25- Jardim.

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Diana dirige em silêncio enquanto eu olho a estrada passar como um borrão pelo vidro.

Algumas vezes ela me olha e pousa sua mão sobre a minha coxa apertando a mesma como um gesto solidário, e um sorriso se abre em seu rosto cada vez que eu a olho também.

-Você quer falar sobre o que aconteceu? - ela pergunta apertando o couro do volante.

-Não. Não quero falar.

-Brigou com o namorado?

-Não Diana.

-Me desculpe.

-Não foi nada demais.

Fecho os olhos com força repreendendo meus pensamentos e Diana estaciona o carro em frente a uma casa branca, com revestimento verde-água em algumas partes.

-Chegamos - ela diz destravando as portas com um sorriso no rosto.

Desço do carro e caminho com ela até a porta branca de entrada.

Ela abre a mesma e eu me surpreendo com o que vejo. O all da entrada há uma imensa janela de vidro dando conta da iluminação do local decorado com objetos antigos porém muito bonitos.

A sala é quente, por conta da lareira acesa e eu agradeço por isso, já que estou congelado.

-Bighton é uma cidadezinha demasiada fria, por isso pedi para John uma lareira. - comenta Diana tirando a jaqueta - você está com frio?

-Sim. Mas suportável.

-Vou arrumar uma blusa para você - ela diz mas eu nego - vem comigo Clhöe - ela sobe pela escada no canto da sala e eu a acompanho.

Entramos por uma das portas do corredor revelando um quarto de casal. Vejo que tem uma varanda e Diana faz um gesto para mim ir até lá. Me aproximo da porta de vidro e a abro.

Minha boca se abre num perfeito 'o' ao ver o belo jardim em baixo.

-É lindo não é? - ela pergunta admirando a vista também.

-Sim, é muito lindo - digo boquiaberta e um rápido flash passa pela minha mente, me fazendo soltar um soluço baixo.

A primeira vez que a Onomatofobia deu seus sinais de existência em mim, eu estava tão desesperada que destruí aquele chão forrado de Margaridas.

Fecho os olhos fortemente e sinto as lagrimas escorrerem pelo meu rosto.

Agora o monstro está dentro de mim também. Nas minhas mãos, na minha momoria, nos palavrões, nos lábios de quem disser. E eu me lembro despedaçando todas as flores ao meu redor, enquanto tentava afasta-las de mim, me sujando por completa, enquanto a terra adentrava embaixo de minhas unhas.

Isso! Essa era a minha única saída. A Terra, eu enterraria tudo aquilo, toda aquela bagunça.

-Clhöe? - Diana toca minha mão me despertando e eu engulo o seco - você esta bem? - assinto afastando meus pensamentos para a parte mais escura de minha mente.

-F-Foi você quem fez? - pergunto. mudando o assunto, ou melhor, continuando o assunto com ela.

-Harry - ela diz e um sorriso nasce em seu rosto - Harry fez junto com Emilly e Niall, eles passavam horas e horas plantando e preparando a terra.

-É perfeito, as flores a decoração os anões, os bancos... É lindo - percebo o quanto estou admirada.

-Emilly escolheu as flores, Niall a decoração e Harry achou que seria legal ter anões, para cuidar do jardim - ela solta um riso e eu vejo algumas lágrimas escorrendo de seu rosto - Harry ficava no jardim de noite e uma vez eu até ouvi ele conversando com os anões - ela comenta.

-Emilly era muito especial para ele. Para vocês. - comento.

-É... - ficamos em silêncio por alguns minutos - Bem! Você veio aqui para bater um bom papo, e não para ouvir minhas lamentações. - ela sorri e me puxa para dentro de seu closet.

Depois de alguns minutos insistindo para que eu pegasse uma jaqueta de couro, acabei convencendo Diana, que queria apenas um swetter.

Ela me mostra o restante da casa, e eu imaginava que seria maior, porém é um pouco maior que a minha e com uma bela decoração.

O telefone toca, e ela corre para atender, vendo que se trata de algo íntimo eu me retiro e entro por uma portinha de madeira. Assim que abro a mesma vejo que é a entrada para o jardim mais fantástico que já vi em toda minha vida.

Encosto a portinha, e caminho até um dos três bancos que há ali. Percebo que em cada banco ha um nome gravado com uma frase em baixo:

Emilly:
A coragem começa quando o medo termina.

Niall:
Você só tem uma vida para dar o seu melhor.

Harry:
O seu tormento, é o tormento de alguém.

Sento-me no banco aonde está o nome de Harry. Sentindo o vento embater contra meu rosto, fecho os olhos e uma lágrima escorre pelo meu rosto.

Tudo podia ser diferente. Comigo, com Harry, com Emilly, com Diana, com Megan.

Mas parece que o vento acabou soprando contra a gente, parece que ele resolveu ajuntar todos os problemas em um só, e está conectando minha vida com a de Styles.

É como se tudo tivesse mais claro.

Em todo esse tempo, estive a procura de uma Salvação, mas acabei de perceber, que eu sou a Salvação deles todos.

Sei que estarei sacrificando as minhas últimas energias, que isso poderá sugar as únicas energias que eu tenho para resistir a Onomatofobia, mas estou disposta a conhecer o Harry, que construiu este jardim, estou disposta a mais um abraço, estou disposta a salva-lo, a restituir tudo o que ele perdeu. E se eu for a única pessoa que pode fazer isso, então eu vou construir essa ponte de uma vez por todas.

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Estou com o Core na mão sem saber o que vai acontecer com Clhöe e sem saber o,que Styles vai fazer com ela se saber que ela sabe da verdade ashashashas

Amoresss, me perdoem a demora.

Votem e não deixem de comentar o que estão achando da fic até aqui.

All the love Brenda'

𝕺𝖓𝖔𝖒𝖆𝖙𝖔𝖋𝖔𝖇𝖎𝖆  ➼ʜᴀʀʀʏOnde histórias criam vida. Descubra agora