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O beijo dele foi se aprofundando e ficando mais feroz, ele me puxava para mais perto dele como se fosse uma necessidade de ter aquilo, se fosse por sua própria vontade só parariamos aquilo amanhã, mas me afastei dele.

Com dificuldade, mas consegui me soltar do seu beijo.

Por que tá agindo assim comigo?- Abaixo minha cabeça, confusa.

Por que eu gosto de você- Ele levanta minha cabeça tocando no meu queixo- Eu tenho que ir embora agora, mas passo pra te ver quando poder- Ele me dá um selinho.

Depois disso nós despedimos e ele desceu a montanha, eu vou para dentro de casa esquecendo o que acabou de acontecer, eu não quero ficar pensando em algo que me fará mal, deito e durmo logo.

Ponho minha capa de uma cor que não consigo identificar no momento.

Pego uma cestinha que eu sei de algum modo que a doces, paro na varanda da minha nova casa e como sempre, não tem como ver nada abaixo por causa da neblina.

Eu começo a subir a montanha da minha casa deixando ela para trás, após subir muito percebo que não consigo nem mais vê-la pois a neblina já tomou posse.

Percebo que estou deixando marcas por onde passo graças ao tanto de neve que se encontra no chão.

Chego na frente de uma caverna muito escura e ponho o cesto de doces na sua entrada, olho para trás onde consigo me ver, e ponho meu capuz vermelho, sumindo.

Acordo graças ao meu desaparecimento repentino no sonho que me deu um susto não entendo o porque, minha vó entra no quarto com uma vestido azul claro e branco em mãos.

Levante querida, preciso que você fassa uma favor para mim- Ela diz colocando a roupa na cama- Tome um banho rápido.

Me levanto já que não tem outro jeito, vou no banheiro e tomo meu banho, aquele dia frio me fez correr para o quarto para me vestir rápido, quando visto o vestido de mangas longas, graças a Deus, sinto falta da minha capa preta que estraguei.

Vovó- A chamo saindo do quarto- Cadê minha capa branca?

Está aqui querida- Ela não tira os olhos de tricô- Por que não vai com a que Benjamim te deu?

Como sabe que o príncipe Benjamim me deu algo?- Cruzo os braços surpresa- E como sabes que é uma capa, e porque o chamas de Benjamim, sem formalidade alguma?

Por que sim- Ela diz firme sem me olhar.

Está me vigiando vovó?- Arregalo os olhos esperando uma resposta.

Vá logo, quando você chegar quero lhe contar algo- Ela diz indiferente.

Estralo a língua mostrando minha insatisfação, vou em direção ao pacote que Benjamim me deu ontem, e não há nem um sinal de violação em seu pacote.

Como ela sabe, se nem o abriu?

A olho enquanto abro o pacote, já suspeitando que ela esteja errada, quando termino de abrir todo o pacote já vejo a cor vermelha igual sangue tomar conta da minha atenção total, me levanto segurando a capa que não é nem maior nem menor que eu, do tamanho perfeito e da cor perfeita.

Vovó, que linda- Digo impressionada com ela.

Vista logo, eu quero ver como fica em você- Ela tira sua atenção do tricôr para me olhar.

Ponho ela e faço um laço, me olho no espelho percebendo que ficou perfeito.

Quando ele disse que escolheu a mais bonita da vitrine, ele não estava mentindo!

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