar melhor, me diz o que quer dizer e eu escrevo. Trouxe minha caneta boa, huh.

— Acho melhor não. — disse Harry.

— Como assim?

— Você me escutou.

— Você acha melhor não? Esse homem nos deu lugares na primeira fila. Você mesmo disse que foi fantástico. O mínimo que pode fazer é agradecer a ele.

A mandíbula de Harry estava dura, imóvel.

Largou a caneta.

— Ou você está tão acostumado a ganhar coisas que acha desnecessário agradecer?

— Tomlinson, você não tem ideia de como é frustrante depender de alguém para escrever. A frase "escrevo em nome de" é... humilhante.

— É? Bom, melhor do que um imenso nada — rosnou. — Eu vou agradecer. Não vou mencionar você, se insiste em ser um imbecil quanto a isso... E eu acho bom você exercitar essa sua mão, se não vai esquecer como se escreve, eu estou te avisando. - Falou alertando-o.

Louis escreveu o cartão e colocou no correio.

Não comentou mais nada. Porém, naquela tarde, as palavras de Harry ainda ecoavam na sua cabeça quando eu se desviou rumo à biblioteca e, tendo visto um computador livre, acessou a internet.

Pesquisou se havia algum acessório que Harry pudesse usar para escrever sem ajuda, já que ele estava tão inseguro quanto à isso.

Em uma hora, havia achado dois: uma espécie de software de identificação de voz, como Lottie tinha dito, e um dispositivo que Harry poderia usar na cabeça para teclar, e Louis iria dá-lo um bônus, um caderno de caligrafia.

Ele, previsivelmente, desdenhou do caderno e do dispositivo para ser usado na cabeça, mas concordou que poderiam ser úteis e, uma semana depois, com a ajuda de Liam, instalaram o programa no computador dele e acomodaram Harry de modo que, com o teclado do computador fixado em sua cadeira de rodas, ele não precisasse de mais ninguém para digitar para ele, além de todos os dias treinarem caligrafia, e em passos homeopáticos, sua letra estaria melhor.

No começo, ficou pouco à vontade, mas quando ele disse para começar tudo com a frase "Escreva uma carta, Sr. Tomlinson", ele superou a questão.

Nem a Sra. Twist conseguiu encontrar algo do que reclamar.

— Se houver outro equipamento que você ache que possa ajudar — disse ela, os lábios apertados como se não acreditasse por completo que aquilo pudesse ser algo diretamente bom —, avise-nos.

Fallin' All In You | l.sOnde histórias criam vida. Descubra agora