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Ana

Quando eu tinha 15 anos, caí em frente da escola toda, mas não fiquei totalmente envergonhada, me levantei e comecei a rir junto com os outros, mas agora sim, eu estava envergonhada! Descer do carro ao lado do chefe, que inclusive teve uma noite maravilhosa com ele ontem, não ajuda muito.

Nate pegou na minha mão, e entramos juntos na empresa, ele ainda não tinha tirado os óculos escuros, então também não tirei, ele estava lindo, com o terno sem a gravata, parecia até com um bom humor. Não que eu estivesse com medo de que ele fingisse que a noite de ontem nunca aconteceu, imagine.

"Quero todos os contratos na minha mesa, vou analisar melhor aquele da França" Ele falou para uma Laura de cabeça abaixada, ela assentiu, mas tinha algo de errado. Nate percebeu e bateu na mesa.

"Laura!". Ela levantou a cabeça e notei os olhos inchados e vermelhos de tanto chorar.

"Laura..". Falei baixinho.

"Venha até minha sala". Ao entrar no escritório dele, deixei minha bolsa em cima do sofá. Laura entrou de cabeça baixa, a franja estava bagunçada. O que aconteceu em seguir eu nunca teria imaginado em toda a minha vida, Nate a puxou e abraçou. Pisquei confusa.

"O que ele fez agora Laura?". Perguntou passando a mão pelo o cabelo dela.

"Me disse que eu era sem graça". Sem graça? Laura é linda! O cabelo curto com franja deixava ela fofa, e estava sempre usando cores neutras, parecia um costume.

"Ele disse que arranjou uma mulher linda e sexy". Porra, isso é uma coisa que nenhuma mulher que ouvir, Nate a soltou e me aproximei, abracei tambem.

"Não chore anjo, homens idiotas só fazem coisas idiotas". Arrumei a franja dela, Laura forçou um sorriso fraco.

"Hoje à noite, eu e meus amigos vamos nos reunir, quero que vá também". Digo e Nate assentiu.

"Eu?"

"Sim"
.
"Mas Ana, eu não faço parte do ciclo social de vocês". Olhei para ela, a gente nunca ligou para classe social, Adam completamente saiu vestido de chapeuzinho vermelho no carnaval no Brasil. As notícias no dia seguinte eram as melhores.

"Não repita isso novamente ok?". Laura balançou a cabeça.

"Ótimo, você vai com a gente hoje, não aceito não como resposta". Falo quando ela tenta rejeitar o convite.

"Tá bom, Ana". Laura saiu da sala um pouco melhor depois de lavar o rosto no banheiro do escritório.

"Você fica bem dando ordens". Nate diz me avaliando.

"Claro". Dei de ombros brincando, ele riu balançando a cabeça.

"Então, o que temos?". Retirei os papéis da pasta com o projeto da festa e os entreguei. O silêncio a seguir quase me mata, Nate analisou cada folha sem mostrar nenhuma reação até uma batida na porta, que me assustou.

"Mais que merda!". Me afastei indo até a porta, Marie olhou pra mim e seu sorriso sumiu.

"Bom dia Srta. Rivera".

"Bom dia". Passei para o lado deixando que ela entrasse.

"Sr. Connelly?". Nate levantou a cabeça das folhas analisando a mulher.

"O que é?".

"O Sr. Fabrício pediu que você analisasse o contrato do evento do mês que vêm". Nate suspirou.

"Qual evento?".

"O da Itália senhor". Ele passou a mão pelo o cabelo.

"Ok, entregue a Ana". Como é que é?

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