"I'm not a sinner or preacher, all I have is sleight of hand."
Quando Harry voltou para o vilarejo, duas semanas depois da primeira vez que esteve lá, ele pôde notar a perceptível diferença que o lugar estava tendo. Àquela altura, o inverno já estava em seu ponto alto e por vezes chegava a fazer quase 20º abaixo de zero, por isso, assim que atravessou o imenso portão que separava o vilarejo de um outro, ele ficou contente por ver seus ômegas trajando as vestimentas que ele havia enviado.
Durante essas duas semanas, o alpha havia começado a fazer tudo aquilo que prometeu para o seu povo. Conversou com sua irmã Gemma, e a mesma se prontificou a ajudá-lo com a instalação de uma pequena escola para as crianças, os jovens, ou até mesmo os adultos que se sentissem a vontade para retomar os estudos, ou começar mesmo. E dois dias depois, Gemma estava eufórica, completamente animada com o novo projeto. Era uma princesa que assim como o irmão, adorava a ajudar seu povo, com isso, foi fácil conseguir duas professoras betas para lecionar.
Antes do fim da primeira semana, eles já haviam construído uma cabana média que serviria como escola, já que eles queriam uma coisa imediata e mais pra frente, Harry pretendia contratar pedreiros de verdade para construírem uma verdadeira escola. Esse era o plano do príncipe.
A segunda semana foi o período de inscrições e Gemma havia se surpreendido com a quantidade de crianças que desejavam estudar, e paciente, anotou cada nome e em seguida, distribuiu em cinco turmas. 2 de betas, uma de alphas e duas de ômegas. Não queria ter que fazer essa distinção, mas alguns pais se recusavam a deixar seus filhos ômegas misturados com os alphas, pois, mesmo crianças, infelizmente alguns alphas abusavam do seu poder.
E foi incrivelmente surpreendente para Gemma como aqueles pais podiam ter certeza de como seus filhos seriam. Ela mesma só se descobriu alpha depois dos 11 anos. A criança ser pequena e dócil, não significa obrigatoriamente que se revelará uma ômega, mas aparentemente alguns alphas não se importavam com isso.
Harry concordava com a irmã, obviamente não tinha necessidade de separar as crianças, levando em conta de que eram exatamente isso: crianças e todas estavam lá com o mesmo intuito de aprender, mas os dois alphas reais decidiram respeitar o pedido de alguns pais e mesmo contra suas vontades, separaram as crianças de acordo com o status.
E era exatamente isso que Harry estava indo fazer no vilarejo, certificar-se de que o primeiro dia de aulas começaria bem, sem nenhuma briga, discussão ou qualquer outra coisa ruim.
Ele queria seu povo convivendo em harmonia.
– Liam, por favor, tem como parar com isso? – o príncipe rosnou irritado.
O amigo estava batendo palminhas incessantemente como as crianças que já estavam fazendo fila para entrarem na improvisada sala de aula.
O outro alpha encarou o príncipe com o cenho franzido e a expressão contrariada.
– Estou fazendo o que você mandou. – rebateu, cruzando os braços no peito. Um bico terrivelmente infantil nos lábios para o qual Harry revirou os olhos. – Você mandou que eu 'me comportasse de acordo com o ambiente.'
– Eu quis dizer para abaixar as armas. – Harry explicou calmamente. – Algumas pessoas podem ficar retraídas com o fato de você ser meu amigo e braço direito, evitando de contar alguma coisa caso seja preciso.
O caso seja preciso de Harry, era o que Gemma havia contado pra ele. A princesa disse ter ouvido conversas de algumas ômegas não marcadas do vilarejo que eram obrigadas a passarem seus heats ou os ruts de alguns alphas sem seu consentimento.
Ou seja, elas eram estupradas.
E Harry queria ter certeza de que aquilo acontecia por ali. E mais do que isso, ele queria punir aqueles alphas imundos que submetiam às pequenas ômegas àquele ato.
VOCÊ ESTÁ LENDO
AFFECTION | l.s abo
FanfictionSIGNIFICADO DE AFEIÇÃO: substantivo feminino 1. Relação afetiva; sentimento carinhoso em relação a; apego demonstrado por; estima. 2. Capacidade natural para; inclinação ou tendência. Etimologia (origem da palavra afeição): do latim affectio. ônus. ...