16 | Um velho amigo

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Aidan Gallagher

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Aidan Gallagher

Agora que Sn sabe de tudo, sinto uma grande onda de alívio. Eu pensei que ela fosse me odiar. Afinal, do que importa se foi proposital ou não? Isso não anula a merda. Minha mãe fez questão de deixar esse detalhe bem explícito na minha mente. Sempre que eu tentava convencê-la de que foi um acidente, ela respondia:

"— Não me interessa Aidan. Acidente ou não, olhe o estrago que você causou. Isso não tira sua irmã do coma"  

E eu sei que ela tinha razão. Não, não tirava Kit do coma, mas fazia eu ter esperanças de que eu não era aquele menino louco para quem os psicólogos olhavam. O garoto que minha mãe enxergava em mim. Talvez meio estressado, sim, mas quem não ficaria em uma situação dessas? Nunca fui o exemplo de bom aluno, mas acho que qualquer esperança de melhorar se perdeu quando minha mãe duvidou de mim. A partir daí, eu comecei a agir exatamente como ela descrevia. Imprudente, inconsequente, monstro.   

E eu não queria tentar melhorar... Até conhecer Sn

Inicialmente, eu achava que ela iria me julgar também, mas fui eu quem a julgou mal, fui um idiota, e em troca ela duvidou de mim, acreditou mesmo que a história pudesse ser verdadeira.   

Não posso dizer que já não estou acostumado. Mas, de novo, Sn me conhece faz pouco tempo, como saberia? Como posso culpá-la?   

O simples fato de ter me escutado vale muito.   

[...]

Acordo com o barulho de alguém golpeando minha porta. Não preciso de mais do que alguns segundos para descobrir de quem se trata.

Giro a maçaneta para receber Finn, meu velho amigo.

— E aí, irmão! — ele me analisa de cima a baixo. — Nossa Aidan, você parece um saco de merda.

— Também senti saudades, Finn — murmuro, sarcástico.

— Aquela vaca... Inanna vai pagar pelo que fez — Finn entra na minha casa, indo até a cozinha e abrindo uma lata de cerveja. — Como anda a escola? Perdi muita coisa?   

— Deixa de fingir que se preocupa, seu marmanjo do caralho.   

— Eu perdi um ano inteiro de escola Aidy, agora podemos estudar na mesma sala. Até que ficar preso não foi tão ruim — ele dá um longo gole na cerveja, e eu gesticulo para que me alcance uma também.

— A comida da cadeia é muito ruim?

— Não é péssima, mas senti saudade de um pouco de álcool. Não somos muito mimados lá.   

Finn já tem 19, ele já estaria no terceiro, quase completando o ensino médio, se não tivesse reservado uma estadia de um ano na cadeia. Ao menos agora irá estudar no segundo comigo, e no mesmo colégio.   

Babá De Um Bad Boy | Aidan GallagherOnde histórias criam vida. Descubra agora