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𝙏𝙝𝙚 𝘿𝙖𝙧𝙠𝙨𝙞𝙙𝙚

𝐑𝐮𝐠𝐠𝐞𝐫𝐨

Entro na minha sala indo até a minha cadeira deixando meu blazer preto no sofá começando a trabalhar com atenção mas,com um pouco de pressa.

Depois da mensagem dela mais cedo eu comecei a criar vários tipos de paranoias na minha cabeça.

Porra,eu pensei em gravidez Deus.

Se ela estiver...não,não ela não está né?ou está?

Não...ela não...porra.

E se ela estiver realmente grávida?puta merda.

Eu não estou pronto para ser pai não.

Encosto minhas costas na cadeira melhor abrindo alguns—muitos—botões da minha camisa,caralho deu até calor aqui agora.

Volto a trabalhar tentando me concentrar porém,mas perguntas vieram na minha cabeça sobre essa tal conversa.

Eu ainda sinto e sei muito bem que ela está me escondendo algo, por isso,eu resolvi investigar um pouco a vida dela.

Não era coisas absurdas,era só sobre a sua família, porém, eu achei muita coisa.

Eu ainda não tinha lido nada sobre,eu estava esperando o momento certo para isso quando eu estivesse com a cabeça muito cheia iria ler.

Bom...acho que agora é o momento.

Faz um mês e meio que pedi para um detetive fazer tal serviço,mas me sentir um pouco culpado por fazer isso pela as costas dela.

Mas,a curiosidade ganhou de mim quando chegou e fiz de tudo para esconder o máximo que conseguia.

Ela até viu a pasta mas,eu disse que era algo da empresa,foi horrível mentir pra ela mas pelo menos acreditou.

Coço a garganta abrindo a pasta vendo a primeira na parte de cima.

Franzo o cenho lendo seu nome ou melhor seu sobre nome.

Karol 𝗦𝗲𝘃𝗶𝗹𝗹𝗮 Cisneros.

Sevilla...

Talvez...seja coincidência,uma coincidência bem estranha.

Karol Sevilla Cisneros,vinte dois anos,filha de Mônica Cisneros e Miguel Sevilla,nascida no México.

Me levanto da cadeira andando pela a sala tendo aqueles papéis em mão os lendo algumas informações,que sinceramente,não eram importantes.

Bom,eu pensava que não era importante até passar pela a próxima página,abro a boca me sentando no sofá passando meus olhos pela as palavras.

𝗥𝗼𝘂𝗯𝗼,𝘁𝗿𝗮́𝗳𝗶𝗰𝗼 𝗱𝗲 𝗱𝗿𝗼𝗴𝗮𝘀 𝗲 𝗮𝗿𝗺𝗮𝘀,𝗮𝘀𝘀𝗮𝘀𝘀𝗶𝗻𝗮𝘁𝗼,𝘀𝗲𝗾𝘂𝗲𝘀𝘁𝗿𝗼 𝗲...𝗽𝗮𝘀𝘀𝗼𝘂 𝘁𝗿𝗲̂𝘀 𝗮𝗻𝗼𝘀 𝗻𝗮 𝗰𝗮𝗱𝗲𝗶𝗮 𝗱𝗲 𝗮𝗹𝘁𝗮 𝘀𝗲𝗴𝘂𝗿𝗮𝗻𝗰̧𝗮 𝗱𝗼 𝗠𝗲́𝘅𝗶𝗰𝗼.

Solto uma risada baixa de raiva negando com a cabeça jogando os papéis no chão com o meu maxilar travado.

Não,não é possível.

Como eu sou burro!

Como eu não percebi nada?eu via aquela...doida praticamente todos os dias da minha vida quando ia para alguma missão e não...percebi nada.

Ouço batidas na porta e vou até a minha mesa de bebidas pegando uma garrafa de whisky dando um gole.

Ela...ela me enganou,ela conseguiu me manipular de novo.

Que porra.

A Karol...tudo foi uma mentira,nada foi de verdade.

Ela me devolveu tudo,cada item roubado, cada centavo do meu dinheiro ela me devolveu pessoalmente.

Ela tentava me falar mas eu estava tão focado em agradar a mulher que eu tinha me apaixonado que...esqueci em como ela era vingativa.

Agustín:ou,não me ouviu te chamar não?

Agustín diz entrando na minha sala com a boca marcada de batom vermelho,ele e minha secretária se pegando de novo que lindo.

—Foi mal eu estava...sei lá.

Digo meio perdido.

Agustín:o que houve?

Pergunta com um tom diferente,parecia o Agustín de antigamente não o frio que se transformou.

—A Karol...

Digo seu nome quase em um sussuro.

Agustín:o que que tem ela?

Suspiro tanto mais um longo gole na garrafa.

—Ela é a Sevilla.

Agustín engole a seco apertando um pouco os lábios,franzo o cenho com a sua reação e deixo minha expressão mais suave soltando uma risada alto jogando a garrafa no chão.

—Está de brincadeira com a minha cara!?

Pergunto puto gritando.

—Depois de tudo que a gente passou e viveu junto você me esconde uma porra dessa!?

Falo andando para um lado e para o outro,não estava bom ser traído por ela agora pelo meu melhor amigo também.

Agustín:foi mal cara mas,isso não era da minha conta por que eu ia me meter no meio de vocês!?

Respiro fundo apontando para ele.

—a quanto tempo sabe disso?

Ele fica calado aumentando a minha raiva mais ainda.

—Responde.

Peço tentando ficar calmo,não quero e não pretendo bater nessa anta que chamo de irmão.

Agustín:olha...desde sempre,eu já a conhecia de anos.

—de quando?

Pergunto olhando para o chão.

Agustín:da vida cara,fomos melhores amigos e ela resolveu se afastar depois que comecei a trabalhar pra você.

—Por que você não me contou?

Ele bufa passando as mãos no meu rosto como se eu fosse um idiota.

Agustín:você que tinha que descobrir, transou com ela antes dela sair daquela merda de cadeia, no primeiro dia que transou com ela aqui em Nova York devia ter percebido.

Ele falou alto e irritado que nem percebeu o que disse,tombo a cabeça olhando para ele confuso.

—Calma,eu transei com ela na cadeia?

Agustín:porra...

Xinga tampando sua boca.

—Agustín.

Agustín:não!eu não vou falar mais nada eu não devia ter dito isso,agora só esquece.

Ele falo apontando para mim.

—não vou esquecer porra nenhuma,me fala logo.

Nega com a cabeça saindo da sala aos poucos.

Agustín:você não é burro só fingir então,descobre você sozinho.

Ele fala antes de sair da sala e me sento da cadeira pensando no que ele disse,porra... quando eu transei com ela antes?
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The Darkside-Parte 1Onde histórias criam vida. Descubra agora