E aí, chefe!

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Fanfic / Fanfiction Te vejo no tribunal! - Capítulo 5 - Eae, chefe!

Após sair da consulta com Ino, Naruto foi andando para o escritório da promotoria pois não ficava longe de lá. Enquanto caminhava, pôs-se a pensar no quanto amava sua família e por mais que não nutrisse um sentimento romântico pelam esposa, se a separação seria o ideal. Sabia que poderia "mover seus pauzinhos" para ficar com a guarda dos filhos, mas depois o que iria fazer? Deixá-los ser criados por uma babá quando têm uma mãe amorosa para cuidar deles? Naruto sabia que não teria tempo para cuidar dos filhos e nisto, Hinata era impecável, além do mais, a convivência com ela não era insuportável, deitar-se com uma mulher linda como ela não era nenhuma tortura mas mesmo com tudo isto, ele sentia como se fosse um sacrifício. Foi tirado de seus pensamentos ao ouvir:

-Sr. Uzumaki?

-Oi! -virou-se para cumprimentá-lo. Ohayo, Konohamaru, eu já lhe disse que não precisa me chamar desta forma, com tanta formalidade. -disse-lhe, abrindo um sorriso largo e pondo a mão na nuca. Sentia um embaraço quando o chamavam desta maneira, principalmente quando considerava este alguém um amigo, como o que estava à sua frente.

-Eu sei, mas aqui eu preciso, não quero que pensem que fui contratado apenas por te conhecer. -respondeu Konohamaru.

Só então Naruto se deu conta que aqui, era o escritório no qual já haviam chegado.

-Eu entendo, tem razão, vamos entrar, hoje será um dia cheio. -disse já passando pela porta giratória e pondo seu crachá magnético na tela para destravar a roleta.

Cumprimentaram a todos que encontraram no hall do prédio, apesar de ser bastante conhecido e solicitado por escritórios particulares inclusive para entrar como sócio, Naruto se mantinha simpático e humilde. Não se associava a nenhum escritório de advocacia pois acreditava que se o fizesse seria obrigado a defender bandidos ou a ter seu nome associado ao deles, e esta era uma ideia que ao passar por sua cabeça lhe causava cólera. Nenhum dinheiro do mundo o faria "se sujar" desta maneira. Ao entrarem no elevador, Konohamaru iniciou uma conversa:

-E então chefe, fiquei sabendo que o senhor vai pegar o caso do psicopata que "tá" todo mundo falando. -continuou ao ver que o outro franziu o cenho, afinal, quando ele não pegava um caso de alguém assim? -O cara que estão noticiando a prisão desde cedo, chefe, o tal assassino das não sei o quê.

-MARIONETES?!? - gritou num misto de raiva e euforia. -Eles prenderam a porra, do assassino das marionetes? Puta que pariu! Como eu não soube disso.... - Indagou com os olhos arregalados, olhando para o chão e passando a mão na cabeça. A esta altura já pensava quantas noites passaria sem dormir, em seu escritório e a expressão de raiva que Boruto faria ao saber que provavelmente seu pai faltaria a mais um de seus jogos de beisebol e estaria cansado demais para levá-lo para a escola ou se envolver em qualquer atividade familiar. Mesmo assim, era o que havia escolhido como profissão e fazia tudo com mais empenho que antes, para que seus filhos tivessem um futuro menos trágico que o dele.

-Chefe? -disse Konohamaru, pegando no ombro do loiro. O conhecia tempo suficiente para saber sobre o que estaca divagando. -É um caso grande, e com esta cobertura toda da mídia e pressão, não dá para cometer erros. Vai precisar estudar o caso nos mínimos detalhes, se precisar de ajuda eu te auxilio. E chefe, eles vão entender, afinal, é por eles que trabalha tanto não é? -Naruto agora o fitava. Suspirou aliviado por alguém entendê-lo. -Não foi assistindo televisão que o senhor se tornou um bom promotor, mas de vez em quando, leia o jornal kkkkkkkkk

O clima pesado se aliviou com as risadas dos dois.

Se conheceram quando Naruto saia do ensino médio E Konohamaru entrava, ele também havia perdido o pai e repetia o mesmo comportamento rebelde do loiro. Inicialmente, Naruto o achava bastante irritante, sempre sendo provocado por ele, depois Konohamaru passou a segui-lo e fazer tudo o que o maior fazia, o irritando ainda mais. Até que Sasuke disse: Não vê, idiota? Ele se espelha em você, te admira, só faz essas coisas para chamar a sua atenção. A partir disto, a relação dos dois mudou e Naruto via o menor como um irmão mais novo. Hoje, anos depois, ele era parte de sua família e se amavam muito, mesmo que não pudessem demostrar isto no trabalho para não atrapalhar a ascensão do menor no escritório, não queria que achassem que estava evoluindo por ser parente do Naruto.

