23 | Uma boa e uma má notícia

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Sn Jones

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Sn Jones.

Acordo na manhã seguinte sentindo um cansaço extremo, provavelmente culpa de todos os gritos trocados e da madrugada em claro que passei.

Vendo que são 6 horas, me viro nas cobertas e me preparo para dormir de novo, mas minha mãe entra — sem bater — no quarto e joga minha colcha longe:   

— Você vai pra escola hoje. Sem reclamar. Se arrume, pois você vai comigo.

— Está brincando? E meus patins? — franzo a testa.

— Se você não obedecer, pode dizer adeus a eles.   

Suspirando, saio da cama enquanto minha mãe se dirige para o corredor. Coloco uma regata e um shorts simples, sem me importar se estou com cara de zumbi ou se estou apresentável. Tanto faz.

Sei que vai ser um longo dia.

[...]

Abro a porta da sala de aula tentando esconder meu descontentamento: a primeira aula do dia é biologia.

Ao menos Millie está no seu lugar de sempre ao meu lado. Isso me ajuda a esquecer o outro lugar vazio atrás de mim, mesmo que temporariamente.

— Até que enfim apareceu, tava ficando preocupada — Millie murmura.

Olho para ela, imaginando que de alguma forma possa me dizer o que fazer, dizer que vai me ajudar e dizer que tudo ficará bem. Queria saber como consertar essa bagunça, penso.

— Briguei com ela — decido contar, afundando na cadeira. — Com a minha mãe, quero dizer.

— E tá errada? Sn você só fez o que tinha que fazer. No seu lugar eu faria o mesmo.

— Eu estou me sentindo péssima, mas não por isso. Parece que mesmo gritando com ela, nada adianta! Afinal, Aidan não voltou pra escola, ou voltou? — ergo a sobrancelha, porque já sei a resposta.

— Não, nada dele desde a última semana — percebendo meu desapontamento, ela logo ergue um dos cantos da boca e me dá um soquinho no braço. — Ei não fique triste, a pena dele não deve ser tão grave assim.

— Por sequestro? Eu imagino que deva ser — respondo e começo a tamborilar os dedos da minha mão na mesinha de madeira, ansiosa.

— Eu queria poder te ajudar, de verdade, mas o máximo que posso conseguir é ajudá-lo a fugir daquela prisão.

— Reformatório — corrijo.

— Reformatório é apenas um eufemismo para cadeia de deliquentes que a polícia não pode prender junto com os outros porque ainda são menores de idade.   

— Ok, pode ser isso também — suspiro. — E como você o ajudaria a fugir?

— Tenho 2 amigos presidiários. Eles dão umas escapadas de vez em quando, saímos pra beber juntos.

Babá De Um Bad Boy | Aidan GallagherOnde histórias criam vida. Descubra agora