AFFECTION | l.s abo

Insane.

"All I got is nothing but a little bit of love. Gonna give it to the people then they'll see."

- Dei minha palavra a eles de que não haveria nenhuma represália, desde que eles mantivessem a manifestação em um nível pacífico. Me desculpe, rei, mas não assinei os papéis para enviar o exército e tampouco irei assinar. Claro, estaremos atentos a qualquer sinal de violência, baderna ou desordem, mas não vou deixar isso se transformar em uma maldita guerra. - Harry respondeu ao seu pai, que acabara de indagar por que diabos o alpha não havia assinado os papéis que ele enviara.

O rei sabia que seu filho havia concordado com a manifestação, ele estava descrente que Harry aceitaria qualquer coisa que colocasse ele ou a monarquia em risco, mas isso não significava que ele concordava com todas as ações que seu herdeiro tomava.

- Como você espera ganhar o respeito deles se na primeira oportunidade deixarmos uma chacina acontecer? - Harry indagou ao pai, quando o mesmo não o respondera.

O rei estava sentado em sua cadeira, analisando os papéis em branco sobre sua mesa. Ele levantou o olhar para o filho, ciente da seriedade da situação.

- Se você está certo que uma chacina acontecerá se enviarmos os soldados, é por que sabe que não será uma manifestação pacífica, como eles estão alegando. - Des disse, recolhendo os documentos na mesa e entregando-os para o príncipe. - Ao menos leia o que eu escrevi e me ofereça uma solução tão cabível quanto a que eu estou propondo, ou então eu mesmo assinarei os documentos.

Harry suspirou, ansioso. Ele dera sua palavra a Zayn e a todos os manifestantes. Garantiu que Liam estaria ao seu lado, observando de perto toda e qualquer movimentação estranha que acontecesse durante o protesto.

- Liam e eu estaremos lá. - ele respondeu o rei. - Conversei com a pessoa que está responsável pela organização da manifestação. É um ômega, amigo do meu companheiro. - Harry sabia que, apesar de tudo, pelo respeito que sentia por Louis e o laço de amizade que ele e Zayn compartilhavam, ainda assim ele não poderia omitir aquele fato do rei. - Ele é um ômega do vilarejo, surpreendentemente descobri que ele é filho de Yasser.

O rei ofegou, surpreso com a informação. - Como?

- Sim, o ômega que está liderando a manifestação é melhor amigo de Louis e filho do nosso motorista. Eu já o conheci, para ser sincero. Trocamos algumas palavras e eu, no fundo, consigo entender o que o motiva, ele e os outros ômegas a fazer esses protestos. Ele me garantiu que não haveria violência ou qualquer forma de desordem. Acredito em sua palavra, por favor, acredite na minha também, rei.

Eram poucas as vezes que Harry colocava aquela barreira entre ele e Des. Quando ele se sentia acuado, ou quando ele precisava que o alpha o visse como uma figura de poder e não apenas como seu filho, então o alpha agia como se não houvesse um lado sanguineo entre eles.

Ele era o sucessor do trono e Des era o seu rei.

- Muito bem. - o alpha real se deu por vencido. Harry era um príncipe honrado, Des acreditava em suas convicções e em suas palavras. Ele então, rasgou os documentos na frente do filho, seu voto de confiança. - Não me decepcione, alpha.

Harry fez uma pequena reverência. - Não irei, meu rei.

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- Não sei se é a melhor escolha, mas não o posso deixar aqui quando não estarei presente para tomar conta dele. - Harry confessou ao seu soldado, tomando mais um gole do seu whisky.

Liam balançou seu modesto copo de chá. Ele estaria levando Louis para o vilarejo há poucos minutos, álcool não era uma opção.

- Sei que você acredita nas palavras do ômega, mas não é errado desconfiar. Eu faria o mesmo com meu ômega se estivesse nessa situação. Não podemos abaixar a guarda nem um minuto. Louis estará mais seguro em seu vilarejo do que aqui no castelo.