One Piece- Imagines

Fim - Roronoa Zoro.

Então aqui estamos nós para mais um capítulo triste.
"Autora você vai fazer um capítulo triste de cada Mugiwara?" É uma ótima ideia, obrigada, farei sim kkkkk.

Enfim, boa leitura e eu não pago a terapia de ninguém.

Tudo tem um começo, um meio e um fim.

Nada dura para sempre, nenhuma existência é eterna independente do que você faça, tudo uma hora acaba e temos que saber os nossos limites.

As limitações sempre mantiveram Zoro com os pés no chão. O de cabelos esverdeados não é um grande sonhador, seu sonhos são metas, fixas e bem construídas.

Ser o melhor espadachim do mundo era sua maior meta e dia após dia ele trabalhava para chegar lá. Passava horas treinando e praticando com um único objetivo, praticamente só vivendo para isso. Mesmo após se juntar aos chapéus de palha e colocar uma nova meta em sua vida, ajudar Luffy, seu capitão, a se tornar o rei dos piratas, seu principal objetivo continuava lá.

Mas algo o mudou, ou alguém.

Quando uma certa ladra entrou para a tripulação Roronoa se sentiu diferente pela primeira vez. Como se um novo começo tivesse se iniciado em sua vida. Ele ignorou e suprimiu o sentimento, obviamente.

Mas toda vez que garota sorria, sendo para ele ou não, algo dentro dele se estremecia. Era estranho, não de uma forma ruim, apesar de um tanto agonizante.

O de cabelos verdes não era burro ou lerdo, sabia o que era aquilo que sentia, mas preferia fingir que não. Amor não o faria realizar seus sonhos, amor o atrapalharia e seria um empecilho para todas as suas metas, o amor só ferraria com tudo.

Entretanto o amor nos deixa menos racionais e em uma noite de muita bebedeira, [Nome], que até o momento só parecia querer uma amizade sincera com o espadachim, declarou que sentia algo pelo homem e lhe roubou um selinho. Zoro não retribuiu, mesmo querendo muito, ficou apenas estático no convés do navio enquanto a garota ia para o seu quarto, tropeçando nas próprias pernas.

Na manhã seguinte ela não parecia lembrar do que aconteceu e se lembrou preferiu fingir que não. Seguiu tratando Zoro da mesma forma que antes, carinhosa da sua maneira, enchendo seu saco e atrapalhando seus treinos sempre que possível.

O problema foi que Roronoa não conseguiu seguir em frente. O homem conhecido por não expressar seus sentimentos bem havia virado uma confusão deles.

Certo, ele gostava dela, ela gostava dele, mas e agora? Tomava uma atitude? Deixava como estava? Ignorava tudo e reprimia seus sentimentos até eles morrerem? Mas e os sentimentos da garota?

Era tudo muito confuso, o amor é confuso.

Para a sorte deles, certas coisas estão escritas pelo destino e não importa o que eles façam, vai continuar escrito.

Quase um mês depois [Nome] e Zoro acabaram ficando juntos em uma "expedição" da ilha onde atracaram. E para a surpresa de ninguém, Zoro se perdeu, [Nome] tentou avisar que eles estavam indo para o lado errado, mas o orgulhoso espadachim não escutou.

O resultado? Os dois piratas perdidos em uma ilha desconhecida. Felizmente tinham a comida que Sanji havia preparado, então de fome não sofreriam.

Depois de Roronoa aceitar a derrota e que estava perdido, sentou em baixo de uma árvore com [Nome] protegidos do sol forte do clima de verão. Comeram, beberam - [Nome] havia furtado uma garrafa de Saquê da cozinha - e curtiram a companhia um do outro. Algum tempo depois a tripulação os achou e levou de volta ao barco.

Pareceu um dia perdido, mas pelo contrário, [Nome] e Zoro ficaram mais próximos graças ao incidente.

Tão próximos que a garota juntou toda coragem que tinha no seu corpo e questionou se o Roronoa tinha sentido algo após ela se declarar e o beijar. O de cabelos verdes foi pego de surpresa, não havia esquecido do acontecido, obviamente, mas havia jogado a informação para o fundo do seu ser e ignorado. Pela expressão do espadachim [Nome] entendeu sua resposta sem precisar de palavras, pegou os restos da sua dignidade e o pediu para esquecer tudo aquilo.

Mas Zoro não queria esquecer, queria, pelo menos uma vez, de deixar levar pelo sentimento. Então falou que também sentia algo por ela e beijou a garota. Por alguns segundos todo o mundo, passado e preocupações de ambos sumiram, era só ele e ela, um encaixe tão perfeito que não parecia real.

Esse foi o início do namoro dos piratas.

Desse dia em diante o relacionamento deles só melhorou. Os companheiros quando descobriram não poderiam ficar mais feliz, só Sanji que chorou por seu rival ter roubado o coração de [Nome], mas tirando isso, todos reagiram bem.

O namoro deles funcionou de uma maneira incrível, todos os dois felizes. Diferente do que Zoro achava, o amor só o deixou mais forte, não era uma distração, sim um combustível.

Tudo perfeito.

Pena que era o meio, não o fim.

Um final perfeito seria mais que bom, seria perfeito. Um amor perfeito, um namoro perfeito, com um final perfeito era pedir demais do destino, nada é perfeito.

O fim, infelizmente veio da forma mais sofrida que poderia vim para um pirata, a morte pela Marinha.

Encurralados por oficiais da marinha, sem ter como escapar [Nome] teve que fazer a escolha mais terrível da sua vida. Escolher entre si mesma e seus companheiros.

A conta era fácil, uma pessoa sem sonhos ou espectativas, contra todos que ela ama, seus amigos, sua família e o amor da sua vida. Então de prontidão [Nome] entregou sua vida pela as dos seus companheiros.

Zoro viu, não só viu como presenciou de camarote, impossibilitado de fazer qualquer coisa. Tudo que pode fazer foi escutar as suas três palavras favoritas, antes tão doces vindas da boca da amada "Eu te amo".

Ao ver o brilho sumindo dos olhos de [Nome] Zoro se sentiu o pior espadachim do mundo. Se sentiu longe de seus sonhos, objetivos e metas, sentiu que uma parte sua, talvez a melhor delas, tinha ido junto com a única garota que ele amou na vida.

Não houve se quer um adeus decente, o sofrimento era compartilhado por todos os Mugiwaras, todos haviam a perdido, mas principalmente pelo de cabelos verdes, que se permitiu chorar como nunca antes.

Um início belo, um meio incrível e um fim trágico.

Infelizmente algumas histórias acabam assim.