[•••] Sinopse:
A temida família Uchiha é comandada pelo mais novo dos filhos alfas, Sasuke. Um homem de pouca bondade e imensa fama em toda a cidade de Konoha, vivendo com seus irmãos em prol da união familiar que seu tio preza a todo custo.
Após um...
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Obito On
A madrugada estava fria e inquietante, algo parecia me impossibilitar de fechar os olhos e dormir tranquilamente. A ventania na janela era absurdamente forte, a neve caia e a lua brilhava diante da neblina. Por poucos segundos, me recordei do jantar mais cedo e sorri, sentindo alegria por finalmente estar próximo dos meus irmãos depois de tantos anos.
Me afastei da janela e caminhei para fora descendo lentamente as escadas. A casa estava em um silêncio absoluto, as paredes pareciam ranger devido ao clima e eu não nego adorar isso. O inverno é a melhor estação do ano, sempre acabo comprando dezenas de cachecóis e luvas, e agora terei que comprar em dobro.
Caminhei até a cozinha para lavar a xícara que estava tomando chá e guardar novamente a mesma no armário. Suspirei fundo me apoiando sob a pia por alguns segundos e observando de longe a porta do quarto de Sasuke entreaberta. Me sinto solitário por não conseguir dormir em uma noite tão fria quanto essa.
Retirei o roupão jogando-o sob a mesa e caminhei para a sala me sentando no sofá e ligando a televisão. Passava um filme sobre documentários criminais e isso me intrigava. Abracei fortemente a almofada e passei os próximos minutos em completo foco na tela à minha frente.
No entanto, minha atenção foi tomada por um enorme estrondo na porta da frente. Alguém parecia esmurrar a porta desesperadamente e sem nenhum motivo aparente. Me levantei assustado, era tarde da madrugada e ninguém ali esperava visita, ao menos, não esse horário:
— Mas que caralho? Vai acordar a casa inteira! — Sussurro caminhando rapidamente até a porta e abrindo a mesma.
A ventania forte me pegou de surpresa, e junto a ela, havia um homem totalmente encapuzado e com roupas pretas. Era quase do meu tamanho e seu físico era forte, seus olhos pareciam assustados ao me ver e isso era realmente confuso. Ele ficou em silêncio por poucos segundos, até finalmente tomar uma atitude:
— Cade? Onde caralhos enfiaram ele? — O homem entra na casa me empurrando levemente para o lado.
— Ei? EI! QUE PORRA? — Digo fechando a porta e caminhando rapidamente até o mesmo.
— Onde? Me diga! Onde diabos ele está? — O homem diz caminhando por toda a sala.
— Quem é você, cara? Mas que merda tá acontecendo? Você invade a minha casa e sai andando por todo lado feito uma barata tonta?! — Indago caminhando até o mesmo e parando seu corpo contra a parede.
— ME LARGUE, OBITO! EU QUERO VER O MEU IRMÃO — Ele grita e sua máscara arrebenta caindo no chão.
Um rosto tão familiar, olhos tão profundos e vazios, uma pele pálida como a neve que caía da porta para fora. Ele estava na minha frente, um homem morto estava sob meus braços. O larguei por um susto e caí no chão sentindo minha respiração disparar rapidamente enquanto minhas mãos ficavam trêmulas, ele não era uma miragem, e isso definitivamente não era um sonho:
