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Ana

Se tinha uma coisa que eu odiava era amendoim, e assim que entrei na cozinha tinha um cheiro forte de amendoim. Tampei meu nariz e peguei minha bolsa, quando eu estava de saída, ouço a voz de Suzan me chamando.

"Oi". Digo tentando ser rápida.

"Já vai?".

"Sim, preciso falar com algumas pessoas hoje para o evento". E esse evento quase não me deixava dormir, era daqui a duas semanas, e o tudo o que tinha preparado não parecia ser bom o suficiente para a empresa do Nate, droga, eu ia acabar perdendo essa oportunidade.

"Então leva esse sanduíche com pasta de amendoim". Ela sorriu tão acolhedora, que eu não tive coragem de dizer que eu detesto amendoim.

"Obrigada". Peguei o pequeno depósito com o sanduíche e sai do apartamento, minha saia preta estava subindo direto, que por acaso eu tinha me esquecido que isso acontecia quando eu vestia saias coladas, às vezes, só às vezes eu detestava ter coxas grossas. Pedi um táxi e segui para a empresa, quando desci tinha alguns jornalistas na porta.

Droga, eu tinha esquecido disso, para Nova York eu estava namorando o renomado Nathaniel Connelly. Coloquei meus óculos escuros e tentei manter meu cabelo no lugar, estava ventando muitos esses últimos dias.

"Srta. Rivera!". Alguns gritavam meu nome e eu tentava, não escutar.

"É verdade então que você está em um relacionamento com o Nathaniel Connelly?". Eu acho que ouvir essa pergunta saindo de cinco bocas. Entrei na empresa e segui direto para o elevador. Marie estava dentro com uma pilha de papéis.

"Bom dia, Srta. Rivera"

"Bom dia". Peguei meu celular e vi que tinha algumas mensagens da minha mãe, quando vi a primeira quase que eu infarto ali mesmo.

"Quer dizer que você está namorando, e nem para me contar!".

Ótimo, até minha mãe já está sabendo, e ela mora no Brasil! Fiz uma nota mental para me lembrar de ligar pra ela.
Sai do elevador indo direto para a sala do Nate, Laura estava em sua mesa e olhava para o computador distraída, bati com a mão na mesa dela e ela se assustou, tentei não rir, mas falhei.

"Bom dia Laura". Digo.

"Bom dia Srta. Rivera". Ela diz ajeitando os óculos. A fofura dela me faz querer adotar ela. Bati na porta dele três vezes e nada, olhei para Laura e ela deu de ombros, cadê esse homem? Abri uma brecha da porta e vi ele com a cabeça deitada em cima da mesa, ele estava dormindo! O homem grande e forte parecia frágil deitado daquela maneira, e estava tão lindo, o paletó estava jogado na cadeira, e a gravata dele estava frouxa, não gostei da forma como eu me sentia ao vê-lo ali, dormindo, despreocupado. Não, Ana! De forma alguma! Você não pode sentir mais nada por ele, já foi difícil da última vez, meu subconsciente tentava me dizer.

"Nate". Chamei. Ele nem se mexeu.

"Nathaniel". Cutuquei ele com uma caneta, desisti da caneta e o passei minha unha pintada de um vinho forte na bochecha dele. Nada. Parei examinando o escritório dele... isso!

"Droga, o que vamos fazer? A Allie se meteu em confusão de novo!". Nate levantou a cabeça rápido demais. Nate sempre se preocupou muito com a irmã.

"O que foi que ela fez agora?". Ri alto, reparei que ele estava com um lápis no cabelo e um pedacinho de papel na testa.

"Ana!". Ele brigou comigo.

"Você tinha que ver a sua cara! Droga, foi um erro não ter gravado". Ri mais alto ainda, ele se levantou e foi até o pequeno banheiro que tinha alí, quando saiu o rosto estava lavado e a gravata ajeitada, ele caminhou até a porta e chamou pela a Laura.

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