𝕺𝖓𝖔𝖒𝖆𝖙𝖔𝖋𝖔𝖇𝖎𝖆 ➼ʜᴀʀʀʏ

78|Deja vu.

|Clhöe Beaumont| 

Sempre achei que minha morte seria rápida.

Acho que é o que todo mundo pediria quando chegasse a hora de partir. Que fosse num piscar de olhos, que não fosse preciso ficar esperando sua alma dar o último suspiro.

Você pode ser a pessoa mais bem realizada do mundo, quando a hora da sua morte chegar, você vai pensar em toda às vezes que você poderia ter vivido diferente e vai chegar à conclusão que seu estado de vida atual foi o jeito mais deprimente que você viveu sua vida.

Você começa a querer outra chance, promete que se sair bem dessa vai recomeçar. Você ganha mais uma descarga de esperança pelo corpo e ele começa a lutar mais um pouco pela vida, tornando sua morte mais lenta ainda e a dor mais aguda.

Aceitar que você vai morrer não é mais uma opção, afinal, o que acontece depois? Ficar no escuro para sempre? Deixar tudo o que você tem? Abandonar seus planos? Pessoas queridas? A faculdade? O sonho de ter uma família?

Mas você já está definhando. Seu sangue deixa um rastro no chão, seu peito rasgado ao meio faz seu coração querer apenas dar a última batida para enfim descansar, e é uma questão de tempo até seu sangue esfriar e você perceber que vai implorar por uma morte rápida.

Eu quero ter uma morte rápida.

Estive mais certa ainda disso quando meus olhos ainda estavam abertos e vi os dele se fecharem para sempre. E aí um pensamento que eu nunca tinha ligado muito, me rondou a mente. Eu sempre achei que morreria primeiro que Harry.

Não é assim que funciona? O mais fraco sempre morre primeiro? Por que então eu ainda estava aqui? Por que eu teria que morrer tendo como última lembrança ele morto? Por que ainda estou fazendo algum esforço para me manter sã e me permitir pensar isso?

Não quero mais.

Preciso morrer.

Desligar a minha mente.

Não tem porquê mais.

Ele o matou e eu irei morrer também.

Não quero fazer todo o trajeto com meu corpo sendo reanimado. Não quero tentar respirar e não ter forças para isso. Não quero pressionar a mão contra o tórax para tentar amenizar a dor da hemorragia interna que irá se alastrar dentro de mim e me matar em pouco tempo. Eu queria ter uma morte rápida onde os tremores da ansiedade e a crise de pânico não estivessem presentes.

Tudo bem em morrer, mas eu queria que tivesse sido rápido, e que não fosse com Willian prostrado ao meu lado chamando meu nome, estancando sangue, e falando que eu ia ficar bem.

Todos nós precisamos partir um dia, e isso pode ser um lucro enorme quando você passa a vida toda com uma dor dentro de si mesmo que nunca para de doer. Quando enfim você morre, acaba que nem dói tanto, como você já estava acostumado a sofrer.

Quando você decide que quer morrer, não importa se isso vai doer ou não, mas você quer que seja rápido, um súbito, um sopro, um estralar de dedos.

— Clhöe, você precisa lutar, já estamos chegando. Só precisa aguentar mais um pouco.

Só que eu não quero. Não quando Harry não vai estar mais aqui.

|3 Horas antes do fim.|

|Harry Styles|

— Se ela está com o assassino, então o mais sensato seria esperamos a equipe de buscas — John tenta me barrar.

— Ou sai da minha frente ou vem comigo. Eu não vou esperar a merda da polícia. — Vejo John travar o maxilar com a minha proposta.

Passo por ele esbarrando em seu ombro e me direciono até meu carro e entre este trajeto o ouço me chamar.

— Harry! — Ele me chama e quando me viro para ele, John joga a chave de sua BMW para mim — Vamos com o meu carro — ele diz e eu pego a chave enquanto no direcionamos até lá.

Assim que recebi a ligação de Clhöe, consegui rastrear o número do celular que ela usou para me ligar. Deu em um lugar afastado da cidade. Os pais dela foram até a delegacia prestar a queixa e o corpo de James foi encontrado com um golpe de punhal.

Eu e John não trocamos nenhuma palavra no caminho. Enquanto sigo o GPS, vejo John abrir o porta luvas e retirar de lá uma arma, ele repousa sobre a minha perna e faz um gesto com a cabeça para que eu guarde comigo.

— Obrigado. — É a única coisa que digo.

Não é preciso que ele me dê instruções sobre isso.

Se for necessário, vou usar em quem ousar bloquear meu caminho até Clhöe.

— Sabe que eu jamais te incentivaria a usar mas...

— Por favor, eu não quero que veja. Fica me esperando no carro. — aviso.

— Certo.

— Eu e sua mãe sentimos muito a sua fal...

— Por favor John, eu preciso pensar agora. — O corto mais uma vez e há silêncio.

— Vamos deixar o carro antes do lugar. Subimos a pé. A polícia vai ter uma referência e pegamos ele sem que nos veja. Ele está com a Clhöe pode acabar machucando ela — John insiste em manter o diálogo e eu rosno.

— É um incesto, John. Ele já provou que mataria todos por ela. Ele quer a mim, não machucaria ela nem por um milhão de dólares.

— Deixamos o carro antes, subimos a pé e pegamos a Clhöe.

— Não. Eu vou pegar a Clhöe e quando ele estiver sozinho....

— Você não é um assassino Harry.

— Você tem noção do que ele vem fazendo por ela? Ele é um psicopata, nunca vai parar John, até alguém parar ele — Acelero o carro. — E eu serei essa pessoa.

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Tem alguém vivo aí?

Isso não é um teste! É um capítulo novo!!!!

Pessoal, resolvi atualizar esse capítulo e conversar com vocês!

Este livro ganhará uma versão nova que irá para a Amazon, muiiiiito mais completa, mas primeiro vou finalizar aqui porque vai demorar um pouco até eu levar para lá.

Peço que leiam No Oceano das Nossas Memórias que publiquei aqui no app e voltem a me acompanhar para eu ver se realmente vale a pena dedicar tempo aqui no wattpad♥️

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