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A festa ficava mais divertida a medida que o álcool circulando pelo meu corpo aumentava.
De certa forma, isso me ajuda a esquecer tudo o que está acontecendo na minha vida essas últimas semana, sei que não deveria descontar na bebida por isso despejo o resto de cerveja na pia e vou para o lado de fora da casa.

Me pergunto quanto essa casa custou, o quintal é extremamente bonito, uma piscina gigante, com luzes coloridas dentro, tem tantas flores e é tão grande que parece que estou em uma plantação. Tem até uma balança de madeiras, com heras subindo a estrutura.

O ar aqui fora está tão fresco, a vista pro mar é linda, apesar de tudo, não consigo ter paz na minha cabeça, meus pensamentos estão a milhão.

- Não tive a oportunidade de falar o quão linda você ta hoje - JJ aparece atrás de mim.

Só agora notei que ninguém está vestido casualmente, e ele... definitivamente o mais lindo da festa, um termo preto
com uma camisa social preta, sem gravata, como alguém consegue ficar tão lindo desse jeito.

- você também não ta nada mal - sorrio desconcertada, é estranho ver tantas pessoas vestidas assim, parece um monte de debutantes, mas ele está com encantador.

- Olha JJ... Você não precisa ficar se sentindo mal pelo o que ocorreu, não foi sua culpa - voltou a dizer.

- Você sabe que foi, eu não te escutei, ignorei tudo o que falou - ele enfia as mãos no bolsos, envergonhado.

- Mas eu continuei ali, e quando disse que me diverti, tava falando a verdade.

- Não deixo de ser o culpado, só você não enxerga, tá todo mundo vendo.

O silêncio beira no intervalo de uma fala com a outra, mas mesmo assim o clima fica leve, me sinto em paz conversando com ele.

- O que importa? Ninguém tava lá com a gente - sinto meus olhos marejarem - na verdade, eu não te culpo, nem um pouco, eu agradeço, por você, sabe... estar lá comigo.

Agradeço mesmo, de verdade, sabe lá o que poderia ter acontecido se ele não tivesse lá. E mesmo que tudo isso só aconteceu por ideia dele, eu decidi ir, decidi entrar no mar, eu entendo a culpa que ele sente, também sentiria de fosse eu, mas não vejo o porquê de remoer isso.

- sn, você é maluca - ele fala com um sorriso de canto.

- sou nada - dou um passo em sua direção - para de se deixar levar pelo o que os outros falam, eles nem sabem a história inteira.

Talvez eu realmente seja louca, sei que se ele tivesse ido sem mim, me deixaria sozinha no meio da minha primeira tempestade, mas não consigo, de jeito nenhum, sentir raiva dele quando vejo seu olhar de arrependimento.

- Mas o Pope disse que...

- deixa eles falarem - eu o interrompo.

Antes de conseguir pensar, minha boca já tocava a sua, a atmosfera inteira mudou, estava tudo rosa. Ele me involve em seu beijo, me agarrando pela cintura enquanto me puxa pelo pescoço, tirando de mim todo ar. Mesmo que quisesse, não conseguiria escapar de lá, meu corpo não responde a minha cabeça, implora por mais de seu beijo.

Não tem nada melhor nesse mundo do que sentir seu corpo contra o meu, seu hálito fresco e seu beijo molhado é quase o suficiente para me causar um orgasmo, sinto seus dedos apertando meu pescoço cada vez mais, à medida que o beijo esquentava.

Sua mão largou meu pescoço, me permitindo respirar, e desce para meus seios, sinto o seu beijo fazer o mesmo percurso, enquanto tento controlar a respiração para não gemer, sua boca puxa a pele dos meus peitos e com certeza já há marcas espalhadas pelo meu pescoço.

Life in Outer Banks - S \ nOnde histórias criam vida. Descubra agora