Ana
Minhas botas não fazem barulhos, e amo isso. Caminho lentamente indo em direção a um apartamento no sexto andar. Sair de casa sem Kaleb perceber foi muito fácil já que ele começou a namorar e estava com a namorada. Agora Allie..
"E se ele não estiver sozinho?". Ela me pergunta. Dizer pra ela ficar em casa foi impossível. E agora estamos aqui vestidas de preto, botas e cabelos amarrados.
"Aí a gente mata quem estiver com ele". Ela arregala os olhos mas não me para. Paro de frente para a porta do apartamento. Vamos ver Romero, o que temos aqui. Toco a campanha, e um senhor de idade abre.
"Pois não?".
"Sr. Bittencourt está?". Pergunto com meu sorriso mais inocente.
"Não, ele acabou de sair". Minha barriga revira com a possibilidade dele está um passo a minha frente.
"Sabe me dizer para onde ele foi?". Ele balançou a cabeça. Olho para Allie.
"Ok, obrigada". Saio dali antes que eu entre em pânico, minha mãe está bem, minha mãe está bem, repito para ver se eu acredito.
"Talvez ele só tenha saído para jantar". Allie tenta me confortar, olho em meu relógio, são 22 horas. Caminho rápido até o carro alugado, sair pra jantar uma ova. Allie me acompanha. Ultrapasso vários carros para chegar até minha antiga casa.
Um homem saiu de dentro dela correndo, não estaciono direito e sigo atrás dele.
"Não, Ana, vai ver sua mãe, eu vou atrás dele". Allie diz já pegando sua arma.
Assentir, e corri para dentro de casa. Me atrapalho com a porta, encontro minha mãe no chão, ela levou um tiro em sua barriga.
"Mãe!". Ela mexe devagar sua cabeça, ela ainda está viva! Graças a Deus. Pego meu celular com as mãos trêmulas e ligo para a ambulância. Como estou nervosa demorou um pouco para a moça me entender, já que confundi o idioma todo. Maldição! Depois de me certificar que a ambulância venha rápido ligo para meu pai.
"Ana o que foi?". A voz dele no telefone me acalma um pouco.
"Mamãe levou um tiro".
"O quê?!". Isso é tudo o que escuto antes da chamada se encerrar, olho para minha mãe que ainda está tentando ficar acordada. As lágrimas molham o meu rosto.
"Ana". A voz dela já está fraca e isso acaba com as minhas esperanças.
"Não fala nada mãe, você vai se cansar". Não sei como ainda estou conseguindo falar.
"Eu sei". Ela diz em meio aos tropeços.
"Que ótimo, agora fique quieta até a ambulância chegar". Minha cabeça deu um branco, como faço para ajudá-la? Minhas mãos estão tremendo muito.
"Não, minha filha, eu sei". Olho para ele tentando entender.
"Eu sei que você não parou, que continuou com essa vida na máfia". Meu choro aumenta quando vejo mais sangue.
"Mãe…". Começo.
"Tá tudo bem Ana, eu entendo". Fico olhando para ela, a mulher que esteve do meu lado em todas as circunstâncias, que me apoiou em todas as minhas loucuras, ela não pode morrer.
A sirene a ambulância me anima, e a porta é aberta. Meu pai entra e fica pálido ao ver minha mãe no chão. O que aconteceu depois, aconteceu em meio aos borrões, minha mãe foi levada ao hospital, fez uma cirurgia de emergência mas está bem.
Allie chegou depois com a jaqueta fechada e quando abriu, vi sangue manchando sua blusa branca, ela matou o soldado do Romero. E quanto a Romero ele votou para Las Vegas, desgraçado! Não importa, eu vou encontrá-lo, ou melhor meu pai vai. Ele fez questão de dizer que vai atrás dele, não importa se poderá haver briga entre a família Cassani e os Bittencourt.
