Capítulo 38

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— Toma, filho

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— Toma, filho. Coloquei tudo o que ela precisa e, tem coisas de higiene pessoal para você também — acordo do rápido cochilo que dei enquanto esperava Joana pegar as coisas. Levanto-me do sofá e pego a mala. — Quer uma caneca com café? Fiz agorinha.

Eu aceito de prontidão, porque preciso ficar atento para voltar ao hospital.

Vamos até a cozinha e me escoro no mármore da pia enquanto ela enche duas canecas enormes com um café fumegante.

— Obrigada, Joana — pego uma das canecas que está pelando e dou um gole grande, sentindo a cafeína descer pela garganta. — Dona Joa...

— Sabe que não precisa se justificar para mim, né? — ok, mães são assustadoras. Ela sabe exatamente o que eu iria falar e prendo um sorriso. — Sua mãe me contou o que aconteceu e, tenho certeza que foi o que realmente rolou lá.

Queria tanto que a filha dela pensasse assim, mas vai saber se ela ao menos sabe o que aconteceu.

— Porque acredita com tanta certeza? — fico curioso. No lugar dela, não sei se acreditaria no namorado da minha filha.

Ela coloca a caneca na pia e cruza os braços.

— Você cuidou da minha filha desde que a conheceu, e sei que o intuito era ser apenas profissional, mas não podemos escolher por quem nosso coração bate mais forte — sorri. — Kath me contou a sua aversão ao universo em que ela vive, mas você passou por cima disso para ficar bem com ela e a agradar, fora a forma como você a olha. É puro amor, filho. Ela sabe disso, só está com os pensamentos confusos.

Me sinto aliviado por ter o apoio da mãe dela, que é a única família que ela ainda tem além da minha.

— Eu amo a sua filha e, com 29 anos estou vivendo meu primeiro amor, que eu espero que seja também o último.

Termino meu café e ela insiste em lavar as canecas. Depois, caminhamos até a porta e paro para abraçá-la.

— Vai tudo dar certo. Esse não será o primeiro obstáculo que vocês terão durante o relacionamento e, com o tempo aprenderão a lidar melhor com eles. Confie no amor que sente e se agarra a ele. O resto vocês aprenderão a resolver juntos — pisca e entra.

Fico com suas falas rondando a minha cabeça enquanto volto para o hospital e me sinto ainda mais confiante em ter o meu furacão de volta em minha vida.

Kath está dormindo toda encolhida no sofá e, para meu alivio, já tiraram o tubo de Camila, que parece dormir tranquila, diferente de como estava antes, com a respiração pesada.

Coloco a mala no canto perto do sofá e aproveito para puxar a coberta para cima e cobrir os braços de Kath. Seu celular vibra e acende a tela. O nome "Christopher" aparece e eu tento empurrar os ciúmes para o fundo da minha mente, não é o momento para isso.

Mistaken (FINALIZADO)Onde histórias criam vida. Descubra agora