12 | Detenção

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Sn jones

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Sn jones

É a primeira vez na vida que estou tendo detenção, e minha mãe não vai deixar barato apenas porque sou sua filha, muito pelo contrário... Exatamente por esse motivo ela vai pegar ainda mais pesado.

Estamos sentados em duplas. Minha mãe instruiu muito bem a professora para que não deixasse eu e Aidan sentarmos juntos, então estou com Millie. Lorenzo e Aidan estão em outra mesa, e Inanna se fez de pobre coitada e saiu ilesa, sentando sozinha. Reviro os olhos. Tão previsível.

Ouvi tudo que Aidan disse, ameaçando-a sobre Finn. Não sei quem é esse rapaz, mas acho que quando Aidan estiver pronto para contar o que aconteceu, ele vai falar. Quanto a Inanna... Ela mereceu tudo e ainda merecia mais, mas pelo menos sei que posso ficar relaxada agora.

Millie está dormindo ao meu lado, e volta e meia pego Aidan me observando com interesse.

Olho para Lorenzo, com o maxilar tenso, e sussurro baixinho para ele:

— Você não devia confiar em Inanna.

— Ela foi minha namorada, sei como ela é. E seja lá o que estava fazendo com ela — ele fuzila Aidan com os olhos. — Ela não merecia.

— E a minha irmã? Como vai explicar isso pra ela?

— Que eu estava defendendo uma amiga? Não vejo o que há para explicar.

Ótimo, eu estava melhor antes de conhecer esse mané.

[...]

Depois de duas horas, a professora troca de lugar com outra, e rapidamente me sento ao lado de Aidan, expulsando Lorenzo e obrigando-o a ficar do lado de Millie adormecida.

— Lorenzo é mais idiota do que pensei — murmuro.

— É. Ele seria um cara legal... Se não fosse tão cego.

Aceno em concordância.

Aidan entrelaça os dedos com os meus e respira fundo:

— Acho que te devo uma explicação... Sobre Finn.

— Não precisa me contar se não quiser.   

— Você já ouviu uma parte mesmo, acho que deve saber a história toda. Bem — exala. — Lorenzo era melhor amigo de Finn em sua antiga escola, e Lorenzo ainda namorava Inanna na época. Acontece que esse é um dos motivos pelos quais você não pode deixar essa vaca subir à sua cabeça. Ela é perigosa de verdade.

Faço um gesto para que ele continue e aperto sua mão. Ele prossegue:

— Lorenzo e Finn faziam tudo juntos, amavam basquete, saiam para os bares e estavam sempre na casa do outro. Inanna também estava presente algumas vezes, mas ela não conseguia suportar a ideia de alguém "roubando o tempo que ela deveria ter só pra ela com Lorenzo". Então um dia, ela colocou fogo em uma parte da escola e ligou para Finn pedindo socorro, alegando que houve um incêndio e que Lorenzo não atendia o celular. Finn me ligou no caminho, apavorado. Eu não estudava com ele, mas nos conhecíamos desde crianças por conta de nossas famílias, apesar de não sermos amigos tão próximos quanto ele e Lorenzo. Enfim, fui ajudar Finn, e quando chegamos lá, encontramos Inanna completamente bêbada e desmaiada, perto do fogo. Peguei Inanna no colo e a levei pra fora da escola, enquanto Finn encontrou um galão de gasolina e alguns fósforos no chão lá dentro. E bem na hora, ouvimos uma sirene de polícia. Eles assumiram que a culpa foi de Finn, e Inanna fez de tudo para que parecesse convincente. "Ele me queria morta porque meu namorado prefere a mim! Ele odeia a escola! Ele é um monstro!" — Aidan tenta imitar a voz aguda de Inanna — e com essas mentiras, convenceu os policiais. Desde então, Finn está na cadeia injustamente, e sua sentença era de um ano.

Estremeço, assustada. Nunca imaginei que Inanna pudesse chegar naquele ponto, mas ela me provou errada.

