10• Eu estou bem.

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Nós ficamos conversando sobre coisas diversas, ele me disse que gostava de animais, especificamente cachorros, ele disse que amava cachorros.
Eu nunca imaginei isso dele, não sei o motivo, talvez pela fala dele de durão e otário, mas na verdade ele nem é tudo isso, ele é so um cara legalzinho.

_ Preciso ir, ja são 7 da noite.- me levantei e passei a mão em minha aprte traseira tirando a areia e resto de grama

_Eu te levo- ele se levantou também.

_Não, não precisa.

_Qual é, você mora longe daqui, e eu te chamei.

_não é tão longe, conheço Outer banks como a palma da minha mão.

_Tem certeza? Não acho legal deixar você ir sozinha, ta ficando escuro demais.

_Sou uma pogue, não tenho o que temer, rlx.

_ Ta legal. Obrigado por hoje, foi bem legal.- ele deu um sorriso simpático

_Digo o mesmo, até que passar umas 2 horinhas com você não é tão ruim- brinquei- vou indo.

_ espera-ele segurou meu braço- vamos na mesma direção, deixa q eu te levo

_ sua casa não é pra esse lado da ilha Rafe.

_É, eu sei, preciso passar na casa de um amigo primeiro.

_Amigo pogue? Uau você ta me surpreendo garoto.

_Pse Maybank. - ele sorriu e abriu a porta pra mim-quer escutar algo?-ele girou a chave do carro

_tanto faz- o carro dele tinha um aroma de, morango, mas la no fundinho tinha cheiro de maconha, conheço de longe esse cheiro, graças a meus amigos e meu querido pai.-pode parar aqui Rafe- falei assim que se aproximamos da esquina

_você não mora nessa rua, não é?

_Não vou pra casa agora, obrigada pela carona.- abri a porta e desci.
Ele pergunta demais e eu não gosto de falar muito com pessoas

Dobrei a esquina vazia e escura, so tinha a luz de algumas casinhas acesas, fora isso, breu total.
Ali próximo, no fim da mafa tinha um estradinha que atravessava alguns matos e chegava rapidinho na casa do John B, talvez não seja muito seguro pra uma garota.

Amarrei meu cabelo num coque alto e segui a rua.
Vi um carro se aproximar na eha, seu farol estava forte, andava devagar e quase rente a mim.
Tudo bem deve ser só algum vizinho querendo estacionar.

Continue meu caminho, e o carro também.
Queria saber se era alguém me seguindo ou era coisa minha, então parei na calçada e fingir amarrar meus cadarços.
O carro parou e meu peito acelerou.
Escutei uma porta se abrir e fechar, me levantei depressa e tentei correr, mas a pessoa foi mais forte.
Me agarrou pela barra do short e tampou minha boca.
Eu não sei quem é, mas essa pessoa não tomava banho a um bom tempo e fumava maconha adoidado.

A partir de agora pode ser que tenha conteúdos sensíveis como agressão física.
Se você for sensível a esse tipo de conteúdo pule este capítulo.

_você não é mais esperta que eu querida- prendeu meus pulsos e me jogou no banco de passageiros.

_ Pai, oque ta fazendo?- olhei pra ele assutada.
Ele tava com uma camisa branca, na verdade, que era branca, manchada de gracha, sujeira e sangue, sangue velho. Ele ainda usava a mesma bermuda da ultima vez que te vi, seu olho tava mais inchado e seu nariz escorrendo sangue.
O carro estava podre, cheio de cervejas pelos bancos e tapetes.

Little Things | Rafe CameronOnde histórias criam vida. Descubra agora