Unidos Por Ela - 2° Temporada - Completo

Capítulo 55

Últimos capítulos da
2° temporada!

Restam:
11 capítulos
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Agradecimentos

♡

Teresa

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Certa vez, quando eu era pequena, ouvi na TV, em um filme, que toda mãe tem um sexto sentido. Um sentimentos que preenche o coração, o ser dela que diz que algo ruim está prestes a acontecer com seu filho. Lembro de ficar pensando em como esse sentimento poderia ser, então desci do sofá deixando papai e Helena assistindo e fui até a cozinha onde mamãe estava preparando a pipoca para voltar a nossa sessão de filmes em familia, quando me viu, ela abriu um sorriso terno e perguntou:

- O que faz aqui, meu amor?

- Mamãe, é verdade que toda mamãe tem sexto sentido?

- Sexto sentido? Como assim, filha?

- Acabei de ouvir na TV que toda mamãe tem sexto sentido.

- Bom, as vezes sim, filha. As vezes sentimos quando algo está prestes a acontecer com nossos filhos. Por exemplo - disse sentando na cadeira próxima a mesa e me colocando em seu colo. - Quando você ficou doente na escola, durante o dia eu senti um incômodo. E fiquei pensando em você a todo o momento, até que a sua professora ligou.

- Então as mamães tem superpoderes?

- Podemos dizer que sim!

Não sei se esse sexto sentido se trata de um super poder, mas garanto que sentir isso nao é nada bom.
Quando José nasceu, enquanto estávamos na cabana, eu me sentia segura, sentia que José estava seguro, porque estávamos com Vicente. Mas quando chegamos no hospital, algo dentro de mim mudou, toda aquela sensação de segurança foi se esvaindo gradativamente, até que não restou mais nada.
Eu sentia, ou melhor, eu sabia que se eu descuidasse, por um instante, por um segundo, por um minutos que fosse, algo poderia acontecer com meu filho.
E bom, não foi diferente. Eu senti, o meu sexto sentido me avisou e eu não  consegui proteger o meu filho das barras de um ser humano horrível que é capaz de sequestrar uma criança recém nascida da própria mãe.

- O que acha de comer um pouco?

- Não, mãe... só, só quero ficar aqui com a senhora.

- Tudo bem, meu amor.

Ela beija minha testa, entao me aperta contra seu corpo.
Estou deitada no peito da minha mãe, abraçada a ela há algumas horas depois de chorar, feito criança, por estar sentindo dores em meus seios por causa do leite.
Estamos há 2 dias sem notícias do José e muito menos da enfermeira que o levou. Heriberto está movendo céus e terras para achar meu filho, mas é como se ele nao estivesse no mapa.
Lucas, Helena, Vini, Cristina, Luz, Samuel, dona Amélia e Sr. Francisco estão espalhando fotos deles por toda a cidade em busca de respostas.
Já recebemos mais de 3 trotes de pessoas, sem coração, dizendo que sabem onde está meu filho, e depois de nos dar esperanças, desliga rindo na nossa cara.
Também decidi que seria melhor espalhar fotos da Lucia e da Daniela, e quem sabe achar meus dois filhos de uma única vez.
Mas mesmo estando apavorada com a ideia de nunca mais ver os meus filhos, sinto esperança.
Esperança de que todo esse pesadelo acabe.
Esperança em ver os rostos deles novamente.
Esperança de encontra-los e poder abraçar, beijar e dizer o quanto os amo.
Sinto esperança...
Escutamos algumas batidas na porta, logo ela abre revelando Helena, assim que nossos olhares se encontram, ela abre um sorriso largo.