Ana
Mantenho a calma e mexo em meu cabelo. Retoco o meu batom vermelho enquanto estou no carro, Nate continua dirigindo tranquilo, mas sinto que ele quer falar alguma coisa. Continuo fazendo o que sei fazer de melhor, fingir. Enquanto eu lia e chorava e colocava a culpa de chorar no livro, percebi que me apaixonei por ele! Novamente. É isso, quando eu não estou fazendo burradas por aí, estou sendo burra comigo mesma.
"O pessoal já está aí". Ele aponta para o nosso pequeno grupo perto do jatinho. Quando ele para, desço rápido e sigo até nossos amigos. Allie não espera me aproximar e corre até mim me abraçando forte.
"Ana, você não atendeu as minhas ligações". De fato, na verdade, desliguei meu celular para poder ler em paz e quando me dei conta já estava de noite. Então fui me preparar para a viagem de hoje.
"Passei o dia todo lendo no meu quarto".
"Não me preocupa novamente, só fui dormir tranquila quando liguei para a Suzan e ela me disse que você não saiu de casa". Claro, era domingo.
"Vamos para a Turquia!". Adam gritou pondo os óculos escuros.
"Isso!". Ada bate a mão com a do Adam. Estou ansiosa para conhecer o lugar onde Ada nasceu.
"Espero ver onde Ada nasceu!". Jade gritou já subindo no jatinho.
A viagem foi tranquila, conversamos sobre coisas aleatórias. Nate até dormiu um pouco, fiquei observando ele por alguns minutos já que ele estava na minha frente. Até que Allie vai ao banheiro e Fitz se aproxima de mim.
"O quê?". Pergunto quando ele fica observando a porta do banheiro. Ele mexe no Nate dormindo só pra tirar algo de um bolso do paletó, observo a caixinha vermelha. Ai meu Deus.
"Anthony!". Pego a caixinha quando ele me entrega, o anel dourado com um pequeno diamante, simples, não muito exagerado.
"É a cara da Allie". Fitz sorrir quando digo isso e ainda faz um movimento de "Isso!".
"Fiquei com medo de ter errado o gosto dela". Ele fala isso com um brilho no olhar, ele a ama muito isso eu tenho certeza.
"Ela vai amar, pretende pedir em Istambul?".
"Sim, esse é o plano, deixei o anel com o Nate para ela não desconfiar". Escuto a porta do banheiro se abrir e Fitz também ouviu porque correu para guardar o anel de volta no paletó do Nate. Allie volta toda sorridente e Fitz fingi me mostrar algo em seu celular.
"Vamos meu bem saia". Ela faz movimento para que ele saia do meu lado.
"É assim é, tá vendo Rivera como ela me trata?". Acho graça quando ele faz biquinho. Fitz sai de perto de mim indo em direção ao Nick que jogava damas com a Jade.
"Ana, meu anjo". Quando ela começa com isso...
"Sabe, eu que cuidei dos quartos no hotel". Ah não.
"Por quê será que eu acho que não vou gostar disso?". Ironizo olhando para ela que tem um sorriso maior que o rosto.
"Pode confiar".
"Allie, meu anjo, quando estávamos em São Paulo, você me dizia essa mesma frase, e sempre acabamos separando uma briga ou estando dentro de uma". Digo. Dividimos um quarto em uma República por um ano, aluguel barato era o ponto forte, Allie não queria depender sempre dos pais e muito menos do irmão.
Até que um dia ela simplesmente jogou tudo pro alto e disse "Vamos para um apartamento melhor". Isso depois de faltar água, por um dia! Imagine se fosse dois? Acredito que isso foi só uma desculpa, porque ela não sairia de um lugar por causa de uma falta d 'água, só uma. Ela já estava querendo se mudar, então só acompanhei, fazendo questão de ajudar, mas Fabíola quase me matou quando eu disse isso, então deixei pra lá.
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Uma oferta inesquecível
RomanceLivro 1 da série "Um grupo em Nova York" Já imaginou perder o emprego e se vê sem um lugar para morar? Ana perdeu o emprego e no mesmo dia soube que teria que se mudar, já que sua melhor amiga iria morar com o namorado, o azar estava batendo na port...