— Meu deus... — sussurro.

— O lado positivo? — Aidan tenta forçar um sorriso. — Ele sai daqui alguns dias, e vai estudar aqui.

— Fico feliz por você — acaricio seu braço.

— Eu não suportaria ver Inanna fazendo algo parecido com você. Ela é psicopata Sn. Ela é completamente louca, e o pior, Lorenzo acredita em tudo que ela diz — torce o nariz.

— Então ainda bem que tenho você para me proteger.

Ele não responde, só fica em silêncio. Eu encosto a cabeça em seu ombro tenso, imaginando o quanto aquele tipo de experiência deve ter sido traumática.

Quando finalmente somos liberados, Aidan e Lorenzo vão se preparar para o jogo de basquete. Millie já está ficando mais consciente, e Inanna nem olha na nossa cara quando adentramos o ginásio e nos sentamos nas arquibancadas da frente.

Noah já está nos esperando, e assim que me sento do seu lado, ele fica tenso.

— Tudo bem? — pergunto.

— Eu é que deveria perguntar. Onde vocês estavam?

— Na detenção — Millie responde por mim.

Noah olha para nós duas, com o queixo caído, mas ele se recompõe e seus olhos fitam Millie:

— O que você fez? Falei pra não vender aquilo na sala!   

— Relaxa N, eu não fiz nada — revira os olhos. — Vocês sempre saem me acusando assim... Argh. Odeio isso.   

— É porque você é a má influência, Millie — respondo.

— Você não está enganada, mas dessa vez a culpa foi de Aidan que entrou numa briga com Lorenzo. Estávamos no lugar errado, na hora errada — ela pega um energético da mochila e toma um longo gole.

— Se você tinha isso com você o tempo todo — aponto para o energético — então por que não tomar na detenção?

— Eu poderia, mas quem em sã consciência quer ficar acordado numa detenção? Minha soneca é mais importante — ela gesticula, como se fosse uma grande ofensa.

Balanço a cabeça bem no momento em que os auto-falantes avisam que o jogo está prestes a começar.   

O time adversário entra na quadra, e em seguida avisto Aidan saindo com Lorenzo ao seu encalço. Aidan está de regata, cabelo bagunçado, e deixando todos os músculos definidos (nem tanto) à mostra. Ele me encontra no meio da multidão e da um sorriso diabólico, passando a mão no cabelo.

Como eu quero agarrar esses fios macios.

O pensamento evapora quando o jogo começa. O time adversário não parece ser páreo para o nosso, mas percebo que nosso time não está trabalhando completamente em equipe.

Murmúrios de agitação reverberam pelas paredes quando o primeiro ponto vai para o outro time.

O segundo round começa, e vejo Aidan livre sinalizando para que Lorenzo passe a bola para ele, mas Lorenzo ignora e tenta atravessar o campo sozinho, o que é uma péssima ideia, considerando que roubam sua bola em questão de segundos.

Aidan corre e consegue tomar a bola para si, marcando nosso primeiro ponto.

Não estou no campo para saber o que está acontecendo entre ele e Lorenzo mas não é difícil de assimilar.

O jogo segue por mais alguns rounds — alguns em que perdemos novamente por culpa do egoísmo de Lorenzo — porém quando o treinador anuncia o fim do jogo, acabamos ganhando por um ponto a mais.

Levantamos da arquibancada, animados. Me viro para encarar Noah, que com um sorriso no rosto, me pega desprevenida quando me beija repentinamente.

Desculpe-me qualquer erro, eu acho que deve ter porque eu estou morrendo de sono e não revisei o capítulo, vou deixar isso para mais tarde!

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Desculpe-me qualquer erro, eu acho que deve ter porque eu estou morrendo de sono e não revisei o capítulo, vou deixar isso para mais tarde!

Beijinhos.

Babá De Um Bad Boy | Aidan GallagherOnde histórias criam vida. Descubra agora