Capítulo 15

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Eu imaginei muitos lugares, milhões de lugares, que Noah poderia me levar hoje, mas fui totalmente surpreendida

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Eu imaginei muitos lugares, milhões de lugares, que Noah poderia me levar hoje, mas fui totalmente surpreendida. Agora, estou muito curiosa para conhecer tudo e entender o porquê de ele ter me trazido aqui.

Eu sei que ele e o irmão foram adotados, mas, isso é a única coisa que eu sei sobre o assunto.

Noah acabou de interfonar e, estamos esperando uma mulher com o nome de Ana nos atender. Eu não conheço o bairro onde estamos, mas levamos uns 40 minutos para chegar; parece ser um lugar tranquilo. As casas são todas lindas, mas, nenhuma se compara a essa que iremos entrar. Ela é gigante, aquele tipo de mansão que a gente acha que só existe em filmes. Entretanto, ao mesmo tempo parece ser um lugar receptivo, em que as pessoas se sentem bem, mesmo com toda essa imponência.

Uma senhora baixinha, com todo o cabelo branco, aparece na porta ao longe e vem andando em nossa direção, mostrando um sorriso tão aberto que é inevitável sorrir de volta. A forma como olha para Noah é puro amor e, quando me viro para ele, vejo que está retribuindo o mesmo olhar. Nesse momento, reparando nele, que está de calça jeans preta e a camisa também na cor, eu sequer preciso dizer que ele está lindo, porque isso já é uma constatação.

— Oi, meu bem. Que alegria te ver por aqui — a senhorinha diz ao abrir o portão e puxar Noah para um abraço apertado. Depois, coloca a mão em seu rosto e o admira, sorrindo satisfeita com o que vê. — A saúde está ótima, pelo o que vejo — larga dele assim que me vê, e sou recebida com o mesmo sorriso que ele. Ela pega em minhas mãos e me olha de cima para baixo. — Tão linda! Que o senhor a conserve assim — ri, e também me puxa para um abraço forte. Retribuo de muito bom grado, sorrindo. — Venham, entrem! As crianças acabaram de jantar e estão na sala de TV. Ficarão loucos quando verem vocês.

Passamos por ela e entramos. Caminho um pouco a frente dos dois, encantada com o que vejo. A parte da frente é composta de um jardim grande com muitos brinquedos infantis, bancos e namoradeiras, além de uma fonte bonita. A casa tem muitas janelas, é toda branquinha e tem uma varanda lindíssima. Em cima do batente da porta, está escrito em letras enormes e iluminadas o nome do orfanato, Open Arms. Ando mais um pouco, paro próxima a porta, me viro e vejo que Noah e Ana parecem estar em uma conversa um pouco mais séria, por mais que a senhora esteja sorrindo de canto a canto.

— Oi, tia. Acabou a pipoca e não acho a tia Ana — me viro na direção da voz e vejo uma criança que parece ter uns 6 anos. Ela é linda, tem o cabelo enrolado e bem preto, igual aos seus olhos grandes. Também reparo que tem uma cicatriz grande no pescoço, que parece ser antiga. Engulo em seco, sentindo meu estômago embrulhar em imaginar o que essa menina já deve ter passado.

— Se você me mostrar onde é a cozinha, posso fazer mais pipoca para vocês. Que tal? — me abaixo, ficando na altura dela. Ela dá uns pulinhos e comemora ao ouvir a minha resposta. Me sinto tão feliz quanto ela pelo simples fato de fazer uma pipoca para eles. Levanto e ela pega em minha mão, me puxando para a cozinha.

Mistaken (FINALIZADO)Onde histórias criam vida. Descubra agora