Acordo muito tarde, o que era um direito meu, pois era fim de semana, poderia descansar até mais tarde, me sento na cama e me espreguiço, logo noto que estava faltando algo ali no quarto, me levanto vagarosamente indo em direção a porta quando lembro.
- Cadê o Manoel???
Vejo que a porta do quarto entreaberta e logo saio correndo em direção dela.
- Será que ele saiu? Será que minha mãe chegou e pegou ele dormindo comigo?
Abro a porta e desço as escadas aflito indo em direção a cozinha, quando eu chego lá noto a mesa montada com um café da manhã farto e vejo o Manoel sentado na cadeira me esperando.
- Bom dia bela adormecida, pensei que não fosse acordar hoje. - Diz ele irônico como sempre.
- Haha. - Reviro os olhos. -Bom dia lobinho palhaço.
- Você vai ver o palhaço quando eu me levantar e rasgar sua garganta. - Ele se exalta.
- Calma cara, estava brincando... Enfim, obrigado por tudo isso, não sabia que você também cozinhava.
- Sim, eu sei cozinhar, entres outras coisas. Vá logo se arrumar para lancharmos.
Somente assenti com a cabeça e subi as escadas, entrei no meu quarto, fui no guarda-roupa e peguei um conjunto de roupa simples, era um sábado, eu ia passar o dia em casa estudando então peguei roupas leves.
Peguei minha toalha e entrei no banheiro, não parava de pensar em como contar pra minha mãe que o Manoel vai precisar passar uns dias aqui, tenho que contar o mais rápido possível, de preferência quando ela chegar do plantão.
Depois do banho, realizo minha higiene pessoal, me troco e logo saio do quarto descendo as escadas e quando chego na cozinha vejo o Manoel sentado na mesa pensativo.
- O que você tanto pensa aí? - Falo me sentando numa cadeira que está de frente pra ele.
- Ah nada não, tava pensando em quantas horas você demora no banho, pensei que não fosse vim mais hoje.
Olho pra ele com cara feia e começo a colocar café numa xícara que estava próxima a mim, ele me encara mas logo em seguida começa a repetir o que estou fazendo, tento quebrar o silêncio.
- Eu estive pensando em-
- Como vai convencer sua mãe em deixar eu ficar aqui, certo? - Ele me interrompe.
- Sim, era isso, já pode parar de ler minha mente.
- Mas era óbvio isso. - Ele fala com um sorriso no rosto.
- Ok.. Deixa eu tentar adivinhar no que você também estava pensando, você estava preocupado com sua alcateia, né?
Ele não fala nada, o sorriso se desfaz e ele assente com a cabeça e fica cabisbaixo por um tempo.
- Desculpa, as vezes esqueço que você pode ser um pouco sensível.
- Tudo bem, só não toque nesse assunto, não quero falar sobre isso agora.. - Diz ele ainda cabisbaixo.
Me levanto e vou em sua direção.
- Ei. - Ele olha pra me com os olhos lacrimejando, seguro seu queixo com uma de minha mãos. - Não precisa se preocupar, tenho certeza de que tudo vai ficar bem e agora você tem a mim, prometo tentar cuidar bem de você. - Termino de falar acariciando seu queixo, é um pouco áspero por conta da barba mas também é um tanto macio.
Ele me puxa para um abraço me fazendo quase sentar no colo dele, fico vermelho de vergonha, ele está muito perto.
- Obrigado Danny.. Você é uma boa pessoa, deve ser por isso que minha mãe confiou em você.
Me separou do abraço e volto pro meu lugar, sinto que ele ficou um pouco mais feliz, terminamos o café conversando sobre a escola e logo em seguida subimos para o quarto, tínhamos muito o que estudar naquele dia.
- Eu já sei o que vou falar pra minha mãe, tenho certeza de que consigo convencer ela. - Falo colocando uns livros na minha mesa de estudos, enquanto o Manoel está deitado no chão folheando meu caderno.
- Qual seria sua sugestão?
- Vou falar uma "quase" verdade pra ela. - Confesso.
- Você sabe que não pode falar a verdade, não tem como ela acreditar. - Ele fala relutante com a minha ideia.
- Eu não disse vou dizer a verdade, vou falar umas coisas e anular alguns fatos, vai dá certo.
Ele assente com a cabeça e depois olha pro meu caderno e parece surpreso com o que ver, depois olha pra mim com um olhar saliente.
- O que foi? - Pergunto sentando numa cadeira em frente a mesa de estudos.
- Então você tem uma quedinha pelo meu primo? - Diz ele com um sorrisinho malicioso.
- N-Não, quer dizer, ti-tinha, não sei, ele mexe comigo de alguma forma, mas nunca tive coragem de contar pra ele.
- É fácil, só chegar e falar, ué? Ele não é um monstro de 7 cabeças e no máximo o que você pode receber é um não, ou quem sabe um sim.
- Não me dá esperanças.
- Ok, se você não tá preparado pra falar ainda, diga no seu tempo.
- Mas e você? Namora ou já namorou? - Perguntou curioso.
- Não, não posso e também não sou como você, vocês humanos tem paixões que não dura a vida toda, só apenas alguns meses ou anos, nós lobisomens nascemos predestinados a alguém assim que nascemos.
- Uau, isso é incrível... Mas perai se você é um lobisomem, o Trevis também é um?
- Sim, ele também é um e não é o único da sua sala, tenho certeza, sem contar que tem outras criaturas como vampiros, bruxas, feiticeiros, entre outros seres miticos na sua sala, sem sombra de dúvida.
- Ok, isso tá começando a me assustar, nunca pensei que poderia conviver com essa diversidade de criaturas sobrenaturais. - Falo muito surpreso com aquelas informações. - Mas, agora vamos, precisamos estudar, preciso te atualizar do máximo possível de matérias. - Entrego pra ele o livro de Química.
Passamos a tarde estudando o máximo de matérias possível, até que no finalzinho da tarde ouço a porta principal se destrancar e quem abriu grita pelo meu nome.
- DANNY!! CHEGUEI!!
Continua...
Obrigado por ler!
Oi pessoal, desculpem a demora pra postar os capítulos, estou com um forte bloqueio criativo e estou tentando manter o livro mas pela baixo índice de lidas e curtidas, acredito que o livro vai flopar e que eu vou acabar deletando ele mais uma vez.
Se vocês não querem que isso aconteça, curtam e falem o que estão achando do livro, me ajuda bastante, pode ser qualquer sugestão ou crítica.
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Amor Proíbido (Escrevendo)
Hombres LoboEsse mundo sempre foi habitado por seres sobrenaturais que vivem escondidos, longe dos seres humanos que tem medo deles. Por serem vistos como ameaças, os seres humanos mandam caçadores que são enviados para acha-los e mata-los um por um. Um conflit...