Quando abriu os olhos, Byakuya estava em seu quarto, voltou a fechá-los ao sentir os lábios molhados do ruivo chegar ao seu pescoço. Fazendo seu corpo tremer a cada toque de Renji. O capitão rendia-se ao seu desejo.
Recuperando suas forças, deslizou as mãos nos cabelos avermelhados, soltando-os. Deixou os fios escorregarem pelos ombros largos, apoiou-se ali, com a cabeça inclinada para o lado, enquanto ainda sentia os lábios do mais jovem lhe tomar a pele, descendo pelo pescoço, enquanto habilmente suas roupas eram tiradas.
Renji se afastou um passo para trás, buscando olhar o corpo do capitão. Tinha claramente aquela imagem desde a primeira vez que o tivera em seus braços, e agora, naquela luz diferente da noite, parecia que Byakuya era ainda mais bonito. Desamarrou facilmente um nó, não demorando a retirar o restante das peças de roupa elegante.
Virando logo depois o corpo de Byakuya, sem qualquer esforço, até deitá-lo no futon de costas para ele. Massageou os músculos, sem pressionar com tanta força. Apenas escorregando as mãos, percorrendo todo o dorso até o quadril.
Deitou seu corpo, ainda vestido, naquela pele quente. Sentindo a maciez e o cheiro agradável. O aroma fino que emanava daquele corpo, deixando-o mais excitado. Ouviu um gemido, e sentiu o corpo embaixo do seu estremecer diante o contato da sua boca com a pele. Beijou-o nas costas, até retornar ao pescoço.
— Eu esperei isso por tantos anos... — Sussurrou no ouvido de Byakuya, que gemeu mais uma vez.
Era incrível como apenas os dedos daquele homem lhe tiravam a razão. Sentiu os pelos do corpo eriçarem, um arrepio subir pela espinha. A falta de ação quando o corpo maior deitou sobre o seu, e mesmo que vestido, ainda conseguia sentir ali embaixo do tecido a ereção de Renji roçar as suas nádegas.
— Renji... — Byakuya gemeu em seguida, tendo o corpo virado pelo ruivo. Olhou-o um pouco envergonhado, mas completamente estimulado com as carícias.
Enfiou as mãos por dentro da roupa do shinigami, numa iniciativa nada moderada, puxando o tecido até tirar completamente a parte de cima, deixando o peito a mostra. Traçou com o dedo a tatuagem, mordendo os lábios enquanto o corpo em cima do dele pesava, fazendo os sexos tocarem-se. Renji se apoiou no futon com uma mão, escorregando a outra pelo corpo de Byakuya, na perna esquerda dele, erguendo-a até a sua cintura. Apertou a carne com força, ouvindo outro gemido. Ele sorriu.
Arrancar gemidos daquele homem era mais do que um sonho. Era um prazer sem igual. Beijou Byakuya na boca, deliciando-se com a afobação dele ao tentar livrá-lo da calça. Ajudou-o puxando o tecido para baixo, até tirá-lo completamente. O capitão nem percebeu que Renji só vestia a calça e mais nada por baixo.
Sentado em cima das pernas de Byakuya, no futon, Renji não se cansava de admirar o homem deitado. A ansiedade dele, a respiração rápida. O coração disparado, poderia ouvi-lo, poderia jurar que via as batidas aceleradas mover o peito do capitão. Assim como o seu coração também batia forte.
Byakuya não esperou a próxima ação do ruivo, ergueu-se, ajoelhando de frente para ele, buscando beijá-lo novamente.
Era como uma droga aqueles lábios, fazia-o perder totalmente a noção de quem era. Queria apenas senti-lo ali, na sua boca, invadindo-a com a língua faminta. Apertou as mãos nos cabelos de Renji, intensificando o beijo, os gemidos.
As mãos se perdiam um na pele do outro. E agora foi a vez de Byakuya virar o corpo do seu tenente no futon, ficando por cima. Estava entorpecido pelo desejo. Estava fazendo tudo por impulso.
Acariciou o peito tatuado, descendo as mãos para o abdômen até o sexo de Renji, massageando com uma das mãos. Dentro de si havia uma gana intensa de agradar o companheiro. Desarmou-se do medo que sentia — e que naquele momento não parecia ter lógica —, de ser amado com tal devoção, como era. Entregando-se plenamente, levou a língua até o falo, experimentando pela segunda vez aquela sensação prazerosa.
Lambendo toda a extensão do membro rijo, fazendo círculos com a língua. Admirando-se com seu despudor naquele ato. Não colocou o pênis de completo na boca, quase como se estivesse brincando com a sanidade do ruivo que gemeu mais alto quando foi sugado.