Chegaram ao andar de Konohamaru que saindo disse:

-Tchau, chefe!

A porta se fechou.

-Tchau, pirralho- Naruto disse encarando a porta fechada do elevador que já se encaminhava ao seu andar, com um sorriso nostálgico.

Aporta abriu, e mal Naruto saiu e já foi parado no corredor por uma mulher que diariamente faltava devorá-lo com seus olhares.

-Ohayo, Sr. Uzumaki, o chefe está lhe aguardando na sala dele, vou levá-lo até lá.

-Não precisa Fūku, eu sei o caminho. -disse tentando ser o menos ríspido possível. No começo até achava graça nas investidas dela, pensou que fosse admiração, mas depois as coisas começaram a se intensificar e ele se sentia desconfortável com a presença dela. Passou a achar que era só mais uma puxando seu saco para subir de cargo.

-Eu faço questão.

Para evitar uma cena, ele assentiu, já cansado e sem ideias para dar desculpas a ela. Caminharam pelo longo corredor, passando por diversas salas abertas onde vários advogados trabalhavam em mesas compartilhadas, sempre cumprimentando Naruto quando o notavam, ele era considerado e tratado como o chefe daquele escritório e mais cedo ou mais tarde realmente se tornaria.

Ao chegarem ao final do corredor, pararam em frente a uma das poucas salas com porta fechada, ao lado dela tinha uma placa de acrílico com o nome de quem foram encontrar escrito nela. Fūku bateu na porta, após a voz permitir sua entrada anunciou:

-O senhor Uzumaki, como o senhor solicitou. Com licença. -disse fechando a porta atrás de si.

-Uma bela mulher, não? -falou levantando-se da cadeira e indo em direção ao Naruto que fazia o mesmo. -Então, como anda meu neto emprestado preferido? - juntaram se em um abraço.

-Preocupado, já sabendo que vai me foder pelos próximos meses, né senhor Jiraya. - afastaram-se e Naruto sentou-se na cadeira em frente à mesa do chefe, que foi quem o guiou durante toda a carreira, então tinham bastante intimidade e uma bela amizade. Como Konohamaru, ele era parte de sua família.

-Foder, só com a Tsunade, e quem sabe outras mulheres bonitas como Fūku? - o mais velho respondeu rindo enquanto se sentava na mesa.

-Continua o tarado de sempre! - falou Naruto mexendo a cabeça em negação enquanto ria.

-Bom, se já sabe do que se trata não vou me alongar, eu ainda não tomei café e tenho uma caralhada de coisas para assinar ainda. Não vejo a hora de você assumir essa merda.

-E o que te garante que eu vou assumir o escritório, hein, velho? - respondeu cruzando os braços se recusando a pegar o processo volumoso que o mais velho lhe oferecia.

-Ah, você sabe como as coisas funcionam. É famoso, tem uma família de comercial de margarina e ainda por cima é competente para caralho e todo mundo te adora, você é o Batman dos tribunais. Os políticos sabem disto e principalmente, o prefeito sabe disso. Acha realmente que e vai perder a chance de ser reeleito as suas custas por te nomear o chefe deste escritório ou até mesmo dar um "jeitinho" (fez o sinal de aspas) para te nomear desembargador para ter um aliado dentro do sistema de justiça?!?

-Se aquele filho da puta, vulgo honorável senhor prefeito Danzou, acha mesmo que vai me fazer de marionete, ele precisa ajeitar aquele olho de vidro dele, porque deve estar enxergando tão mal que "tá" me confundindo com outra pessoa kkkkkkkkkkk- enquanto riam, Naruto pegava o processo da mão de Jiraya.

Naruto, levantou da cadeira e Jiraya da mesa. Cumprimentaram-se e antes de sair Naruto disse:

-Até, velho tarado.

-Até, e não se esqueça de ir ao tribunal segunda-feira para tentar um acordo com a defesa.

-Tá, tá bom. -disse já fechando a porta.

"É um caso grande, será que ele está envolvido de alguma forma?" - após o pensamento, Naruto balançou a cabeça e saiu em direção a sua sala, teria muito o que analisar e sabia que seria um fim de semana daqueles.




Notas Finais

Ohayo: bom dia em japonês.
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Te vejo no tribunalOnde histórias criam vida. Descubra agora