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Jughead acordou de mal humor. Não é nenhuma novidade ele acordar assim, em uma terça feira ensolarada.

Ele teve pesadelos. Pensamentos e memórias doloridas que não deveriam fazer mais parte de sua vida.

Jughead acordou suando e sentindo tanta dor, que não é nem possível colocar isso tudo em palavras.

Para toda magia usada, há uma consequência. Aquele pó preto que Jughead jogou em seu rosto por exemplo. Soniferus Minus, é o nome da poção. Ele faz quem usa dormir profundamente, nada é capaz de o acordar, por pelo menos seis horas.

Em meio ao pesadelo de Jughead, ele não conseguiu acordar, por causa das consequências de sua poção.

O ômega teve que reviver momentos em que ele queria ter morrido, a marca de todo seu sofrimento está em suas costas até hoje. Uma marca que nunca poderá sumir por completo.

Suspirando o ômega se levantou da cama, e se preparou para o trabalho. Enquanto se arrumava, um inseto pequeno e rápido passou do lado de seu pé, assustado levantou a cabeça muito rápido, batendo a mesma na prateleira de livros antigos.

Se afastou praguejando e xingando, enquanto massageava sua cabeça. Onde ele têm certeza que ficará um galo.

Pegou o livro grosso, de couro, e o avaliou...este é o primeiro livro que Deaton o deu, ele dia que seria algo muito importante, que ele deveria saber. Algo como "Soulmates".

Não que ele acreditasse em algo assim. Ele não acreditava, não mesmo. Pelo menos não para ele.

Finais felizes não são para ômegas como ele. Suspirando, guardou o livro de volta na prateleira, não é como se ele fosse lê-lo, até porque ele não vai. Não há motivos para tal ato.

Pegou sua mochila, lugar onde tinha seu almoço, suas sapatilhas e uma muda de roupa, e partiu para a lanchonete. Dinheiro não cai do céu, e muito menos de árvores.

《▪︎▪︎▪︎》

Já se passavam das oito, quando ele limpava o balcão, sentiu um cheiro diferente e conhecido.

Selvagem mas gostoso.

Alfa. Alfa. Alfa.

Seus instintos gritavam dentro de si, seu corpo todo estava em alerta. Hoje pela manhã o movimento foi bem calmo, nenhum alfa adentrou o local, somente ômegas e betas. Bem, até aquele momento.

Jughead estava inquieto, e nervoso, e ele nem sabia o motivo para tanta afobação. Quase pediu a ajuda de Kevin, mas o mesmo estava na cozinha, preparando cafés e bolinhos, bem mais ocupado que Jughead, que estava no balcão e atendia os poucos clientes que ali estavam.

-Com licença...- a voz, grossa porém suave, e carinhosa chamou a atenção de Jughead. Que teve que se virar lentamente, com um sorriso meio falso no rosto.

Seu olhar bateu nos castanhos do alfa, e um suspiro indesejado saiu de sua garganta.

O quê está acontecendo comigo? Concentração Jughead, concentração.

-O quê deseja senhor?- encarou sua voz no fundo de sua alma.

-Não se lembra de mim?

Que pergunta estúpida. É claro que Jughead se lembrava dele. Impossível seria não lembrar, e ele sabe que tem três deles por aí.

O quê os diferencia são as poucas expressões faciais, o jeito de falar, e o cheiro que muda um pouco. Jughead fez uma falsa expressão de pensativo, e encarou o Andrews em sua frente. Esse é qual deles? São tão iguais.

THE THREE ALPHAS ANDREWS ʲᵃʳᶜʰⁱᵉOnde histórias criam vida. Descubra agora