25

18K 1.4K 227
                                    


Nate

Fico observando a cidade enquanto Joseph fala e fala, esse homem não cala a boca mais?
As pessoas na rua passam apressadas, há mais táxi do que carros próprios, ah Nova York.

"Temos que aumentar o lucro da empresa". Me conte uma novidade, não o que eu já sei.

"Acho que devemos cortar laços com a Allure". Me viro de imediato para o velho homem na minha frente.

"O que disse?". Todos na empresa sabem o quanto essas alianças com as empresas dos meus amigos é importante, não só pela a amizade, mas porque são as melhores da cidade. Principalmente a Allure que é considerada a melhor agência de eventos de Nova York.

"Senhor, devíamos ter nos unido a Star, é uma empresa séria". Encaro o homem na minha frente.

"Escute bem, Joseph, eu não me importo se sua mulher trabalha naquela agência medíocre, para falar a verdade eu nem ligo". Joseph ajeita a gravata.

"Então não venha me dizer o que tenho e o que não tenho que fazer na minha empresa". Digo com a minha voz calma.

"Me desculpe senhor". Ele saiu da sala mais rápido que a Ana quando ver filmes de terror. Falando em filmes… Tenho uma reunião daqui a duas horas, posso passar esse tempo assistindo um filme.

Esse filme deveria ganhar um prêmio, mas ao mesmo tempo não. Quase em todo filme dele, há uma história do passado diferente e isso é um saco.

Escuto alguém batendo na porta e mando entrar. Observo a mulher que amo entrar na minha sala, Ana usando esse conjunto é extremamente perfeita.

"Olá". O sorriso some do rosto dela ao ver o que estou assistindo. Ela parece que paralisou no lugar.

"Ana". Chamo, mas ela não me escuta porque ainda está parada com um olhar de medo para a televisão.

"Ana!".

"Eu vou embora, volto mais tarde". Ela diz se virando para ir embora, me levanto depresa, puxo ela pelo braço fazendo com que ela me abrace.

"Ei o que foi?". Pergunto, mas aí me dou conta de algo. Ana tem medo de boneco!

"Pensei que tivesse perdido esse medo". Digo passando a mão em seu cabelo.

"Eu também". Ela me diz.

Allie me contou uma certa vez que Ana quando criança assistia muitos filmes de terror, mas que hoje ela não consegue mais e principalmente esse em questão.

"Eu não sabia que você viria". Levanto o queixo dela e lhe beijo.

"Tanto filmes por aí, você vai assistir boneco assassino". Ela diz batendo de brincadeira no meu ombro.

"Esse boneco tem nome meu amor". Digo e ela faz careta.

"Não gosto nem de falar". Acabo rindo dela.

"O que veio fazer aqui?".

"Amélia ainda está na agência, tô evitando ela". Como evitar a minha "tia" em cinco passos com Ana Rivera, penso comigo mesmo.

"Pensei que ela já tivesse saído". Ana bufou.

"Aquela mulher quer é infernizar minha vida isso sim, não tá tendo sucesso". Ela diz se sentando na minha cadeira.

"A mulher tá grávida". Digo me sentando na borda da mesa. Mas grávida ou não, Amélia não dá sossego.

"E? Ela tá grávida mas não muda a cobra que ela é". Impossível, Ana é uma mulher impossível. Mando entrar quando escuto a porta.

Uma oferta inesquecívelOnde histórias criam vida. Descubra agora