Answer.

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"Thank you for the sun, the one that shines on everyone who feels love."

Harry cresceu cercado de privilégios.

Ele era o sucessor do trono, afinal. Todos ao seu redor queriam ser o que ele era, fazer o que ele fazia, e viver a vida que o alpha real vivia.

As coisas vinham fáceis. Dinheiro, romance, luxo. Enquanto jovem, Harry nunca precisou batalhar por nada, essa era a verdade. Nunca passou frio, fome, nunca teve que tentar conquistar alguém. Os ômegas se jogavam aos seus pés, imploravam por um pouco de atenção.

Mas o alpha real nunca se sentiu tão privilegiado quanto no momento. Com seu ômega bonito encolhido contra seu corpo, quente e pequeno, buscando o calor da pele do alpha como um filhote indefeso buscando por segurança e proteção.

Os cabelos ralos de Louis caídos contra seu rosto impossibilitava Harry de encarar os olhos azuis, então com muito cuidado, o alpha retirou a mão da cintura do ômega, fazendo-o choramingar contrariado. Harry riu suave com o ato involuntário de Louis, ele amava o quanto seu lobo aparecia mais durante seu pré-cio, sem vergonha alguma de parecer necessitado demais.

Com a mão livre, o alpha delicadamente jogou o cabelo de Louis para trás, expondo sua testa e os olhos que ele tanto amava, quase desmanchando bem ali no meio da cama, porque não importava o tempo que passasse, ele jamais se acostumaria com aquela visão, com segurar Louis em seus braços, sabendo que o ômega era seu.

Seu para toda a vida.

E assim como acontecia toda semana, aqueles pensamentos primitivos de possessão vindos do seu lobo, ele sentiu suas presas doerem, coçarem, implorando para serem cravadas no pescoço fino do ômega, marcá-lo como seu para sempre.

Onde Harry poderia exibi-lo para que toda a Inglaterra visse que o príncipe tinha como seu companheiro o ômega mais bonito que seus olhos conseguiriam ver.

Que ele poderia ter tido tudo, dinheiro, luxo, romance, mas nada, absolutamente nada chegaria aos pés do privilégio que era ter Louis Tomlinson como seu companheiro.

Companheiro esse que se tornava dócil, maleável e ainda mais manhoso durante seu pré-cio. Harry estava vivendo o tempo da sua vida e ele não iria negar. Por ter a personalidade mais introspectiva, Louis era sempre muito acanhado, com vergonha de tocá-lo ou de pedir por ajuda. O simples ato de chamá-lo de 'alpha' fazia o pequeno ômega corar.

Mas em seu cio, Louis se tornava a definição de ômega que Harry sempre ouvira.

Carinhoso, quente, necessitado. Ele se aconchegava no alpha em qualquer momento, precisando ter seu narizinho bonito pressionado contra o pescoço do alpha para sentir seu cheiro, ou então ele estaria choramingando no quarto do príncipe, deitado em seu ninho, encolhido como uma bola.

Harry havia negado Louis somente uma vez, e assim que ele abriu a porta e encarou a cena do seu ômega no meio do ninho, miando baixo como um animal ferido, ele nunca mais o fez.

O doeu quase como uma dor física, como se seu alpha estivesse punindo Harry por ter magoado o lobo de Louis.

Há quase uma semana o príncipe estava se aproveitando desse Louis, era apenas... Era adorável observá-lo, Harry não tinha outras palavras. Ele amava se sentir uma fonte de carinho, segurança e conforto para seu ômega, saber que Louis ia até ele quando precisava de proteção e amor. Era o melhor sentimento que o alpha já sentiu, de ser suficiente para alguém.

Suficiente para seu ômega.

Embora algumas pessoas considerassem errado ou anti ético até mesmo imoral, o alpha não poderia se importar menos.

AFFECTION | l.s aboOnde histórias criam vida. Descubra agora