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JÚLIA;12 ANOS

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JÚLIA;12 ANOS

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QUERIDO DIÁRIO NÚMERO 4.
25/06/2017.

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QUERIDO DIÁRIO; Hoje no intervalo,no local menos movimentado Arthur disse que queria conversar sério comigo,chegando lá ele simplesmente me beijou e eu como não sabia o que fazer tentei acompanhar.

Lá ele disse que estava gostando de mim mas que não queria manter um relacionamento ou estragar nossa amizade,eu decidi que era o momento certo e também contei a ele o que sentia.

Ele sorriu e me beijou mas uma vez e saiu me deixando lá parada com um sorriso bobo,no restante do dia trocamos sorrisos e olhares durante a aula e na saída jogaram água gelada em mim enquanto todos a minha volta riam de mim.

Não chorei,parei de chorar por essas coisas a um ano já aceitei — mesmo que não seja certo aceitar essa situação — que isso nunca vai mudar sou perseguida desde minha infância,não é agora na pré adolescência que eu ache que isso irá mudar.

Só suspirei e verifiquei se meus materiais haviam molhado e voltei para casa seguindo a mesma rotina de sempre,hoje por alguma frustração pessoal de minha mãe acabei levando uma surra e tanto.

Ela me jogou no chão com tanta força que minhas costelas doeram pelo resto do dia,eu não desci pra jantar e isso vem se tornando frequente a aproximadamente um ano.

Não sinto tanta fome e é geralmente quando as crises de ansiedade acontecem então tento fazer o mínimo barulho mas eles nunca escutam até porque sempre estão imersos de mais em seu próprio mundo.

Eu achei que esses episódios de choro iriam acabar rápido mas acabei me enganando,eles continuam — para a minha total infelicidade. —

E como sempre fui dormir com os gritos de briga de meus pais,nada que eu já não esteja acostumada.

E como sempre fui dormir com os gritos de briga de meus pais,nada que eu já não esteja acostumada

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QUERIDO DIÁRIO NÚMERO 4.
12/09/2017.

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QUERIDO DIÁRIO;Arthur tem me contado seu processo no tal jogo free fire que haviam lançado a previa a um ou dois anos atrás.

Ele está bem contente com isso,no dia seguinte da surra em que eu levei ele me abraçou com um pouco de força o que me fez soltar um pequeno gemido de dor,já que minhas costas doíam muito e eu não tinha relaxante muscular no meu quarto.

Ele perguntou o que havia acontecido e com muita relutância eu contei o deixando chocado,ele disse que poderíamos falar com a direção mas eu logo neguei.

Não iria adiantar,por meu pai seu um pouco rico ele poderia calar a diretora facilmente,naquele dia Arthur saiu antes de mim e naquele dia duas garotas me espancaram atrás da escola.

Eu não chorei e não gritei por ajuda,apenas fiquei calada aguentando toda a dor escutando todos os insultos delas.

Quando perceberam que a dor física não  me fez ter nenhuma reação partiram para a psicológica o que adiantou,mas eu não quis expressar.

Após se darem por satisfeitas começaram a bater minha cabeça diversas vezes no chão e só lembro de desmaiar,não sei quem e nem porque mas alguém chamou uma ambulância e eu lembro de ter acordado em uma sala com médicos a minha volta.

Lembro que me perguntaram o que aconteceu mas eu apenas disse que me puxaram para um beco e não me lembrava mas o que foi uma clara mentira já que eu me lembro de absolutamente tudo.

Após uma bateria de exames me liberaram,minha mãe foi chamada no hospital fez um ótimo papel de mãe amorosa — o que por ironia ela não é — quando chegamos em casa ela apenas me deu um olhar diferente de todos os que eu já recebi dela e subi para meu quarto sem dizer nada.

Como tive múltiplas lesões na cabeça e por todo restante do corpo consegui um atestado,ficaria afastada da escola por um mês que seria tempo suficiente para melhorar.

Enquanto estive no meu quarto me deu uma subita tristeza e vontade de sumir.

Comecei a ficar desgostosa até com a posição dos travesserios mas os deixei quietos não mexi neles.

Desci para jantar,meu pai pareceu surpreso por meu estado olhou para minha mãe provavelmente achando que ela havia feito aquilo comigo mas ela apenas balançou a cabeça em um gesto negativo.

Após o jantar silencioso,voltei para meu quarto tive uma crise de ansiedade rotineira e finalmente dormi no entanto hoje não teve a gritaria comum deles.

𝐐𝐔𝐄𝐑𝐈𝐃𝐎 𝐃𝐈𝐀𝐑𝐈𝐎 • 𝐀𝐑𝐓𝐇𝐔𝐑 𝐅𝐄𝐑𝐍𝐀𝐍𝐃𝐄𝐒 (✓)Onde histórias criam vida. Descubra agora