Logan já disse que apoia a família Cassani, então com certeza a família Connelly entrará na briga. Allie já contou para o grupo, recebi várias mensagens de apoio, até mesmo do Nate. Queria que ele estivesse aqui, queria seu abraço casa e queria ouvir a voz dele. Vou contra tudo e ligo para ele, Nate atende no segundo toque.
"Oi". A voz dele está estranha, sinto um aperto no peito com a possibilidade dele está com raiva de mim, e não posso culpá-lo. Tento não chorar.
"Ana você está bem?". Ele me pergunta depois de um tempo.
"Estou". Mentira e mais mentiras.
"Como está sua mãe?".
"Está bem". Essa é a conversa mais estranha que já tive.
"Como estão as coisas por aí?". Decido perguntar.
"Estão bem, Logan me deu uma folga, parece que não sou um bom consigliere no momento". A culpa me corrói, Nate é um ótimo consigliere.
"Sinto muito". É tudo o que digo antes de desligar a chamada. Afasto as lágrimas e sigo para o quarto da minha mãe.
Entro no quarto da minha mãe horas depois, ainda não fui trocar de roupa, e muito menos retirei minha arma da minha cintura. Ela está deitada na cama dormindo, o rosto ainda pálido e um reflexo cansado. A mãe, eu não sei o que eu teria feito se tivesse perdido você.
"Vai ficar me olhando ou vai se aproximar?". Há uma pitada de humor em sua voz e isso me fez sorrir.
"Pensei que estivesse dormindo". Me aproximo sentando na cadeira ao seu lado. Ela estala a língua.
"Passei horas dormindo, estou cansada de dormir, quero ir pra casa". Claro que quer, ela não gosta de se sentir impotente, ela gosta de trabalhar então está deitada nessa cama deve está fazendo ela arrancar os cabelos.
"Tem que descansar, você levou um tiro".
"Tiro no qual já estou me recuperando, não faz mais sentindo eu está aqui". Ela diz emburrada.
"Mãe". Repreendo.
"Seu pai vai atrás do Romero". Ela diz com um olhar triste.
"Eu sei".
"Ele vai se machucar, não é?". Há uma certa preocupação no tom de voz dela?
"Vai dá tudo certo, e se der algo errado, eu mesmo acabo com a vida do Romero". Ela arregala os olhos.
"Não sei porque achei que você não iria para esse mundo, quando você tinha 8 anos vestiu sua boneca toda de preto e disse que ela era uma agente". Ela diz.
"Eu me lembro disso". Eu ainda lembro do olhar orgulhoso do meu pai quando pedi pela primeira vez a ele para ver filmes de ação.
"E o Nate?". Por que insistem em me lembrar? Sinto falta dele, minha mãe nota meu olhar e me olha preocupada.
"Vai atrás da sua felicidade". Não é a primeira vez que ela me diz isso, e tenho certeza que não será a última. Não sei quanto tempo passamos conversando.
Eu ia falar mais alguma coisa quando Allie entrou no quarto desesperada com meu pai e Kaleb atrás dela.
"O que houve?". Pergunto. Será que aconteceu alguma coisa com o Nate?
"Ada e Nate foram sequestrados". Meu coração para por um segundo, olho para Allie esperando ser algum tipo de brincadeira, mas não é, Allie começa a soluçar e amparada pelo o meu pai.
"Já liguei para meu piloto, vocês vão voltar para Nova York daqui a duas horas". Nate está bem, ele tinha que está bem. E Ada, ai meu Deus.
O negócio vai pegar fogo!
Sequestraram Nate e Ada, posso apostar que tem dedo do Zafer nisso.
O povo acha que Rivera é uma pessoa fraca skskskks coitados
Espero que tenham gostado
Até. Bjs. Ana
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Uma oferta inesquecível
RomanceLivro 1 da série "Um grupo em Nova York" Já imaginou perder o emprego e se vê sem um lugar para morar? Ana perdeu o emprego e no mesmo dia soube que teria que se mudar, já que sua melhor amiga iria morar com o namorado, o azar estava batendo na port...