𝐂𝐚𝐩𝐢́𝐭𝐮𝐥𝐨 𝟗

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Notas: Boa leitura, espero que gostem.


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Eu ainda pensava na carta que Amy havia-me escrito. Com tudo, eu não poderia deixá-la voltar, seria arriscado com esses homicídios em série. Porém, era tarde demais. Havia se passado três dias que a carta havia sido entregue a mim, é tinha a possibilidade dela já ter desembarcado em Londres. Continuamos naquela loja, cujo haviam nomeado de escritório, infestado de livros, e bugigangas que pertenciam ao Theo. Loki explorava tudo, enquanto andava vagarosamente com suas mãos atrás das costas, ele apanhou um conjunto de manoplas douradas que pareciam muito com algo de Asgard.

Ele continuou bisbilhotando, tocando nas bugigangas, e tagarelando coisas como: ''Asgard tem coisa melhores" e " Eu sou um Deus, criatura ridícula", enquanto avermelhado falava para Loki não tocar em nada. Eu apenas os observava, enquanto meus pensamentos me levavam á Amy, ela era como uma Irmã, apesar de estarmos longe por bastante tempo, eu ainda me preocupava com ela. Eu deveria os contar sobre sua chegada, porém decidir me manter calado por enquanto. 

— Sr. Sharp  Loki falou — O misterioso dono da loja.

— Não tão misterioso assim Respondi — Ele era o falecido marido da Sra. Sharp, ambos eram arqueólogos, que coletavam artefatos Nórdicos para o Museu britânico.

— Sra. Sharp Loki repetiu — nome dessa sociedade maluca agora faz sentido.Theo riu— Vocês deveriam fazer uma petição para mudar esse nome e ter algo menos constrangedor no cartão de visitas.

— Não estamos entregando muitos cartões ultimamente. — Theo acrescentou. — E a sociedade não é tão secreta se você fica distribuindo cartões por aí.

— Não é o que diz o letreiro na entrada da loja. — Falei olhando Theo ainda perto do fogão.

— Bem perspicaz  Loki falou admirado.

— Mais do que possa imaginar  Deixei um sorriso escapar.

Fomos para mais perto do fogão, Loki, esfregava suas mãos juntas, eu o acompanhei fazendo o mesmo, porque estava realmente frio naquela pequena sala dos fundos. Loki então, criou uma chama entre os dedos e a deixou cair na barriga do fogão. A lenha então ganhou vida, aquecendo todos nós ali. Theo observava as chamas, com seu brilho avermelhado e acolhedor. Me peguei observando o dono dos cabelos da noite, pressionando suas mãos ao topo do fogão. O fogo avermelhado refletia em seus olhos verdes, onde eu não conseguia os decifrar, e de alguma forma, isso me deixava fascinado a descobrir mais. Eu continuei o olhando, até então perceber que seu olhar encontrou o meu, aqueles olhos verdes enigmáticos. Sai do transe, desviando rapidamente, senti meu rosto começar a esquentar, e não era o fogo que nos rodeava. Eu ainda podia sentir seu olhar sobre mim, me atingindo como uma flecha.

— Err.... Eu ainda estava meio constrangido, mais eu precisava falar algo parar tirar aquele clima, ate que eu fui salvo pelo Theo.

— Isso foi brilhante Theo falou um tanto admirado.

— Foi um feitiço simples  Loki respondeu Theo, porém seu olhar estava fixado em mim.

— Sabe, alguns de nós não conseguimos fazer o mesmo — Theo falou se afastado do fogão, apoiando sua bengala em um encosto da cadeira, e se sentando nela. —Não é, Ethan?

Os olhares foram mais uma vez em mim, mas dessa vez, não só os de Loki. Eu ainda estava tentando processar o que estava acontecendo comigo, o do porque eu estava me sentindo corado. É  mais uma vez, não  conseguia decifrar o enigma chamado, Loki.

— É, creio que sim. Respondi, e segui para a mesa repleta de papéis onde Theo estava. Assim que me sentei, Loki se juntou a nós, sentando- se perto do ruivo, mais de frente para mim. Ele provavelmente estaria jogando comigo. Assim que seu olhar se voltou para mim, eu desviei olhando para Theo, que aparentemente não notara nada.

— Então... aqui tem alguns relatórios policiais — Theo começou, mostrando alguns dos papéis que estavam ali em cima.

— Espera aí — Eu coloquei a mão sobre o topo dos relatórios ao mesmo tempo que Loki para apanhá-los, e, por um momento nossas mãos se encontraram, foi desajeitado e sem intenção, a breve sensação de pele sobre pele, assustou a ambos, porém so eu me afastei, a sensação era como se minha pele houvesse sido queimada.

— Vocês tinham me prometido contatar Asgard se eu fosse com vocês ao necrotério.— Loki disse.

Eu ainda esfregava minha mão, e por mais estranho, eu gostaria de sentir mais daquela sensação.

— Nós prometemos ? Theo falou coçando a nuca.

— Ele tem razão, Theo.  O que esta acontecendo comigo, concordando com ele?

— Viu? Ele deu um sorriso cafajeste — Eu me lembro como se fosse ontem.

— Certo, eu lembrei — Theo se levou com dificuldade e apanhou uma jarra e um tigela de cerâmica de uma estante, depois colocou sobre os relatórios da polícia. Ele tirou a rolha da jarra e despejou todo o líquido na tigela.

— Uma jarra de água?  Perguntei.

— Isso também veio de Odin.Theo respondeu.

—Ah, ele deu a vocês uma jarra de água? Loki falou em sarcasmo — Meu pai é tão atencioso.

— Não, ele nos deu a tigela Theo corrigiu — Funciona como um meio de comunicação entre aqui e Asgard. — Theo deu um passo para trás. A superfície do líquido brilhou e, daquele ângulo, eu vi uma imagem se formando. — Você quer um pouco de privacidade?

— Por quê? E possível escutar os dois lados da conversa? — Falei interessado, nunca vira essas tecnologias de Asgard, isso era tudo uma novidade para mim.

— Possivelmente — Respondeu Theo. — Você vai falar sobre nós?

— Apenas coisas depreciativas, eu garanto. — Ele piscou para mim. Eu apenas ignorei isso.

Theo apanhou sua bengala no encosto da cadeira, olhou para o fogão já com saudades e depois falou sobre o ombro enquanto abria a cortina de veludo:

— Dá um oi ao seu pai por mim. Venha, Ethan. Seguimos passando pela cortina de veludo.

Guia

Depreciativas: Adjetivo Ofensivo, de teor insultuoso, que desvaloriza a importância de alguma coisa, em que há desprezo ou desqualificação:



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