Por favor, eu só lhe peço uma coisa: Não bagunce nada. Não porque eu sou a louca da organização — pelo contrário —, mas é que eu já sou bagunçada demais, então você não precisa piorar a situação com esse jeito, com seu cabelo, seus olhos, sua boca. Você sabe que isso me desmonta. Ou deveria saber.
Deveria saber o quanto eu tenho medo de ter meu coração quebrado novamente, e fugir é a minha forma de me proteger, não de você, mas dos sentimentos. Dos sentimentos que eu me recuso a ter por você.
Só quero te pedir uma coisa, uma única coisa: não bagunce nada. Nem minha cabeça, nem meu coração. Muito menos o meu coração, porque é dentro dele que eu guardo todos meus segredos e todas as coisas que eu sei sobre você. Todos os prós e contras, desavenças e momentos imaginários que eu crio. É uma confusão. E já tá tudo bagunçado mesmo, por mais que eu tente arrumar. Então eu só lhe peço isso: se quer ajudar, não bagunce minha cabeça, nem meu o coração.
— C.L, fevereiro, 2018.
Dedicatória: para o garoto que me fez pensar que eu que era a bagunça e confusão.
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Dedico esse (desaba)fo a você.
No FicciónAcervos de textos e desabafos que escrevo desde 2018, normalmente em momentos em que eu me encontro representada pela ilustração da capa. Raiva, confusão, tristeza, dor, alegria, paixão... quantos sentimentos cabem aqui? Para quantas pessoas podemo...