Capítulo 11

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Após sair do banheiro com um roupa casual, nada formal, encontro o Manoel sentado na cama pensativo e me aproximo sentando ao seu lado, quando ele percebe minha presença, começa a tentar dialogar:

– Ei, muito obrigado por me deixar ficar aqui e por ter cuidado de mim nesses últimos dias.

– Sem problemas, mas eu ainda tenho que falar com minha mãe pra ver se ela concorda deixar você ficar aqui.

– Mesmo assim, acho que outra pessoa não deixaria um estranho ficar em sua residência assim tão fácil.

– Tudo bem, pra mim, você ainda é um estranho mas acho que vai ser bom ter uma companhia temporariamente.

– Você tem razão, sua vida aqui parece meio solitária.

– Um pouco... Mas, às vezes, meus amigos vêm me ver... Enfim, tá com fome, Ken-, digo Manoel?

– Sim, e pode me chamar como achar melhor, tanto Kenji quanto Manoel, atenderei pelos dois, bom isso dentro de casa, fora dela, em contato com outros humanos me chame de Manoel.

– Tudo bem, vamos descer pra cozinhar para comermos algo.

Ele afirma com a cabeça e eu me direciono para porta abrindo-a e saindo por ela acompanhado por ele, descemos as escadas sem trocar palavras, ainda fico pensando em tudo que aconteceu até que finalmente chegamos a cozinha.

Enquanto eu vou preparar algo, ele senta numa cadeira próximo a mesa de jantar e tenta puxar assunto:

– Então... O que você falou no início da semana sobre trabalhos escolares, eu tenho muitos trabalhos pra fazer mesmo? Eu vi que você todo dia depois de arrumar a casa, você sentava na computador e ficava lá estudando por horas, às vezes até perdia seu horário de ir pra cama.

– É, você não tem muito trabalho pra fazer daqui pra frente. – Falo preparando dois sanduíches. – Você quer minha ajuda?

– Com certeza, isso seria de grande utilidade.

– Tudo bem. Então... Você vai segunda pra escola?

– Vou sim, faltei demais nessa semana.

– Tudo bem, suas faltas foram justificadas pelo Trevis.

– O que ele disse sobre mim?! – Ele aumenta sua voz com um pouco de raiva, o que se torna algo engraçado e ao mesmo tempo fofo assim como sua forma de lobo, ele não sabe demonstrar raiva sem que fique fofo.

Não seguro e começo a dá risada já me aproximando da mesa com os sanduíches, o que aumenta sua fúria/fofura.

Quando eu coloco os sanduíches em cima da mesa, ele avança em cima de mim, me derrubando no chão da cozinha, ele fala entre rosnados:

– Pára de rir! O que ele falou de mim pra vocês?!

– Na-Nada demais, ele disse que você não estava indo pra escola por motivos pessoais.

Ele sai de cima de mim e volta pra cadeira e enquanto eu me levanto, ele fala:

– Desculpa por isso.

– Você realmente tem que controlar esse seu lado estressadinho, você ia me machucando.

– Eu já lhe pedi desculpas! – Vejo seus olhos brilharem, pequenas lágrimas se formam no canto dos seus olhos.

– Ei, calma, eu não quis ofender ou te irritar, você realmente tem força mas não entendo porque você leva tudo tão a sério, tem que controlar isso aí.

– Eu vou tentar... Me desculpe Daniel por isso, prometo me controlar da próxima vez! – Ele enxuga os resquícios de lágrimas aparentes em seus olhos.

– Você tem que controlar isso... Mesmo que seja fofo sua expressão irritada... – Sussurro a última frase.

– O quê?

– Nada não. Enfim, vamos comer. – Acabo de perceber a burrada que cometi e tento mudar assunto.

Começamos a comer os sanduíches conversando sobre os trabalhos escolares, acabamos e ele se voluntaria para me ajudar a arrumar a casa.

– Não precisa, minha mãe deixou tudo feito já pra me poder descansar mais.

– Ah, então deixa que eu lavo os pratos da janta mais tarde.

– Tão eficiente, tô começando a gostar mais de sua presença aqui em casa.

– Só por que eu vou lavar os pratos?

– Não... Ter companhia é bom sabia?

– Ser sincero de vez em quando também, sabia?

– Mas eu tô sendo sincero, gostei da sua companhia. – Dou um sorriso falso.

– Eu sei que você não gosta de lavar louças, você não me engana.

– Quê?! Como?... Ah... Tá bom, eu desisto.

Subimos pro meu quarto novamente continuando a conversa sobre os trabalhos e eu começo a explicar a ele sobre os trabalhos, atividades e seminários que tem que fazer, empresto meu caderno pra ele para que possa absorver conteúdo.

Depois de horas ajudando-o a se organizar nos trabalhos e fazer com que ele consiga entrar nos meus grupos de seminário, acabamos cansados e decidimos ir dormir mas então aí que surge uma dúvida e a pergunta que não quer calar:

Onde ele vai dormir?

Continua...

Obrigado por ler!

Deixem nos comentários onde vocês querem que o Manoel durma, hihi.

Curtam, votem e comentem, seus comentários me ajudam bastante, até o próximo capítulo!

Amor Proíbido (Escrevendo)Onde histórias criam vida. Descubra agora