— Capitão. — Renji apertou as mãos no lençol, não acreditando naquele momento. E quando Byakuya intensificou seus movimentos com a boca, a língua e as mãos, de uma forma que jamais imaginou vê-lo e senti-lo, pediu para que parasse.
Sem deixar que o capitão acreditasse que fizera algo errado, Renji o derrubou no futon, não contendo aquela onda de cobiça. Enquanto o beijava, levou sua mão ao sexo do capitão, masturbando-o. Hora deslizava os dedos para a parte interna da coxa, outra subia até o abdômen. Até descer novamente ao membro, afastando as pernas para cada lado, dominando-o quase que completo, quando na mesma tortura que fizera com ele minutos atrás.
Renji moveu a boca em torno do pênis, subindo e descendo a língua. Provocando em movimentos lentos. Byakuya lançou a cabeça para trás, ofegante. Levou a mão direita aos cabelos vermelhos, quase que o puxando para perto de seu corpo, fazendo Renji engolir mais seu sexo. Ele queria controlar aquela intensa sensação que preenchia o seu corpo, mas foi impossível conter o gozo.
Renji sentiu o corpo de Byakuya relaxar, usando aquele momento ao seu favor. Molhou seu dedo com a saliva misturada ao sêmen do capitão. E quando o invadiu, o corpo do moreno retesou no futon, gemendo pela investida.
Havia o incomodo, seu corpo se acostumava com aquela invasão, sendo moderada com as carícias de Renji e a sua língua alternando com dois dedos, agora. Até fazê-lo relaxar, poderia demorar o tempo que fosse, não estava tampouco preocupado com o desfecho.
— Renji... — Byakuya virou o rosto de lado, sentindo seu corpo arder com as pequenas investidas.
— Byakuya, eu quero você... — Renji não ouviu a resposta, não dita com palavras. Apenas interpretava o que o corpo lhe dizia.
Ele retirou os dedos, se encaixando perfeitamente entre as pernas de Byakuya, roçando seu membro na entrada. Buscou as mãos do moreno, e segurou-as forte, fazendo-se entrar lentamente naquele orifício apertado, desejoso.
Byakuya gemeu, virando novamente o rosto, encarando Renji, que saboreava o momento de olhos fechados, mordiscando o lábio inferior.
Demorou até o corpo relaxar e acostumar-se com a investida, doeu sim, como imaginou que seria. E quando se sentiu totalmente penetrado, soltou um gemido mais grave, apertando as mãos de Renji.A cada gemido, o ruivo penetrava com mais intensidade, movendo-se vigorosamente. A cada estocada, sentia seu corpo arder de paixão, de prazer. De amor.
Quando abriu os olhos, viu o rosto retorcido de Byakuya, e tão vermelho quanto os fios de seu cabelo. Deitou por cima do corpo suado, sem se retirar de dentro dele.
Buscou os lábios do moreno, beijando-o ardentemente, gemendo em seguida no ouvido dele. Queria despejar o quanto o amava naquele momento, o quanto o seu corpo o fazia delirar. Mas conteve-se apenas em gemer, e ouvir os resmungos de Byakuya. Que até mesmo naquela posição era tão nobre e requintado, como Renji jamais viu.
Sentindo que estava próximo ao seu máximo, o ruivo intensificou as investidas, fazendo o corpo embaixo do seu mover-se junto. Assim como ele, Byakuya sentia que não iria tardar muito para gozar novamente. E daquela vez, seria diferente. A dor incomoda deu lugar a um prazer incrível. Ele apertou as costas de Renji, gemendo mais alto, fazendo o outro ir mais fundo, até gozarem juntos.
Sem pressa, Renji tentou erguer o seu corpo, mas foi impedido pelos braços de Byakuya, que o abraçou fortemente. O ruivo sorriu, deixando sua cabeça apoiada no peito do moreno, ouvindo o coração acelerado, tendo os cabelos acariciados em seguida.
— Renji?
— Hmm?
— Você quer jantar comigo amanhã? Novamente, aqui... em casa? — A voz de Byakuya estava tranquila, como se aquela agitação em seu peito não lhe tirasse o fôlego.
— Sim...
Renji não viu, mas Byakuya sorriu, voltando a alisar os fios vermelhos.
VOCÊ ESTÁ LENDO
Me Rendo a você
FanfictionByakuya estava confuso com seus sonhos. Sentia-se solitário, sozinho, um vazio crescente em sua vida. Esperava por um momento, uma chance para se render aquele desejo que o queimava por dentro. Renji estava pronto, esperando por ele, desejando que a...