Amor proibido- Usopp.

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Esse capítulo tem uma vibe meio diferente, se passaria em uma época vitoriana, então teremos costumes como vestidos longos, casamento arranjado, títulos de nobreza etc.

Era pra ser um oneshot, mas a idéia é meio grande, então vai ser dividido em três capítulos, o segundo vai ser postado assim que possível.

Se vocês gostarem posso fazer mais parecido, é só pedirem.

[Nome] saiu do quarto procurando qualquer tipo de som que pudesse demonstrar que seus pais estavam em casa, mas ouviu apenas o som de passos e murmúrios que viriam dos criados.

- Onde estão meus pais, Hana? - Perguntou a garota para a governanta.

- Ah, Srta. [Nome], ambos os senhores saíram, a madame para um chá com outras damas da sociedade e milorde para uma reunião de negócios.

- Entendo, pode pedir para o cozinheiro fazer um lanche e trazer para mim no meu quarto?

- Claro senhorita. O mesmo de sempre, imagino.

- Com certeza, darei uma volta no jardim enquanto é preparado, pode deixar montado, comerei assim que voltar.

A governanta se curva levemente e sai apressada, enquanto [Nome] sai do casarão sem pressa alguma, andando com a coluna totalmente ereta e delicada, como uma futura dama da sociedade devia ser. Neste mesmo ano, daqui a uns meses, [Nome] completaria a idade em que seria considerada mulher e que teria que se casar, com algum homem que seu pai achasse digno para herdar o título de barão da família, já que sua mãe não conseguiu conceber um filho homem e mulheres não herdam título ou fortunas.

Um suspiro forte sai pelos lábios de [Nome], ela estava totalmente cansada de toda aquela história de não ser digna para herdar o título de baronesa sozinha, ter que se casar e ter filho com um homem, muito provavelmente anos mais velhos, que ela não amava e viver sempre tendo que obedece-lo, ser submissa a ele e fazer todas as suas vontades como uma boa dama fazia. Ela só queria apenas achar alguém que realmente amasse, não era contra a idéia de casar, ou ter filhos, mas fazer isso com um homem desconhecido a deixava enojada.

A garota andou até a árvore com sombra mais próxima e contra tudo que sua mãe lhe ensinou e reforçava todos os dias, a garota sentou no chão e retirou os sapatos, sentindo a grama nos pés. Mesmo ignorando a fala da sua mãe, conseguia ouvir a voz dela repetindo o quanto uma dama na sua idade já deveria agir como adulta para conquistar algum homem de posses e título.

- Sinceramente - A garota arrancou uma das flores que nascia no pé da árvore - Fale mais doce [Nome], não eleve o tom; borde melhor [Nome], como será quando você se casar e não souber o básico?; aja como uma dama respeitável [Nome], nenhum homem vai te querer assim; sorria mais [Nome], não tanto, não queremos que você pareça oferecida - tentando imitar, de forma totalmente falha, a voz de sua mãe, a senhorita da casa arranca mais das flores - Patético, tudo patético.

- Com licença senhorita - Uma voz masculina chama a atenção da garota que se assusta parando de arrancar as pobres flores - O jardineiro não ficará feliz ao ver a senhorita acabando com todo o trabalho dele.

- Ah sim, peço desculpas - [Nome] rapidamente se levanta, não queria ser pega em uma posição tão desonrosa - O senhor seria?

Olhando pela primeira vez [Nome] viu alguém novo, não se lembrava de ter visto tal trabalhador - sabia que era um criado pelas suas vestes - andando por aí em nenhum momento. Além de que, ele não só não a chamou pelo nome como brigou com ela, o que só reforçava que ele não sabia quem ela era, parecia... Fascinante.

- Usopp, o novo faz tudo da casa.

- Não sabia que haviam contratado alguém novo.

- Franky precisava de ajuda, ainda mais agora que a esposa teve um bebê. Robin ficou redonda enquanto estava buchuda, quase não conseguia trabalhar na biblioteca, porém o bebê deles é uma graça, então deve ter recompensado.

- Franky? Robin?

- O homem que faz quase todos os concertos da casa e sua esposa.

- Ah sim, o senhor ajuda só aqui pelo lado de fora? Nunca te vi lá dentro - [Nome] mordeu a própria língua logo após perguntar, não eram dúvidas ofensivas, mas não deveria estar falando tanto com um funcionário da casa.

- Só aqui fora, entrei apenas duas vezes para concertar coisas da cozinha, mas Sanji não gosta de ninguém na cozinha dele.

- Sanji?

- O cozinheiro! Não conhece?

Todos aqueles nomes eram novidade para a garota. Parando para pensar, não conhecia o nome da maioria da criadagem de sua casa, não era incomum, mas não deixava a garota totalmente satisfeita, ainda mais agora tendo que perguntar quem eram cada um.

- Existem muitos funcionários na casa.

- Realmente, é um casarão cheio, me perco em quem faz o que, mas os principais eu lembro. Nunca vi a senhorita por aqui, é uma empregada? Ou acompanhante da senhorita da casa?

[Nome] segurou uma risada alta, mas a tentativa foi falha, sons estranhos saíram de sua boca. O faz tudo em sua frente pensava que ela era uma serva, óbvio que sua roupa atual era mais simples que normal e seu cabelo estava totalmente solto, mas estava tão irreconhecível assim?

- Algo assim.

- Entendo, a Senhorita da casa quase nunca sai, acho que nunca a vi e o único quadro que tem na casa ela era criança, então é difícil dizer como está a aparência dela atual.

- Ela não mudou quase nada, posso te garantir.

- Sabe por quê ela não sai muito?

- A senhorita não tem interesse no mundo exterior, aparentemente. Por isso prefere as aventuras dos livros e o conforto de seu quarto.

- Que dama interessante.

- Deveras.

- Senhorita, seu lanche já está servido no seu quarto - A voz de uma empregada soa atrás dos jovens.

- Já estou indo, obrigada m

- Senhorita?

- A senhorita da casa - [Nome] fala com a voz risonha.

- A-A... - A cor sumiu do rosto de Usopp.

[Nome] se divertiu muito com a expressão de choque do homem, poderia passar horas admirando, mas já havia ficado muito tempo do lado de volta.

- Espero te encontrar novamente senhor Usopp.

[Nome] pegou seu sapato com uma mão e fez um leve comprimento ao homem, ainda em choque. Então andou a caminho da sua casa feliz, havia se divertido como a muito tempo não conseguia.

A tarde se passou um pouco mais rapidamente que o normal, [Nome] comeu o lanche enquanto observava a janela, havia reparado pela primeira como tinha uma visão geral do jardim e uma vez ou outra via o faz tudo passando rapidamente.

Agora conseguia pensar sobre seus traços, ele era um homem bonito, não uma beleza convencional que a maioria acharia bonito, mas uma beleza que encantava a garota de certa forma. Porém não podia pensar muito sobre, era apenas um criado, não poderia se encantar por ele ou se apaixonar de forma alguma.

A porta do quarto da garota é aberta rapidamente, fazendo um barulho estranho e a figura de seu pai aparece entrando com um sorriso vitorioso no rosto.

- Achei o noivo perfeito para você minha filha!

- Perdão?

O dia que havia sido bom e divertido havia acabado de virar um pesadelo estranho.

O dia que havia sido bom e divertido havia acabado de virar um pesadelo estranho

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