Capítulo 13

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Acordo muito tarde, o que era um direito meu, pois era fim de semana, poderia descansar até mais tarde, me sento na cama e me espreguiço, logo noto que estava faltando algo ali no quarto, me levanto vagarosamente indo em direção a porta quando lembro.

- Cadê o Manoel???

Vejo que a porta do quarto entreaberta e logo saio correndo em direção dela.

- Será que ele saiu? Será que minha mãe chegou e pegou ele dormindo comigo?

Abro a porta e desço as escadas aflito indo em direção a cozinha, quando eu chego lá noto a mesa montada com um café da manhã farto e vejo o Manoel sentado na cadeira me esperando.

- Bom dia bela adormecida, pensei que não fosse acordar hoje. - Diz ele irônico como sempre.

- Haha. - Reviro os olhos. -Bom dia lobinho palhaço.

- Você vai ver o palhaço quando eu me levantar e rasgar sua garganta. - Ele se exalta.

- Calma cara, estava brincando... Enfim, obrigado por tudo isso, não sabia que você também cozinhava.

- Sim, eu sei cozinhar, entres outras coisas. Vá logo se arrumar para lancharmos.

Somente assenti com a cabeça e subi as escadas, entrei no meu quarto, fui no guarda-roupa e peguei um conjunto de roupa simples, era um sábado, eu ia passar o dia em casa estudando então peguei roupas leves.

Peguei minha toalha e entrei no banheiro, não parava de pensar em como contar pra minha mãe que o Manoel vai precisar passar uns dias aqui, tenho que contar o mais rápido possível, de preferência quando ela chegar do plantão.

Depois do banho, realizo minha higiene pessoal, me troco e logo saio do quarto descendo as escadas e quando chego na cozinha vejo o Manoel sentado na mesa pensativo.

- O que você tanto pensa aí? - Falo me sentando numa cadeira que está de frente pra ele.

- Ah nada não, tava pensando em quantas horas você demora no banho, pensei que não fosse vim mais hoje.

Olho pra ele com cara feia e começo a colocar café numa xícara que estava próxima a mim, ele me encara mas logo em seguida começa a repetir o que estou fazendo, tento quebrar o silêncio.

- Eu estive pensando em-

- Como vai convencer sua mãe em deixar eu ficar aqui, certo? - Ele me interrompe.

- Sim, era isso, já pode parar de ler minha mente.

- Mas era óbvio isso. - Ele fala com um sorriso no rosto.

- Ok.. Deixa eu tentar adivinhar no que você também estava pensando, você estava preocupado com sua alcateia, né?

Ele não fala nada, o sorriso se desfaz e ele assente com a cabeça e fica cabisbaixo por um tempo.

- Desculpa, as vezes esqueço que você pode ser um pouco sensível.

- Tudo bem, só não toque nesse assunto, não quero falar sobre isso agora.. - Diz ele ainda cabisbaixo.

Me levanto e vou em sua direção.

- Ei. - Ele olha pra me com os olhos lacrimejando, seguro seu queixo com uma de minha mãos. - Não precisa se preocupar, tenho certeza de que tudo vai ficar bem e agora você tem a mim, prometo tentar cuidar bem de você. - Termino de falar acariciando seu queixo, é um pouco áspero por conta da barba mas também é um tanto macio.

Ele me puxa para um abraço me fazendo quase sentar no colo dele, fico vermelho de vergonha, ele está muito perto.

- Obrigado Danny.. Você é uma boa pessoa, deve ser por isso que minha mãe confiou em você.

Me separou do abraço e volto pro meu lugar, sinto que ele ficou um pouco mais feliz, terminamos o café conversando sobre a escola e logo em seguida subimos para o quarto, tínhamos muito o que estudar naquele dia.

- Eu já sei o que vou falar pra minha mãe, tenho certeza de que consigo convencer ela. - Falo colocando uns livros na minha mesa de estudos, enquanto o Manoel está deitado no chão folheando meu caderno.

- Qual seria sua sugestão?

- Vou falar uma "quase" verdade pra ela. - Confesso.

- Você sabe que não pode falar a verdade, não tem como ela acreditar. - Ele fala relutante com a minha ideia.

- Eu não disse vou dizer a verdade, vou falar umas coisas e anular alguns fatos, vai dá certo.

Ele assente com a cabeça e depois olha pro meu caderno e parece surpreso com o que ver, depois olha pra mim com um olhar saliente.

- O que foi? - Pergunto sentando numa cadeira em frente a mesa de estudos.

- Então você tem uma quedinha pelo meu primo? - Diz ele com um sorrisinho malicioso.

- N-Não, quer dizer, ti-tinha, não sei, ele mexe comigo de alguma forma, mas nunca tive coragem de contar pra ele.

- É fácil, só chegar e falar, ué? Ele não é um monstro de 7 cabeças e no máximo o que você pode receber é um não, ou quem sabe um sim.

- Não me dá esperanças.

- Ok, se você não tá preparado pra falar ainda, diga no seu tempo.

- Mas e você? Namora ou já namorou? - Perguntou curioso.

- Não, não posso e também não sou como você, vocês humanos tem paixões que não dura a vida toda, só apenas alguns meses ou anos, nós lobisomens nascemos predestinados a alguém assim que nascemos.

- Uau, isso é incrível... Mas perai se você é um lobisomem, o Trevis também é um?

- Sim, ele também é um e não é o único da sua sala, tenho certeza, sem contar que tem outras criaturas como vampiros, bruxas, feiticeiros, entre outros seres miticos na sua sala, sem sombra de dúvida.

- Ok, isso tá começando a me assustar, nunca pensei que poderia conviver com essa diversidade de criaturas sobrenaturais. - Falo muito surpreso com aquelas informações. - Mas, agora vamos, precisamos estudar, preciso te atualizar do máximo possível de matérias. - Entrego pra ele o livro de Química.

Passamos a tarde estudando o máximo de matérias possível, até que no finalzinho da tarde ouço a porta principal se destrancar e quem abriu grita pelo meu nome.

- DANNY!! CHEGUEI!!

Continua...

Obrigado por ler!

Oi pessoal, desculpem a demora pra postar os capítulos, estou com um forte bloqueio criativo e estou tentando manter o livro mas pela baixo índice de lidas e curtidas, acredito que o livro vai flopar e que eu vou acabar deletando ele mais uma vez.
Se vocês não querem que isso aconteça, curtam e falem o que estão achando do livro, me ajuda bastante, pode ser qualquer sugestão ou crítica.

Amor Proíbido (Escrevendo)Onde histórias criam vida. Descubra agora