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A casa da Sarah é bem perto do local que queremos acampar, o problema é que nenhum de seus familiares podia ver ela entrar. Pope bolou um plano, alguém tocava na porta da frente, distraindo os Cameron enquanto Sarah entra pela porta de trás. O problema era: ninguém dali podia tocar na porta, as chances do rafe atender eram grandes, e se atendesse, ia brigar com qualquer um de nós, principalmente os meninos.

A única chance de ninguém sair de olho roxo era se eu ou a Kie fossemos, para evitar problemas, fomos nós duas juntas.

A casa dos Cameron era gigante, branca, com vários pilares para sustentar as sacadas no andar de cima, fora a piscina e churrasqueira no quintal, que eram encantadoras, além de muito bem cuidadas, o que indicava a grande quantidade de funcionários trabalhando lá.

- O que vamos dizer? - Kiara me pergunta preocupada, parando no meio do caminho em direção a entrada principal.

- Não sei – levo minhas mãos a cabeça – podemos falar que a Sarah está com meu celular.

- Mas eles não sabem que Sarah está aí – ela volta a caminhar para a porta, mas diminui o ritmo.

- ah – suspiro desanimada – e se falarmos que ela trouxe para cá ontem = Ela dormiu aqui, trouxe meu celular com ela e esqueceu de devolver – minha empolgação volta com a minha ideia, Kie assente com a cabeça, concordando com a minha sugestão.

Andamos até a porta de vidro, ficamos um tempo paradas antes da Kiara finamente tocar a campainha, vendo que eu não ia tomar atitude. Alguns minutos esperando na frente da casa até que alguém finalmente atende, e pra nossa surpresa, Rafe já tinha voltado da festa, ele nós encara confusos então Kie começa a mentir, contando nossa história inventada:

- a sn não está achando o celular, então pensamos que a Sarah podia ter trazido pra cá ontem – concordo com a cabeça sem dizer uma palavra enquanto ela falava toda desconsertada.

- A Sarah não ta aqui – ele diz seco, fechando a porta.

- Espera – Kiara interrompe – eu sei, ela está com o John B, mas é que o pai da sn liga pra ela esse horário todo dia, e ele vai ficar louco se ela não atender – era visível que ela se esforçava para falar cada uma dessas palavras, considerando a rivalidade entre eles, deve ser muito difícil pra Kie implorar ajuda pro Rafe.

Ele me encara por breve instantes, aguardando uma resposta, não recebendo uma, ele começa a fechar a porta. Como a porta era de vidro, conseguia ver Sarah descendo as escadas devagar para não fazer nenhum barulho, se Rafe entrasse agora a veria, e nosso acampamento iria por água baixo. Então faço a primeira coisa que vem na minha cabeça:

- Rafe – falo passando as mãos em seu abdômen – por favor – olho ele nos olhos, fazendo meu máximo para ser seduzente e não rir – sabe, eu posso entrar aí e – olho a sua boca – ah, ajudar você a procurar, por favor, por favorzinho – faço biquinho com a boca? apertando meus peitos com meus braços esticados enquanto me inclino em sua direção.

Rafe ficou encarando meus seios por alguns segundos, o que me deixaria muito desconfortável se eu não estivesse querendo ganhar tempo. Enquanto isso, consegui observar a Sarah saindo de casa, mas para ninguém – rafe – suspeitar, precisava continuar no personagem.

Ele faz um gesto com a cabeça me mandando entrar, quando Kiara deu um passo para se juntar a mim rafe apenas fechou a porta na sua cara, consegui escutar ela bufando de raiva.

- Onde você acha que está? - apesar de ter me deixado entrar, ele falava um pouco seco, claramente irritado.

Seu rosto estava machucado, havia um hematoma no maxilar, provavelmente da briga da semana passada, mas continuava bem roxo, uma grande vermelhidão em sua testa, além do sangue seco em seus lábios e nariz, que para ser sincera, parecia um pouco torto. Imaginava que outras feridas tinham embaixo de sua roupa. Apesar de bem machucado, seu estado não era muito diferente de como os meninos ficaram semana passada.

Life in Outer Banks - S \ nOnde histórias criam vida. Descubra agora