Após sair do banheiro com um roupa casual, nada formal, encontro o Manoel sentado na cama pensativo e me aproximo sentando ao seu lado, quando ele percebe minha presença, começa a tentar dialogar:
– Ei, muito obrigado por me deixar ficar aqui e por ter cuidado de mim nesses últimos dias.
– Sem problemas, mas eu ainda tenho que falar com minha mãe pra ver se ela concorda deixar você ficar aqui.
– Mesmo assim, acho que outra pessoa não deixaria um estranho ficar em sua residência assim tão fácil.
– Tudo bem, pra mim, você ainda é um estranho mas acho que vai ser bom ter uma companhia temporariamente.
– Você tem razão, sua vida aqui parece meio solitária.
– Um pouco... Mas, às vezes, meus amigos vêm me ver... Enfim, tá com fome, Ken-, digo Manoel?
– Sim, e pode me chamar como achar melhor, tanto Kenji quanto Manoel, atenderei pelos dois, bom isso dentro de casa, fora dela, em contato com outros humanos me chame de Manoel.
– Tudo bem, vamos descer pra cozinhar para comermos algo.
Ele afirma com a cabeça e eu me direciono para porta abrindo-a e saindo por ela acompanhado por ele, descemos as escadas sem trocar palavras, ainda fico pensando em tudo que aconteceu até que finalmente chegamos a cozinha.
Enquanto eu vou preparar algo, ele senta numa cadeira próximo a mesa de jantar e tenta puxar assunto:
– Então... O que você falou no início da semana sobre trabalhos escolares, eu tenho muitos trabalhos pra fazer mesmo? Eu vi que você todo dia depois de arrumar a casa, você sentava na computador e ficava lá estudando por horas, às vezes até perdia seu horário de ir pra cama.
– É, você não tem muito trabalho pra fazer daqui pra frente. – Falo preparando dois sanduíches. – Você quer minha ajuda?
– Com certeza, isso seria de grande utilidade.
– Tudo bem. Então... Você vai segunda pra escola?
– Vou sim, faltei demais nessa semana.
– Tudo bem, suas faltas foram justificadas pelo Trevis.
– O que ele disse sobre mim?! – Ele aumenta sua voz com um pouco de raiva, o que se torna algo engraçado e ao mesmo tempo fofo assim como sua forma de lobo, ele não sabe demonstrar raiva sem que fique fofo.
Não seguro e começo a dá risada já me aproximando da mesa com os sanduíches, o que aumenta sua fúria/fofura.
Quando eu coloco os sanduíches em cima da mesa, ele avança em cima de mim, me derrubando no chão da cozinha, ele fala entre rosnados:
– Pára de rir! O que ele falou de mim pra vocês?!
– Na-Nada demais, ele disse que você não estava indo pra escola por motivos pessoais.
Ele sai de cima de mim e volta pra cadeira e enquanto eu me levanto, ele fala:
– Desculpa por isso.
– Você realmente tem que controlar esse seu lado estressadinho, você ia me machucando.
– Eu já lhe pedi desculpas! – Vejo seus olhos brilharem, pequenas lágrimas se formam no canto dos seus olhos.
– Ei, calma, eu não quis ofender ou te irritar, você realmente tem força mas não entendo porque você leva tudo tão a sério, tem que controlar isso aí.
– Eu vou tentar... Me desculpe Daniel por isso, prometo me controlar da próxima vez! – Ele enxuga os resquícios de lágrimas aparentes em seus olhos.
– Você tem que controlar isso... Mesmo que seja fofo sua expressão irritada... – Sussurro a última frase.
– O quê?
– Nada não. Enfim, vamos comer. – Acabo de perceber a burrada que cometi e tento mudar assunto.
Começamos a comer os sanduíches conversando sobre os trabalhos escolares, acabamos e ele se voluntaria para me ajudar a arrumar a casa.
– Não precisa, minha mãe deixou tudo feito já pra me poder descansar mais.
– Ah, então deixa que eu lavo os pratos da janta mais tarde.
– Tão eficiente, tô começando a gostar mais de sua presença aqui em casa.
– Só por que eu vou lavar os pratos?
– Não... Ter companhia é bom sabia?
– Ser sincero de vez em quando também, sabia?
– Mas eu tô sendo sincero, gostei da sua companhia. – Dou um sorriso falso.
– Eu sei que você não gosta de lavar louças, você não me engana.
– Quê?! Como?... Ah... Tá bom, eu desisto.
Subimos pro meu quarto novamente continuando a conversa sobre os trabalhos e eu começo a explicar a ele sobre os trabalhos, atividades e seminários que tem que fazer, empresto meu caderno pra ele para que possa absorver conteúdo.
Depois de horas ajudando-o a se organizar nos trabalhos e fazer com que ele consiga entrar nos meus grupos de seminário, acabamos cansados e decidimos ir dormir mas então aí que surge uma dúvida e a pergunta que não quer calar:
Onde ele vai dormir?
Continua...
Obrigado por ler!
Deixem nos comentários onde vocês querem que o Manoel durma, hihi.
Curtam, votem e comentem, seus comentários me ajudam bastante, até o próximo capítulo!
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Amor Proíbido (Escrevendo)
Hombres LoboEsse mundo sempre foi habitado por seres sobrenaturais que vivem escondidos, longe dos seres humanos que tem medo deles. Por serem vistos como ameaças, os seres humanos mandam caçadores que são enviados para acha-los e mata-los um por um. Um conflit...