Medusa

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Wammy's House – Winchester, Inglaterra - 06/02/2004 – 01:46

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Near, ainda parado, apenas observava Mello trancar a porta atrás dele.

- Mello, o que está fazendo? – Falava Near, tentando alcançar a maçaneta quando foi impedido pelo loiro, que agarrou fortemente o seu pulso – Eii... – Reclamou.

- Cala a boca seu desgraçado! – Murmurava Mello só que devido à quantidade de álcool no sangue saiu algo como "Cam... boc... s-se.. de.gr..tado..." – Você vai ter o que merece! – Completou o loiro, arrastando o garoto até a cama e o jogando lá.

- Argh... Mello, vai embora. Por favor, você não está bem! – Falava Near, tentando se recompor do baque com o colchão. – Vai embora. – Completou enquanto estava de joelhos na cama tentando segurar o loiro, em vão. Mello era bem mais forte.

- Não! – Dizia enquanto subia na cama ficando totalmente em cima do mais novo. – Não mesmo! Não vou – falava enquanto tentava segurar com uma mão os pulsos do garoto acima de sua cabeça e com outra apertando seu pescoço - parar agora, não vou! – Terminou de colocar o resto do tronco de Near entre as suas pernas, impossibilitando qualquer movimento.

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Near's POV On

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Eu tentava soltar meu pulso da mão de Mello mas quanto mais eu tentava mais ele pressionava a outra mão em meu pescoço, sufocando-me. Não conseguia mexer minhas pernas; estavam imobilizadas pelo tronco dele. Eu sabia que Mello era bem mais forte do que eu, então mesmo eu forçando não ia conseguir tirar meu braço e o fato dele está me sufocando também não ajudava.

- Mello... Eu nã... - Tentava com o resto de ar que ainda tinha em meus pulmões formular uma frase. Nunca pensei que seria tão díficil. – Cof... cof... – Comecei a tossir, não conseguia respirar direito. Só queria que Mello parasse e voltasse para a escuridão de onde ele saiu.

- Pare de lutar então! Se parar, eu deixo você respirar hahaha. – Ele ria ao final da frase, apenas para completar o meu sofrimento naquele momento. Mesmo sem respirar direito, eu não parava de tentar sair de baixo dele ou pelo menos libertar nem que fosse um dos meus braços. Não ia parar de lutar, pois sabia que se fizesse, Mello faria pior.

- Não... – Foi tudo o que conseguir dizer antes dele apertar com ainda mais força o meu pescoço, tirando-me totalmente o ar. – Cof.. cof... – Tossi com ainda mais intensidade.

- Para de lutar! Seu... humpf. – Mello afrouxou a mão que circundava meu pescoço.

Não perdi a oportunidade e suguei todo ar que pude, como se fosse a primeira vez que sentisse o oxigênio em meus pulmões. Não deixei de estranhar o porquê de ele ter me deixado respirar. Depois de ficar uns minutos saboreando o maravilhoso ar a minha volta, olhei para Mello. Não havia expressão, apenas me observava enquanto meu peito subia e descia numa velocidade rápida.

- Que bom que já terminou de respirar. – Ele falou com tanta calma que isso até me assustou de início, me olhando quase como pudesse me dilacerar com um olhar.

Ao término dessas palavras, fechei meus olhos esperando que ele voltasse a me enforcar, mas não. Ele fez algo diferente. Ele me beijou e começou a fazer isso muito rápido, numa velocidade que eu não conseguia acompanhar.

- Hm! – Ele começou a me beijar e sem parar. Sua outra mão livre ficou parada entre nossos peitos, esquecida enquanto que com a outra ele ainda segurava meus pulsos, que já estavam começando a doer devido a força que ele aplicava ali.

Near, Abra Seus OlhosOnde histórias criam vida. Descubra agora